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Identidade Visual

Sobre a Identidade Visual do 7º Congresso


Dormitório de pássaros na Baia Sinhá Mariana, Mato Grosso
Fotografia: Mike Bueno

A Comissão de Ciências Sociais e Humanas em Saúde - CCSHS da Associação Brasileira de Saúde Coletiva - ABRASCO, organiza seu VII Congresso que acontecerá em Cuiabá (MT), em outubro de 2016, com o tema “Pensamento crítico, emancipação e alteridade: agir em saúde na (ad)diversidade”. O termo de referência expressa as preocupações de pesquisadores do campo das Ciências Sociais e Humanas em Saúde com a atual situação, extremamente complexa e desafiadora de “sermos sociedade”, e decorre da reflexão sobre a pluralidade de experiências sociais nos seus mais diferentes níveis e sobre os respectivos contrastes e tensões que carregam no contexto contemporâneo e que se expressam na vida de pessoas e coletividades.

Ao nos deslocarmos para a região Centro-Oeste do Brasil provocamos, também, outros movimentos: de valorização, de visibilidade e de acolhimento da diversidade na produção do conhecimento, em busca da construção de um lugar comum e de diálogo na área das Ciências Sociais e Humanas em Saúde. Outras linguagens locais, como a obra de Manoel de Barros e as fotografias de Mike Bueno, são inspiradoras desse movimento, não só geográfico, mas, sobretudo crítico-reflexivo.

Ao buscarmos imagens que interagissem com o tema do congresso, encontramos em uma fotografia de Mike Bueno, intitulada Dormitório de pássaros na Baia Sinhá Mariana, Mato Grosso, a expressão de elementos e questões importantes que constam no Termo de Referência do Congresso. A foto remete ao encontro, seja ao final do dia/por do sol ou, após este momento de encontro na dispersão do amanhecer, mas acolhendo a diversidade pelas várias espécies de pássaros, aqui representados pelos biguás, garças brancas pequenas, colhereiro, arara e outros. 

O espelhamento do dormitório na lâmina d'água reflete, ao mesmo tempo, eu mesmo e o outro, o contraponto, o diferente; mas também refrata podendo simbolizar a adversidade, a destruição dos ninhos pela mesma água que os alimenta, ou seja, na verdade é o igual pelo "avesso". Tal (a)diversidade está presente no pantanal e molda-se em meio a coexistências contrastantes de supostas fronteiras movediças e fluidas de riqueza e pobreza, seca e cheia, escassez e abundância.
O Centro-Oeste representa esta socio-diversidade (e adversidade) nos diferentes ambientes que o compõe (pantanal, cerrado, amazônia) e na população que aqui vive (ribeirinhas, campesinas, migrantes, quilombolas, indígenas) ou transita; com suas peculiaridades no modo de pensar, sentir, olhar e agir, devendo, portanto, ser amplamente consideradas pelas ações no campo da saúde. A região, no entanto, é permeável aos contextos e processos mais amplos, nacionais, globais, afetando-se de diferentes formas, seja em diversidade ou adversidades, mas não sem respostas originais, críticas e de resistências.

Neste sentido, Manoel de Barros nos fala de uma paisagem do pantanal em estado contínuo de germinação e decomposição e de um “Mundo renovado” (1997, p.29): “No Pantanal ninguém pode passar régua. Sobre muito quando chove. A régua é existidura de limite. E o Pantanal não tem limites”. O poeta privilegia a produção do espaço do Pantanal, criando imagens que se afastam de uma descrição realista ou ufanista já que a natureza nunca será descrita como cenário nem apresentada como documento, mas em seu profícuo inacabamento.

Dos traços e silhuetas no dormitório de aves aos modos de vida que se fazem existir em meio aos contrastes da sociedade contemporânea, a imagem é alusiva ao tema do 7º Congresso e sua logomarca estiliza o acolhimento, não sem tensões, da diversidade de linguagens e de conhecimentos que se configuram como possibilidade de ampliação do diálogo e de intercessões na área das Ciências Sociais e Humanas em Saúde.

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