Já é inscrito no CSHS 2016?

 

Página Inicial

Sobre o Congresso

Comissões

Convidados

Programação

Inscrição

Cursos e Oficinas

Trabalhos

Grupos Temáticos

Ampliando Linguagens

Ato Público

Perguntas Frequentes

Sobre a Identidade Visual

Notícias do Evento

Local do Evento

Hospedagem

Fale Conosco
 


Grupos Temáticos

11/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 18 - Direitos Humanos, Saúde e Populações Específicas

10782 - VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA E A ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM
AMALIA LUCIA MACHRY SANTOS - CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO, DIRCE STEIN BACKES - CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO, MARTHA HELENA TEIXEIRA DE SOUZA - CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO


Apresentação/Introdução
Violência obstétrica tem um conceito amplo, a cultura de invasão do corpo da mulher com atendimento desrespeitoso e intervenções desnecessárias na gestação, trabalho de parto, parto, pós-parto e abortamento, sem informá-la e sem o seu consentimento. A violência contra as mulheres repercute de forma significativa sobre a saúde das pessoas configurando um problema de saúde pública. O modelo de humanização do parto pressupõe que segurança é a mínima utilização de intervenção no processo fisiológico de nascimento. O enfermeiro como profissional inserido nas instituições de saúde, pode incorporar em suas práticas de cuidado, ações de enfrentamento e de prevenção dos agravos nas situações de violência obstétrica. Para tanto, é necessário um preparo da equipe de saúde para assistir as mulheres durante o período gestacional e parto, proporcionando uma assistência multiprofissional.



Objetivos
O presente trabalho teve como objetivo compreender como os profissionais de enfermagem percebem a violência obstétrica por meio de uma revisão narrativa de literatura.


Metodologia
A pesquisa bibliográfica foi desenvolvida na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS-BIREME) pela base de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e no portal: Scientific Eletronic Library Online (SCIELO). A busca procedeu-se nos meses de agosto a setembro de 2015. Utilizou-se para a busca as palavras-chave “violência”, “obstétrica” e “enfermagem”. Os critérios utilizados para a seleção da amostra foram: artigos publicados em periódicos nacionais; artigos que abordam a temática da violência obstétrica e o cuidado de enfermagem. Não foi realizada a delimitação temporal visando obter todos os trabalhos já desenvolvidos com a temática nas bases de dados citadas. Os critérios de exclusão foram artigos que não estivessem disponíveis na íntegra, teses, dissertações e os que não atendessem o objetivo proposto pelo trabalho. Partiu-se da seguinte pergunta norteadora: qual a produção científica sobre a violência obstétrica e o cuidado de enfermagem?


Discussão e Resultados
A etapa de exploração do material foi desenvolvida a partir da transcrição dos resultados e de trechos significativos. A partir da leitura prévia dos títulos e resumos, foram localizados quinze artigos. Para o acesso ao texto completo, foram usados os recursos diretamente da base de dados do LILACS e SCIELO. Após, foi composta a amostra de quatro artigos, os quais atendiam os objetivos deste trabalho, com texto completo disponível em suporte eletrônico e produções que abordassem o tema e tivessem relação com o objetivo proposto pelo trabalho. A partir das análises dos artigos encontrados emergiram duas categorias temáticas: violência obstétrica praticada por profissionais de saúde e a escolha do parto visando uma qualidade de assistência à gestante. O uso da violência na assistência à saúde, como um recurso utilizado na relação profissional/paciente, revela uma prática de violência obstétrica associada às condutas “necessárias” a rotina do trabalho. É importante resgatar valores como o protagonismo, a individualidade, a privacidade e a autonomia de cada mulher, com segurança para promover partos saudáveis.


Conclusões/Considerações Finais
Inúmeras violências obstétricas são vivenciadas e presenciadas em rotinas de trabalho dos profissionais de saúde. A violência em relação a gestante em trabalho de parto e após o parto tem sido um contexto motivador de desconforto, que aparece de modo “justificado” nas condições físico-emocionais, nas condições de trabalho e no sistema de saúde atual. A enfermagem pode incorporar em suas práticas de cuidado às mulheres, ações de enfrentamento e de prevenção dos agravos nas situações de violência, permitindo que as premissas do Parto Humanizado sejam respeitadas. Percebemos que a assistência obstétrica sem respaldo científico, agressiva e que em muitas vezes viola os direitos humanos básicos das mulheres está atrelada ao modelo de parto vigente. Este cenário atual requer um modelo de atenção à saúde das mulheres que acolha, identifique, promova a saúde e realize prevenção das consequências da violência.


Realização:



Apoio:




Desenvolvido por Zanda Multimeios da Informação