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12/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 41 - Gênero e Desafios para o Campo da Saúde

11126 - A SAÚDE DA MULHER NAS CAMPANHAS DE ALEITAMENTO MATERNO NO BRASIL NO PERÍODO DE 1999 A 2015: UMA ANÁLISE CRÍTICA NA PERSPECTIVA DA INTEGRALIDADE DO CUIDADO
VANEIZA DOS SANTOS OLIVEIRA - UFRB, FRAN DEMÉTRIO - LABTRANS/UFRB


Apresentação/Introdução
A saúde, enquanto um direito humano, assegurado na constituição federal, é resultante de fatores físicos, psíquicos e socioculturais, e não meramente biológicos. Nesse sentido, a integralidade do cuidado está relacionada ao conceito ampliado de saúde. Entretanto, os paradigmas de submissão e opressão que permeiam o gênero feminino refletem nas dimensões do cuidado em saúde, que consideram em sua maioria, a atenção à saúde da mulher reduzida à óptica gravídico-puerperal. Nesse ínterim, ocorreram algumas mudanças na prática do aleitamento materno (AM) no Brasil, com destaque, principalmente, para a sua prevalência, ainda considerada elevada na maior parte das regiões brasileiras, e a não adoção ou interrupção desta prática antes do tempo recomendado pelos organismos de proteção ao aleitamento materno.


Objetivos
O objetivo desse estudo foi analisar os discursos sanitários sobre a saúde da mulher apregoados nas campanhas de aleitamento materno no Brasil, no período de 1999 a 2015, na perspectiva da integralidade do cuidado.


Metodologia
Trata-se de estudo exploratório e analítico, que tomou como base documentos oficiais elaborados pelo Ministério da Saúde do Brasil e pela Sociedade Brasileira de Pediatria, quais sejam folders e cartazes das campanhas de aleitamento materno divulgadas no período de 1999-2015. Para isso, utilizou-se a técnica de análise do discurso e de imagens, ancorando-se em referenciais sobre semiologia, aleitamento materno, saúde da mulher e integralidade do cuidado.


Discussão e Resultados
A análise crítica dos folders e cartazes das campanhas de amamentação revelou que os benefícios da amamentação, em sua maioria, estavam voltados para a saúde da criança. Em 100% das campanhas analisadas figuraram a imagem de mulheres amamentando, sugerindo sensação de prazer e felicidade. Foi possível notar a prática da amamentação como um momento de estabelecimento de vínculo entre a mãe e o filho, todavia, na maioria dos folders, o foco discursivo era voltado apenas para a criança, e a mulher-mãe aparecia em segundo plano. Observou-se também que a presença paterna e de outras pessoas da família, bem como de outras redes de apoio tais como profissionais de saúde, vizinhos, amigos entre outras, figurou de forma muito incipiente como aspecto integrador importante ao sucesso do aleitamento materno.


Conclusões/Considerações Finais
Os resultados deste estudo revelaram que os materiais educativos de promoção do aleitamento materno, nesse caso, os folders e cartazes, apresentaram foco na saúde e nutrição da criança, considerada como a principal beneficiada da prática da amamentação, e pouca (ou quase nenhuma) ênfase nos benefícios à saúde da mulher. Assim, torna-se necessário repensar a construção do discurso sanitário reducionista sobre a amamentação, ampliando-o de modo a integrar tanto os aspectos da mãe e da criança como a dimensão familiar e de outras redes de apoio na promoção e incentivo ao aleitamento materno.


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