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Grupos Temáticos

11/10/2016 - 10:45 - 11:15
GT 38 - Corpo, Cura e Cuidado: Saberes e Práticas Interdisciplinares

11021 - OFICINA CONVERSA & CURA – REVENDO E CONSTRUINDO PERCEPÇÕES E ATITUDES EM FAVOR DA SAÚDE
VALÉRIA MARIA DE ARAUJO RÔÇAS - SESC NACIONAL, MAURO LOPEZ REGO - SESC NACIONAL


Resumo/sinopse
Apresentação

Esta oficina é como ateliê em que pinceis, telas e tintas são substituídos por conceitos, sentimentos e expressões, reunidos coletiva e ludicamente em torno de situações-problema comuns na busca da saúde e nos relacionamentos de “mão tripla” entre pacientes, profissionais e organismos de atenção clínica.
Diante destes “instrumentos”, quais as “obras” do ateliê? Novas atitudes, novas formas de observar e interagir consigo próprio e com demais pessoas.

Princípios e referenciais

A oficina se propõe a contribuir com a reflexão sobre o exercício da integralidade como prática em saúde essencial para a emancipação e autonomia dos sujeitos.

A integralidade, compreendida de forma dinâmica e polissêmica, assume mais de um significado nos contextos em que surge, e demanda contínua construção de novas verdades adaptadas a novos cenários.

Considerando que “integralizar” demanda aproximação e estreitamento com o “mundo do outro”, as vivências da oficina ratificam que a interação entre pessoas ganha significado próprio conforme o contexto ou experiência particular onde se desenvolve. De forma lúdica e dinâmica, sua metodologia é pautada no exercício do autoconhecimento, da inclusão, da equidade e na análise de determinantes sociais.

Valendo-se do conceito ampliado de saúde, a oficina discute efeitos positivos decorrentes de atitudes entre profissionais e pacientes centradas na amabilidade, respeito, acolhimento, diálogo, troca, escuta e vínculo entre os envolvidos.


Justificativa

Embora o conceito de humanização tenha se constituído, difundido e valorizado tanto na formação profissional quanto na gestão e nas políticas públicas nos diversos campos da Saúde, sua concretização e viabilização no dia a dia dos serviços é ainda obra em construção.

A dificuldade nesta concretização decorre dos obstáculos à compreensão da própria concepção do que seja “humano”, em sua dimensão mais profunda e imprevisível, em especial na busca da saúde e da plenitude; e na rejeição e medo frente ao sofrimento.
Colocar em prática os fundamentos da humanização requer reflexão aprofundada da própria condição, frágil e incompreendida. Humanizar o “outro” exige, como ponto de partida, humanizar a si próprio, condição a ser assumida pelos atores que tomam para si o propósito de “ser sociedade”.

A ludicidade constitui elemento facilitador para o contato do "mundo interior" com a realidade, e a criatividade vivida coletivamente possibilita ultrapassar os reflexos do contexto social contemporâneo no cotidiano dos indivíduos e da sociedade, permeado de fragilidades, tensões e descompassos, configurando cenários de desigualdades injustas, desnecessárias e evitáveis.


Fundamentação

Humanização, acolhimento, integralidade, emancipação, ética e empatia.


Objetivo
Promover reflexões sobre humanização das práticas em saúde, experimentando ludicamente seus caminhos e obstáculos e formas de verificar e concretizar conceitos, sob perspectiva dos papeis de profissionais e pacientes.

Público
25 a 30 participantes

Duração: 4 horas

Metodologia
a. Vivências
Criando e testando o Raio X - olhando o outro por dentro
Como lidar com a complexidade de investigação e conhecimento do “outro”, e buscar recursos criativos e múltiplos para desvendá-lo.

Junta Médica
Quebra-cabeça cujas peças são fornecidas pouco a pouco, contextualizando histórias, estilos e condições de vida do ‘paciente atendido’ fictício, subsidiando a elaboração de diferentes formas de tratar a partir de cada nova descoberta.

Inventando remédios
Elaboração, discussão e montagem de remédios a partir de ingredientes imaginários, destinados aos casos clínicos já abordados e outros novos.

Ônibus da porta estreita
Jogo discute condições explícitas e implícitas para a inclusão social, utilizando como recurso o ônibus, seu trajeto e as regras de entrada, permanência e saída.

b. Instalações interativas
Humor-amor
Experiência-convite à reflexão individual sobre o potencial da alegria, do humor e da afetividade para a fluidez das relações e as possibilidades e perspectivas de ajuda e entendimento mútuos.

Espelho da permeabilidade
Autoavaliação do exercício da empatia.


Biografia do autor(es)
Odontóloga Especialista em Saúde Coletiva (ENSP), Gestão em Saúde da Família (UERJ) e Odontopediatria (Puc Rio). Atuou na ESF (CEDAPS) e ABORJ. Clínica há 30 anos e é sanitarista no Sesc Nacional.


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