12/10/2016 - 15:00 - 16:30 GT 6 - Formação em Racionalidades Médicas e Práticas Integrativas e Complementares |
11585 - TAI CHI CHUAN: UMA PROPOSTA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAUDE PARA PROFISSIONAIS DA SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE DO DISTRITO FEDERAL ADELYANY BATISTA DOS SANTOS - EAPSUS/FEPECS/SES DF, RENATA R. R. DE ALENCAR - EAPSUS/FEPECS/SES DF, ARISTEIN TAI-SHYN WOO - SES DF, WILSON VIANNA - SES DF, WÂNIA CARVALHO - EAPSUS/FEPECS/SES DF
Período de Realização da experiência Fevereiro a dezembro de 2016.
Objeto da experiência O Tai Chi Chuan é uma arte marcial e um recurso terapêutico da Medicina Tradicional Chinesa (MTC). É uma das 14 Práticas Integrativas em Saúde (PIS) oferecidas pela Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES DF), legitimadas pela Política Distrital de Práticas Integrativas em Saúde. A ação de Educação Permanente dos profissionais que oferecem Tai Chi Chuan, desenvolvida pela Escola de Aperfeiçoamento do SUS em conjunto a com a Coordenação Técnica de Tai Chi Chuan, conta com a participação de 26 profissionais de saúde da SES DF habilitados para ofertar essa prática nas unidade de saúde.
Objetivo(s) O objetivo geral da ação é aprimorar competências dos profissionais para a oferta do Tai Chi Chuan. Para tanto, a sequência de atividades está sendo propostas visando: a) aprimorar a Forma de 24 Movimentos de Tai Chi Chuan do Estilo Yang, b) apresentar e treinar a condução da Forma de 13 Movimentos de Tai Chi Chuan do Estilo Yang, c) produzir conhecimento sobre o serviço de Tai Chi Chuan na SES DF, d) elaborar e padronizar um instrumento de anamnese para ser utilizado nos serviços e, e) promover a integração e o compartilhamento de experiências entre os profissionais que oferecem a prática.
Metodologia A metodologia está fundamentada na problematização, pautada em discussões e reflexões sobre a oferta do Tai Chi Chuan como uma PIS, com base nos princípios do Sistema Único de Saúde e nas ações programáticas do Ministério da Saúde e da SES DF. Os conteúdos são construídos gradativamente e retomados nas discussões subsequentes, num entrelace entre teoria e reflexão da prática dos profissionais envolvidos no processo educativo. A ação está estruturada em seis momentos de encontro presencial, a cada dois meses, e cinco de dispersão e se desenvolve por meio dos treinos das Formas de Tai Chi Chuan, discussões teóricas, exposição dialogada, dinâmica de grupo, leitura de texto e das vivências cotidianas. Os profissionais são estimulados a trazerem questões relacionadas com a sua vivência para serem problematizadas nos momentos de discussão, e suas experiências na condução dos grupos nas unidade de saúde.
Resultados Cada encontro é avaliado no final da sequência de atividades e a avaliação tem sido bastante positiva tanto por parte dos profissionais. Os resultados parciais indicam que expectativas dos profissionais estão alinhadas de forma consistente à proposta elaborada; o treino supervisionado é muito valioso para que haja qualidade e segurança na oferta para população e para que os profissionais se beneficiem da prática; as atividades de dispersão têm proporcionado que os participantes coloquem o cotidiano do trabalho em saúde em análise. Até o momento, foi possível delimitar como conteúdo o conceito de Racionalidades Médicas e de Práticas Integrativas em Saúde e sua inserção no SUS, e aspectos teóricos e filosóficos do Tai Chi Chuan e da MTC.
Análise Crítica Apesar de a Coordenação Técnica de Tai Chi Chuan já ter como tradição a promoção da Educação Permanente dos profissionais habilitados na oferta do Tai Chi Chuan na SES DF, a aproximação e a parceria com a Escola de Aperfeiçoamento do SUS (EAPSUS) organizou e fundamentou pedagogicamente a ação.
Os profissionais se mostram ávidos por momentos de fortalecimento do papel deles de cuidadores em saúde, e relatam que a Educação Permanente é uma oportunidade de reafirmarem o compromisso com a saúde e com as pessoas, e de obterem motivação e sentido para o trabalho.
Os profissionais que trabalham com PIS e se mantém nas ações de Educação Permanente conseguem notoriamente desenvolver um olhar de integralidade em saúde, contribuindo sobremaneira para todas as outras áreas de atenção á saúde e para o próprio cuidado em saúde.
Conclusões e/ou Recomendações A Educação Permanente no campo de Práticas Integrativas em Saúde é fundamental, pois apesar de estarem legitimadas por Políticas e outras normativas, profissionais ainda relatam dificuldades para manutenção da práticas em suas unidades, muitas vezes por falta de conhecimento e compreensão de gestores sobre a validade, pertinência e benefícios de tais práticas.
A parceria na elaboração e condução entre EAPSUS e área técnica tem demonstrado a importância da interlocução entre essas áreas, subsidiando diversas reflexões tanto pedagógicas como de gestão.
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