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Grupos Temáticos

11/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 30 - Educação Popular na Formação em Saúde

11704 - RÁDIO COMUNITÁRIA E EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE: DA REPRESENTAÇÃO À REALIDADE?
VINICIUS ALEXANDRE DA SILVA OLIVEIRA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ, GESSIKA MAURA GOMES - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ, GLUCIO RAMON ARAÚJO COSTA OLIVEIRA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ, LETÍCIA DE SOUSA MILANEZ - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ, RAKSANDRA MENDES DOS SANTOS - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ, ANTONIO TIAGO DA SILVA SOUZA - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO PIAUÍ


Período de Realização da experiência
As atividades de educação em saúde foram realizadas nos dias 18 e 19 de março de 2016.


Objeto da experiência
A experiência apresentada tinha como objeto a realização de atividades de educação em saúde, em uma comunidade quilombola, do interior do estado do Piauí. Este relato traz uma das dinâmicas realizadas, que foi a simulação de uma rádio comunitária. A ideia central consistiu de apresentar um programa da rádio que, para além da habitual programação musical, promoveu a discussão de temas de saúde, em seu conceito mais ampliado, com participação da comunidade. Nesse sentido, uma entrevista no estúdio promoveu o debate de temas relevantes à realidade sócio-sanitária local, de forma interativa e lúdica. A discussão teve um enfoque na promoção, na educação e na prevenção em saúde.


Objetivo(s)
A ação apresentada visou promover o debate de temas associados a saúde para promover o desenvolvimento de uma consciência sanitária capaz de reverter o quadro de saúde local. Esperava-se aumentar o conhecimento sobre saúde e de determinantes/condicionantes de saúde locais; promover o reconhecimento da saúde como direito; e ainda, possibilitar a troca de conhecimentos entre profissionais de saúde e a população.


Metodologia
A dinâmica da rádio comunitária realizada consistiu da reprodução de um estúdio de rádio e contou com: um cenário de fundo, caixa de som, microfones e um notebook. A equipe era composta por dois locutores e dois repórteres de rua, que faziam o link com os membros da comunidade presentes. No estúdio havia dois profissionais de saúde que tiravam as dúvidas dos ouvintes.
Os locutores conduziram a atividade através de um roteiro dinâmico e simularam uma entrevista com os dois profissionais da saúde. Entre propagandas e chamadas de outros programas fictícios da rádio comunitária, levaram esclarecimentos aos membros da comunidade sobre problemas de saúde local, ao tempo em que permitiram, que os moradores do local relatassem suas experiências e dúvidas acerca dos temas abordados.
Considera-se como ponto importante da proposta, a relação intencional entre os temas de saúde escolhidos para serem trabalhados na rádio e a realidade local do quilombo.



Resultados
O rádio ainda é um meio de comunicação bastante presente em comunidades rurais, nesse sentido, a dinâmica empregada pelos locutores, recorreu a ferramentas habituais do meio radialista, como: habitual entonação da voz, representação de fundos musicais e vinhetas, e a realização de links com o público externo, para conseguir reproduzir um ambiente característico.
Destaca-se que, a ação incialmente planejada para o primeiro dia, devido a sua aceitação, teve que ser estendida para o dia seguinte.
Na prática, discutiu-se sobre modos de transmissão, sintomas, tratamento e prevenção, em um ambiente de interação e entendimento da linguagem proposta. A população participou ativamente, tirando dúvidas e apresentando suas experiências. E foi nesta fase que o ponto máximo foi alcançado, quando ocorreram depoimentos de moradores compartilhando próprias histórias, proporcionando um momento rico de troca, uma vez que a comunidade pôde ouvir dos seus pares relatos em uma linguagem habitual.



Análise Crítica
A Educação Popular em Saúde (EPS) é o campo de prática, conhecimento e atuação do setor da saúde que se preocupa em criar vínculos entre as ações de saúde, o pensar e o fazer cotidiano, considerando o senso comum, ou seja, pode ser compreendida como um modo particular de reconhecer e enfrentar os problemas de saúde mediante o diálogo com as classes populares, o respeito às suas culturas, bem como o reconhecimento dos seus saberes como válidos (VASCONCELOS, 2007).
Parte do pressuposto de que o educando possui um saber prévio, construído em sua história de vida, sua prática social e cultural, que lhe serve de ponto de partida para a aquisição de novos conhecimentos (GOMES; MERHY, 2011).
Compreende-se que, dentre várias estratégias potenciais para se articular educação em saúde com a comunidade, uma bastante potente é o rádio – instrumento de comunicação que possui importância cultural ainda muito preservada e que tem a possibilidade de alcance de grandes massas.


Conclusões e/ou Recomendações
A dinamicidade da rádio comunitária proporcionou um ambiente favorável para o estabelecimento de relações entre bases teóricas pertinentes com os achados de saúde locais.
Ainda, identificou-se relatos da comunidade quanto ao interesse de implantar uma rádio na região, caracterizando certo desenvolvimento da cidadania na comunidade.
Em suma, a rádio conseguiu discutir as questões de saúde da localidade, provocar a comunidade quanto à necessidade de meios de comunicação de massa mais efetivos e ainda, ampliar o vínculo da população com a equipe de saúde


Realização:



Apoio:




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