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Grupos Temáticos

11/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 30 - Educação Popular na Formação em Saúde

11788 - A FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS RESIDENTES NA ÁREA DA SAÚDE COLETIVA EM INTERFACE COM A SAÚDE DO CAMPO
CAMILLE CORREIA SANTOS - AGGEU MAGALHÃES-FIOCRUZ-PE, IDÊ GOMES DANTAS GURGEL - AGGEU MAGALHÃES-FIOCRUZ-PE


Apresentação/Introdução
A vida da população do campo é marcada por grandes iniquidades sociais, como desemprego, violência, falta de moradia, terra, educação e saúde, que repercutem em agravos que elevam as taxas de morbidade e mortalidade. A população do campo sempre resistiu através de conflitos e lutas populares, lutas estas que possibilitou a conquista da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas (PNSIPCFA) em 2011.A Política tem o objetivo de melhorar o acesso aos serviços de saúde, redução de riscos à saúde decorrentes dos processos de trabalho e das inovações tecnológicas agrícolas.O plano operativo da política apresenta estratégias que orientem a gestão nas execuções de ações, e uma dessas estratégias é atender a formação dos profissionais em saúde com ênfase nas populações do campo através da educação permanente e da educação popular em saúde.Dentre essas modalidades de formação para profissionais em saúde que atualmente está em expansão é o Programa de Residência em Área Profissional da Saúde, porém este trabalho também visa evidenciar a existência de experiências pontuais que estão sendo desenvolvidas como o Programa Versus com ênfase na saúde do campo.


Objetivos
Reconhecendo que é imprescindível repensar a formação de saúde contextualizando com as necessidades das populações do campo e pela escassez de referências que expressem as experiências desenvolvidas no campo da formação em saúde coletiva em interface com a saúde do campo, que este trabalho tem o objetivo de analisar o conteúdo de saúde no campo desenvolvido nos programas de formação profissional na área da saúde coletiva em Pernambuco, caracterizando estes programas, identificando as experiências pontuais que considere a saúde do campo, identificando os seus desafios e expectativas.


Metodologia
O presente estudo foi de abordagem qualitativa, com desenho exploratório descritivo, utilizando a técnica da análise documental.O estudo analisou dez programas na área da saúde coletiva do Estado de Pernambuco, cinco em saúde coletiva e cinco de saúde da família.Análisou-se os seguintes documentos:currículos pedagógicos, termo de referência e relatorias de experiências do VerSUS-Caruaru, e outros materiais disponíveis como seminários, oficinas, vídeos, e apresentação de trabalhos realizados.Os dados foram analisados segundo a análise de conteúdo de Bardin(2009), estes foram categorizados por núcleo temático, organizados por associação, livre e rápida, sendo interpretados a luz das concepções teóricas da temática do estudo, possibilitando fazer correlações e síntese da realidade empírica encontrada e o referencial teórico.Todos os documentos analisados são considerados de domínio público, não sendo necessário submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa.


Discussão e Resultados
Dos dez programas de residência, apenas um apresenta conteúdos específicos sobre a saúde no campo, apenas dois citam articulação com a política PNSIPCFA.A maioria dos programas apresentam matriz curricular baseada no modelo hegemônico médico-assistencial privatista e assistencial sanitarista, apenas um programa apresenta práticas pedagógicas baseadas na educação popular em saúde, que possibilitam ao residente articular os conhecimentos da política crítica, com o saber técnico, com o saber e história da população, construindo em conjunto com a comunidade novas formas de fazer saúde.Evidencia-se lacunas de acesso aos serviços de saúde pela população do campo pela falta de formação dos profissionais que se expressam na sua não “fixação” e no deslocamento e não reconhecimento da realidade da vida concreta.A partir da vivência dos residentes que atuam em comunidades do campo e da experiência do VerSUS no campo foi relatado a importância de ampliar a formação em saúde, que seja política, critica, reflexiva e emancipatória, que possibilite mudanças na formação dos sujeitos, mobilizando propostas que consolide o SUS no campo considerando a realidade das populações do campo, floresta e águas.


Conclusões/Considerações Finais
Portanto, podemos colocar que os programas de residência no campo da saúde coletiva ainda são frágeis para atender a complexidade da (re)orientação profissional com ênfase no olhar ampliado da saúde, e mesmo que os programas de residência não sejam específicos para a população do campo, é necessário que estes apresentem em sua matriz pedagógica aporte teórico e prático, que possibilite os profissionais de saúde poder atender as necessidades e demandas da população do campo.As experiências pontuais que estão sendo desenvolvidas necessitam serem visibilizadas, viabilizadas e ampliadas, para que possam se tornarem estratégias permanentes de formação para os profissionais de saúde.Portanto, o desafio maior ainda é continuar acreditando nesses caminhos contra hegemônicos traçados, para que estas experiências passem do pontual para o permanente, para que esta forma de pensar a saúde não seja uma experiência alternativa, e sim faça parte da realidade de formação de todas as residências.


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