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11/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 21 - Educação On Line: Relato de Experiências

11824 - OBSERVATÓRIOS: UM NOVO OLHAR PARA AS POLÍTICAS DE SAÚDE ATRAVÉS DA INTERNET?
MARCELE CARNEIRO PAIM - EESP/BA, MARIA LIGIA RANGEL-S - ISC/UFBA


Apresentação/Introdução
A democratização e a facilidade de publicação da informação, apoiadas nas novas tecnologias de informação e comunicação (TIC), vem aproximando, de forma mais intensa, os momentos de produção e compartilhamento do conhecimento em saúde. Esse processo tem repercutido na disseminação de informações científicas, contribuindo para a incorporação de conhecimentos da saúde à cultura geral da população, com efeitos complexos e contraditórios na relação dos cidadãos com os profissionais e serviços de saúde. Através da internet, o acesso às informações relativas aos aspectos políticos e administrativos dos sistemas e serviços de saúde, tem contribuído para a elevação da consciência acerca de sua utilização, além da organização de redes sociais no espaço virtual e mobilização de potenciais sujeitos políticos coletivos que podem influenciar no processo decisório e no espaço governamental. Como reflexo da convergência e interatividade proporcionadas pelo advento das TICs, é possível apontar o uso crescente de ferramentas designadas de observatórios como um dispositivo institucional para a saúde, particularmente a saúde pública, haja vista a demanda por informações sobre políticas públicas.


Objetivos
Esse estudo propõe investigar o papel dos observatórios que abordam a temática da saúde pública como possível tecnologia para democratizar o acesso ao conhecimento das políticas de saúde. Tem como objetivos: identificar observatórios brasileiros e internacionais (preferencialmente de países que possuam sistemas universais de saúde) que têm foco na análise de políticas de saúde; mapear observatórios construídos no Brasil no período de 2010 a 2015; caracterizar quanto à estrutura, instituições, recursos, público, usabilidade e interatividade; identificação de conteúdos e temáticas publicadas.


Metodologia
Fundamenta-se no planejamento comunicativo, pois, reconhece os observatórios como tecnologias passíveis de serem utilizadas em políticas de saúde explícitas e planificadas, vinculando-se às teorias sociológicas da ação, compreendendo os observatórios enquanto tecnologias não materiais a partir das contribuições do planejamento comunicativo para a formulação, a implementação e o acompanhamento de políticas planificadas. A opção metodológica foi uma pesquisa qualitativa, que contemplou um estudo de caso exploratório e identificou observatórios de saúde pública, brasileiros e internacionais (de países que possuem sistemas universais de saúde), com foco na análise de políticas de saúde. Em seguida, foram selecionados alguns desses observatórios para a realização de uma avaliação dos seus websites, em especial, o estabelecimento de critérios para análise do conteúdo informativo das páginas, bem como da estrutura dessa informação dentro dos sites.


Discussão e Resultados
A investigação constatou características de layout, usabilidade, funcionalidades informativas e interativas, de orientação, de navegação e de comunicação, para depois realizar a análise de conteúdo e explicitar os componentes essenciais para um site de observatório voltado para políticas de saúde. Desse modo, favoreceu a identificação de pelo menos dois tipos principais de observatórios, não excludentes: os que funcionam como uma rede e os organizados como um repositório virtual de informações (clearinghouse) em páginas de internet. Foram observados que mecanismos de interlocução e cooperação entre as instituições que os compõem, potencializam suas ações e contribuem para a interação, facilitando troca de saberes. O estabelecimento de critérios para realização de um estudo mais profundo desses dispositivos sob diversos aspectos, tais como organização, gestão, funcionamento, financiamento, tipos de informação e temáticas predominantes, possibilitou a construção de uma matriz comparativa que traz subsídios para traçar um perfil dos observatórios de saúde pública e coletiva no Brasil, identificando convergências e distinções com similares internacionais.


Conclusões/Considerações Finais
Nas Américas e, particularmente, no Brasil, a discussão e sistematização de reflexões sobre a experiência de observatórios são recentes na literatura acadêmica. Apesar de “observar” se configurar em um importante componente no trabalho dos observatórios, eles têm potencial para ações pró-ativas e contribuições para elaboração de políticas. Dessa forma, para além de entender o fenômeno como algo passivo, é preciso procurar a dinâmica de sua construção e o desenvolvimento das suas principais características. Nessa perspectiva, o impacto da convergência das TICs, que vem modificando o modo de produção e disseminação de conhecimento em saúde pública e saúde coletiva, vem refletindo também no surgimento dos observatórios voltados para essa temática. Conclui-se com uma reflexão sobre os limites e possibilidades dos observatórios em se constituírem como uma nova ferramenta, enquanto tecnologia não material, para as políticas de saúde planificadas.


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