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Grupos Temáticos

10/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 13 - Pessoa com Deficiência: Práticas de Inclusão

10817 - O USO DO ECOMAPA COMO INSTRUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO DE REDES SOCIAIS DE PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
GABRIELI DE CARVALHO CASSANEGO - UFSM, TAÍSA GOMES FERREIRA - UFSM, PRICILA ARROJO DA SILVA - UFSM, JOICE GUERRA ZORZI - UFSM


Apresentação/Introdução
Pessoas com deficiência enfrentam, cotidianamente, barreiras físicas e atitudinais que interpelam profundamente suas vidas, resultando em impedimentos ao acesso a serviços básicos de saúde, educação, lazer, transporte e ao mercado de trabalho. Consequentemente, tais restrições podem levar a situações de violação de direitos, onde necessidades básicas mínimas não são atendidas, contribuindo para que o ciclo de invisibilidade e produção de situações de exclusão social se mantenham de forma crônica (OMS, 2010). Apesar da ampliação do debate sobre as condições de vida, poucos estudos se destinam à investigação da relação entre deficiência e vida cotidiana, para além da compreensão biomédica (FERREIRA, 2009). Entende-se que quanto mais complexas são as redes sociais, maior são as possibilidades para a manutenção da qualidade de vida das pessoas com deficiência, fundamentais no enfrentamento das dificuldades cotidianas. Portanto, estudar as redes sociais das pessoas com deficiência é passo importante na construção de ações que visem a ruptura da condição de isolamento, com vistas à ampliação da circulação social e da inclusão em diferentes esferas do convívio social.


Objetivos
Apresentar e discutir a utilização do Ecomapa como instrumento de identificação de redes sociais de pessoas com deficiência física.


Metodologia
Pesquisa qualitativa, cujos dados foram coletados através de entrevista semiestruturada em uma Unidade Básica de Saúde com Estratégia Saúde da Família de uma bairro periférico da cidade de Santa Maria/RS. Ação vinculada ao Programa de Extensão em Reabilitação Baseada na Comunidade do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Santa Maria. Para a análise dos dados, fez-se uso do Ecomapa, que consiste em uma representação gráfica que permite identificar a forma como os sujeitos e as famílias se organizam em suas relações pessoais e com os equipamentos presentes na comunidade, permitindo visualizar o equilíbrio entre as necessidades e os recursos que possuem (AGOSTINHO, 2007).


Discussão e Resultados
A pesquisa contou com a participação de 26 pessoas, com idades entre 22 e 91 anos, todas com deficiência física adquirida, prevalecendo o sexo feminino (16 pessoas). As estruturas sociais do Ecomapa foram divididas nos eixos pessoas, atividades e lugares. A análise dos dados permitiu demonstrar que as redes sociais, em sua maioria, se constituem no eixo relativo às pessoas (79,5%), seguidas dos eixos atividades (13%) e lugares (7,5%). No eixo pessoas, a família foi a categoria mais citada (57%). No eixo atividades, identificou-se rupturas com atividades realizadas antes da deficiência (100% dos entrevistados romperam suas relações com o trabalho). O baixo índice do eixo lugares aponta a restrita circulação social das pessoas com deficiência, mostrando que dificilmente saem de suas casas para realizarem atividades. Quando as necessidades das pessoas com deficiência são compreendidas para além da incapacidade, incluindo outros processos, tais como os sociais e relacionais, percebe-se a necessidade de uma nova organização de processos de trabalho a partir da organização dos serviços e de práticas (ALMEIDA, TISSI, OLIVER, 2000).


Conclusões/Considerações Finais
Através do estudo foi possível identificar o Ecomapa como um importante instrumento de identificação de redes sociais de pessoas com deficiência física e seu potencial para utilização na Atenção Básica. Grande parte das pessoas com deficiência apresentaram limitações na circulação social e restrição de suas redes de apoio, sendo que a família constituiu a principal, e por vezes única, rede de suporte social. Os baixos índices nos eixos atividades e lugares reforçaram a influência negativa da deficiência na participação. Além de auxiliar a tomada de decisão de profissionais que acompanham pessoas com deficiência, este instrumento pode apoiar gestores na construção de políticas públicas mais abrangentes, voltadas às reais necessidades das pessoas com deficiência.


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