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Grupos Temáticos

10/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 36 - Cenários de Atenção Básica e Educação em Saúde

11060 - INTERVENÇÕES INTERDISCIPLINARES PARA DOENTES CRÔNICOS: PISTAS PARA O APRENDIZADO EM CENÁRIOS DE ATENÇÃO BÁSICA E ESPECIALIZADA A SAÚDE
CAMILA SANTANA DE ALCÂNTARA MARCHINI - UNIFESP-BS, MARIA FERNANDA PETROLI FRUTUOSO - UNIFESP-BS


Apresentação/Introdução
Esse trabalho é um recorte do Projeto PET-RUE (Programa de Educação pelo Trabalho sobre Redes de atenção às urgências e emergências na linha de cuidado da hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus), desenvolvido de agosto de 2013 a julho de 2015 no campus Baixada Santista da Universidade Federal de São Paulo, que propôs ações compartilhadas entre a universidade e serviços de saúde para descrever os percursos de cuidado dos portadores de hipertensão e diabetes, bem como discutir o papel da atenção básica à saúde como ordenadora do cuidado em uma região de elevada vulnerabilidade social do município de Santos, SP. Interessa-nos discutir o PET-RUE inserido em uma universidade com um Projeto Político Pedagógico (PPP) que já oportuniza o aprendizado interdisciplinar, com as matrizes curriculares dos cursos de Nutrição, Fisioterapia, Psicologia, Serviço Social, Educação Física e Terapia Ocupacional organizadas em diferentes eixos de formação. Entre os quatro eixos destacamos o Trabalho em Saúde (TS), onde turmas mistas vivenciam/discutem atividades de cuidado com complexidade crescente, a partir da experiência em cenários de práticas desde o primeiro ano de graduação


Objetivos
Descrever e discutir as intervenções interdisciplinares em saúde voltadas a hipertensos e diabéticos na perspectiva da formação e aprendizado discente nos cenários de práticas profissionais


Metodologia
Trata-se de uma análise documental a partir dos registros, individuais e em grupo, dos bolsistas quanto às atividades e processo de aprendizagem durante o PET. Os grupos foram compostos por equipes de quatro discentes de diferentes áreas de formação que desenvolveram intervenções em equipamentos de atenção básica, sendo que um desenvolveu, também, atividades no Ambulatório de Especialidades. As intervenções foram baseadas em entrevistas sobre as dificuldades no autocuidado, com usuários que deram entrada ao Pronto Socorro por glicemia descompensada e/ou crise hipertensiva em novembro de 2013 e com usuários que descompensavam com frequência segundo relato dos agentes comunitários de saúde. A análise dos dados resultou em categorias que envolveram a relação do PET com a vivência do trabalho em equipe; o Eixo Trabalho em Saúde e o contexto do sistema de saúde de Santos. O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade (parecer 1.454.910 de 17 de março de 2016)


Discussão e Resultados
As intervenções foram pautadas em atendimentos individuais, especialmente delineados por meio de Projetos Terapêuticos Singulares e atividades em grupo com usuários e profissionais. Destacam-se, nos registros, intervenções para e em parceria com os profissionais de saúde como oficinas sobre autocuidado com o cardiologista e enfermeira do ambulatório e oficinas na Universidade com agentes comunitários de saúde com vistas a pensar estratégias de promoção da alimentação saudável a partir da realidade local. Outra ênfase foram aulas de forró e quadrilha junina; culinária e dinâmica sensorial com alimentos para a família. Os dados confirmam o PET como estratégia indutora de mudanças da formação em saúde, fortalecendo o trabalho interdisciplinar e a articulação teoria-prática. Foram apontadas como dificuldades a desmotivação dos profissionais, a deficiente infraestrutura física e de recursos humanos dos serviços e a fragmentação das ações. A aposta do eixo TS, referida como central no PPP do campus e na integração ensino-serviço-comunidade, permitiu fortalecer as ações do PET na medida em que o Projeto possibilitou aprofundamento das questões vivenciadas no eixo


Conclusões/Considerações Finais
As temáticas das ações abordaram a saúde do cuidador, o resgate da história de vida dos usuários, a ressignificação da alimentação, bem como atividades para a promoção e prevenção da saúde, especialmente no campo da alimentação e atividade física. O PET é apontado como aliado na formação do campus, especialmente em relação ao trabalho em equipe, a problematização da teoria-prática e a integração ensino-serviço-comunidade. Alguns nós encontrados no sistema de saúde contribuíram para a reflexão da produção de conhecimento e práticas interdisciplinares e foram entendidos como estímulo para mudanças e desafios para os futuros profissionais a partir do desenvolvimento de consciência crítica-reflexiva. Afirmam a importância de equipes engajadas e em sintonia para a sustentação do cuidado e o amadurecimento na relação com o usuário no decorrer do PET. Os bolsistas indicam que as experiências são compartilhadas com outros alunos, extrapolando as vivências e discussões para além do PET


Realização:



Apoio:




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