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Grupos Temáticos
10/10/2016 - 13:30 - 15:00 GT 39 - Vulnerabilidade - Aspectos Conceituais/Casos Específicos |
11825 - ADAPTAÇÃO DE UMA ESCALA DE VULNERABILIDADE PARA AS FAMÍLIAS ATENDIDAS NUMA UBS DA REGIÃO CENTRAL DO MUNICÍPIO DE SP MARIA FERNANDA TERRA - FCMSCSP, LIVIA KEISMANAS DE ÁVILA - FCMSCSP, ELISA ABRANTES PEREIRA - FCMSCSP, JAMILLE SANTOS DE JESUS - FCMSCSP, DAIANA REGINA FERMIANO GÓES - FCMSCSP
Período de Realização da experiência Intervenção realizada por graduandas de Enfermagem da FCMSCSP em um serviço de APS no período de março a maio de 2016.
Objeto da experiência Desenvolver o Planejamento Estratégico Situacional (PES) a partir da necessidade identificada na UBS de construir conjuntamente uma escala prática e compreensível sobre a situação de vulnerabilidade da população atendida pela UBS na região central do município de SP. Apesar da existência de escalas, muitas não permitem observar e incluir todas as condições de vulnerabilidade que permeiam as vidas das pessoas, nos diferentes territórios, tais como: prostituição, população transexual em situação de prostituição, situação de rua, populações imigrantes.
Objetivo(s) 1) Elaborar um PES a partir da necessidade identificada no estágio, na UBS. 2) Aplicar o PES: criar uma escala de vulnerabilidade, treinar a equipe para uso do instrumento no cotidiano das equipes de saúde em que as alunas estavam inseridas.
Metodologia Nas reuniões com as enfermeiras e ACS foi definido o tema, pertinência, finalidade e como desenvolver. Em seguida, foram desenvolvidas as etapas explicativa, normativa, estratégica e tática operacional. Foram buscados artigos e documentos já existentes que apresentavam uma classificação da situação de vulnerabilidade das famílias. Posteriormente, foi realizada a adaptação de acordo com a população residente na região da UBS. Na proposição a partir do PES, as famílias foram classificadas em baixa (HAS, DM, criança menor de 2 anos, trabalho com registro em carteira e moradia em casa ou apto; média (uso de insulina, gestante, uso de drogas, TB, pensão por moradia e desemprego) ou alta situação de vulnerabilidade (deficiências, transtorno mental, acamados, moradia em ocupação ou prostíbulos, profissional do sexo, travestis e transexuais e baixa condição de saneamento). No processo de construção do instrumento, foram consideradas as sugestões dos ACS’s e das enfermeiras das equipes.
Resultados Os resultados alcançados foram: adaptação e construção de uma nova escala para classificação do nível de vulnerabilidade dos pacientes atendidos na região; aprovação das enfermeiras e ACS e capacitação dos mesmos para aplicação do novo instrumento. A apresentação da ferramenta teve boa aceitação dos profissionais envolvidos. O projeto foi entregue à gestão da UBS, embora sua implementação não tenha ocorrido. Foi alcançado, portanto, o cenário de centro do PES, onde houve aprovação, treinamento e a não implementação do instrumento.
Análise Crítica Foi possível criar conjuntamente, por graduandas, uma nova escala de classificação da situação de vulnerabilidade das famílias atendidas na região central. Esse trabalho contribuiu para refletir a importância da APS em atender a todas as necessidades dos usuários sob a sua responsabilidade. Esse instrumento foi uma tentativa de contribuir para a prática do princípio de equidade do SUS, dando prioridade àqueles que mais necessitam por meio das visitas domiciliares, de forma embasada cientificamente. No campo da formação, esse processo permitiu a compreensão da importância da organização, do levantamento conjunto das necessidades para a estruturação de um treinamento em serviço, da importância do planejamento como parte do trabalho do enfermeiro na Atenção Primária à Saúde. Também permitiu compreender de maneira prática o trabalho do enfermeiro ao precisar buscar instrumentos, organizar material, conversar com pessoas para colocarem em prática o que haviam planejado.
Conclusões e/ou Recomendações A atividade deve ser incorporada na formação do profissional enfermeiro pois fica evidente aos estudantes que o PES é uma ferramenta que requer dedicação e responsabilidade para a sua execução, pois é necessário articular com os diferentes atores para que o problema seja solucionado – é um trabalho a ser desenvolvido em equipe e é exigido do enfermeiro que utilize das capacidades de liderança, comunicação, negociação, gestão de conflitos e a percepção situacional para modificar o planejamento de acordo com as necessidades locais.
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