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Grupos Temáticos

11/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 23 - Cuidado em Saúde - Grupos Específicos, Integralidade e os Diferentes Determinantes da Saúde

11134 - DISCURSO COLETIVO: POSICIONAMENTO DOS PROFISSIONAIS DE CONSULTÓRIO NA RUA FRENTE A QUESTÃO DO ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS.
LEILANE DA SILVA PERES - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, JOSENAIDE ENGRACIA DOS SANTOS - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, DIOGO ALMEIDA CARNEIRO - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, SHIRLEY DE FARIAS PEREIRA - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, LUANA LIMA GOMES - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, JESSICA DE AQUINO RIBEIRO - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA, PRISCILA TAÍS DE OLIVEIRA MORAIS - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA


Apresentação/Introdução
O consultório de rua (CR) foi uma proposta idealizada na Bahia em 1999 na Bahia e inserida em 2012 na Política Nacional de Atenção Básica (PNAB). Tem o objetivo de ampliar o acesso aos usuários à rede de serviço de saúde no Sistema Único de Saúde (SUS), além de promover uma articulação da rede de atenção psicossocial para garantir o acesso à atenção integral à saúde às pessoas em situação de rua/usuários de álcool e outras drogas. . A equipe do Consultório na Rua consiste em uma equipe multiprofissional e tem como principal característica atuar diretamente com a atenção básica ao usuário na rua, promovendo saúde e prevenindo doenças. Atua também diretamente com a redução de danos, que tem por perspectivas diminuir os danos causados pelo uso das drogas, como por exemplo evitar transmissões de doenças por seringas. A equipe do Consultório na Rua consiste em uma equipe multiprofissional com os seguintes profissionais: Médico, Enfermeiro, Psicólogo, Terapeuta Ocupacional, Agente Social, Técnico ou Auxiliar de enfermagem e Técnico em saúde bucal.


Objetivos
Conhecer o posicionamento da equipe do CR e as experiências do cotidiano com usuário de álcool e outras drogas em situação de rua.


Metodologia
Método do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), que tem por característica a análise e correlação do discurso de cada entrevistado do mesmo contexto social e grupo social. Essa metodologia passa por dois momentos para encontrar o DSC: Expressão-chave (E-Ch) e Ideia Central (IC). Para coleta de dados, utilizou-se uma entrevista semiestruturada e gravador. Foram entrevistados cinco profissionais de saúde de Consultório de Rua do Distrito Federal, tendo como critério de inclusão: ter mais de 18 anos, atuar no CR a mais de 6 meses. A pesquisa obedeceu às normas e diretrizes que regulamentam a pesquisa com seres humanos do Conselho Nacional de Saúde, Resolução nº 466 de 12 de dezembro de 2012, a pesquisa foi autorizada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Fundação de Ensino e pesquisa em ciências da saúde - 960.640/2015.


Discussão e Resultados
Foram selecionadas duas Expressões Chaves do Sujeito Coletivo: Preconceito e medicalização. A E-Ch de preconceito teve como Ideia Central: “A pessoa em situação de rua faz parte de um grupo social que, se vincula diretamente ao conceito de estigma”. Nas narrativas dos profissionais o elemento de estigmatizar pessoas pelo seu contexto social é muito presente nas falas dos entrevistados. Esses estigmas desencadeiam pré-conceitos e denominações a essa população que as levam a marginalização, trazem também comportamentos antiéticos ao tratamento de saúde aos usuários na rede(GOFFMAN, 1988). Uma difusão e concretização do juízo moral. A segunda E-Ch, medicalização, teve como IC: “A melhor estratégia para lidar com álcool e outras drogas seria a institucionalização do usuário e/ou tratar o seu problema como afecção orgânica e biomédica”. O DSC traz fortemente o ideal da institucionalização. No caso, para usuários de drogas a instucionalização dos mesmo é remetida no DSC como solução para a proteção dos danos graves que as drogas causam a saúde mental e fisiológica do corpo humano, desregulando a capacidade do usuário de ter autocontrole e tornando-se escravo a substância química


Conclusões/Considerações Finais
Percepções estigmatizantes e estereotipadas podem afetar a motivação do profissional para lidar com a temática, álcool e outras drogas, bem como a forma de intervir junto aos usuários. O ideal é intensificar o contato com usuários de substâncias que pode ajudar a diminuir opiniões negativas a respeito deles, em um esforço concentrado para buscar formas de reinventar o presente. É necessário romper com os discursos manicomiais para viabilizar a assistência à Saúde de uma forma geral.


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