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Grupos Temáticos

12/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 23 - Inovações em Saúde - Invetividades nas Práticas de Produção em Saúde

11635 - CLÍNICA AMPLIADA NA ATENÇÃO BÁSICA: QUE INOVAÇÃO?
CLÁUDIA MARIA FILGUEIRAS PENIDO - UFMG, BRENO PEDERCINI DE CASTRO - UFMG, TAMARA AVELINE DE SOUSA - UFMG, PAULA SOUZA AMARAL - UFMG


Apresentação/Introdução
A partir da Política Nacional de Humanização (PNH), publicada em 2004, o Ministério da Saúde propõe a Clínica Ampliada (CA) como diretriz para orientar o trabalho no Sistema Único de Saúde, com ênfase na Atenção Básica. A formulação do conceito de CA, proposta por Gastão Campos no Método Paideia, defende que a reforma da clínica moderna deve se assentar sobre um deslocamento de ênfase da doença para o Sujeito concreto, no caso, um Sujeito portador de alguma enfermidade, operando-se o que denomina de “Clínica do Sujeito” , cujo objeto seria resultante de uma síntese dialética entre o sujeito e sua doença. Apesar da importância atribuída à Clínica Ampliada, considerada uma estratégia inovadora para a Atenção Básica, não há trabalhos de revisão bibliográfica sobre o tema. Da mesma forma, desconhece-se o significado atribuído à expressão “Clínica Ampliada” na literatura que trata da realidade brasileira. Pergunta-se, ainda, qual seria a inovação clínica associada a tal conceito-diretriz.


Objetivos
Investigar o significado atribuído à expressão “Clínica Ampliada”, no âmbito da Atenção Básica, considerando possíveis inovações sugeridas para o exercício clínico.


Metodologia
Pesquisa bibliográfica exploratória realizada na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), sem data inicial definida e até outubro de 2014. Utilizou-se a estratégia de busca: “clinica ampliada” OR “extended clinic” OR “amplified clinic” em qualquer parte do artigo. Os critérios de inclusão foram o enquadramento do material na categoria de artigo científico; a abordagem da realidade brasileira, ainda que em outro idioma ou em periódicos internacionais; e publicações que abordavam a expressão “clínica ampliada” (ou “extended clinic” ou “amplified clinic”) diretamente articulada ao contexto da Atenção Básica. Todos os artigos que atenderam aos três critérios de inclusão foram lidos integralmente para investigação de núcleos de sentido, conforme variação da Análise Temática que privilegia os significados.


Discussão e Resultados
Vinte e sete artigos atenderam aos critérios de inclusão. Foram identificados três eixos temáticos relativos à CA:
1)Ruptura epistemológica: nova dialética sujeito-doença que amplia a compreensão do processo de saúde-doença e extrapola limites positivistas do modelo biomédico. Novo paradigma enfatiza a singularidade; 2) Articulação entre subjetividade, ética e política: articula-se sujeito e cidadão; clínica e política, considerados pontos de tensionamento da clínica tradicional, nós críticos que são superados pelo enfrentamento da complexidade que lhe é inerente. Aposta-se em novos modos de subjetivação, pautados pela autonomia, criatividade e reflexividade, dentre outros. Propõe-se uma bioética amplificada que se vale do afeto, da escuta e do respeito mútuo para estimular no usuário a corresponsabilidade. 3) Novo modo trabalhar: Utiliza predominantemente tecnologias leves, pois é construída nas relações de forma dialogada e horizontal. Convoca-se a multiprofissionalidade, a inter/transdisciplinaridade e a intersetorialidade, de acordo com o caso. As finalidades da cura e alívio do sofrimento são ampliadas para autonomia e identificação de riscos e vulnerabilidades dos sujeitos.



Conclusões/Considerações Finais
Acredita-se que esta pesquisa bibliográfica tenha possibilitado a organização de dados dispersos sobre a temática na literatura e a compreensão do significado de CA segundo os autores dos artigos. Embora tenham sido identificados distintos conceitos sobre a CA, podemos afirmar que seus sentidos se aproximam e se complementam em alguns aspectos. Constata-se que referência à CA se justifica mais como uma ideia-lembrete acerca da complexidade, integralidade e extensão da tarefa clínica na Atenção Básica do que como propriamente uma “estratégia inovadora” neste âmbito. Entretanto, faz-se justa a ressalva de que se a clínica praticada pelos profissionais exibe evidências de deterioração de sua potência, a CA pode ser uma diretriz apropriada e pertinente, a ser atualizada nos interstícios de um agir ético e político em saúde.


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