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Grupos Temáticos

10/10/2016 - 13:30 - 15:30
GT 33 - Múltiplos Olhares sobre o Traço Falcêmico

12087 - OS DESAFIOS DO CUIDADO INTEGRAL A DOENÇA FALCIFORME SOB OS DIVERSOS OLHARES : O OLHAR DA GESTÃO
REGIANE TEIXEIRA DOS SANTOS - UFBA, CLARICE SANTOS MOTA - UFBA- ISC, ANA LUISA DIAS - UFBA-ISC, TAIA CAROLINE NASCIMENTO - UFBA-ISC, REGIANE TEIXEIRA DOS SANTOS - UFBA, CLARICE SANTOS MOTA - UFBA- ISC, ANA LUISA DIAS - UFBA-ISC, TAIA CAROLINE NASCIMENTO - UFBA-ISC


Apresentação/Introdução
A Doença falciforme é uma das doenças hereditárias mais comuns no mundo. Foi descrita pela primeira vez em 1910 nos EUA. No Brasil, o aparecimento da Hemoglobina S, se deu através da chegada dos povos negros no continente e se expandiu através da miscigenação racial. Embora a doença falciforme tenha sido descoberta e descrita a mais de 100 anos, A omissão, o silêncio e a invisibilidade sobre a atenção e cuidado às pessoas com a doença falciforme, pode ser evidenciada através do desconhecimento por parte dos gestores e profissionais de saúde e a população em geral. Além das políticas públicas de saúde voltada para esta população só foram estabelecidas décadas depois. Começou pela implantação da Triagem Neonatal no SUS em 2001, porém permaneceu na invisibilidade até 2005, quando foi publicada a Portaria nº 1.391 que instituiu no âmbito do SUS a Política Nacional de Atenção Integral as Pessoas com Doença Falciforme (PNAIPDF) paralelo ao Programa de Atenção às Pessoas com Doença Falciforme (PAPDF) lançado no mesmo ano em Salvador – Bahia, com objetivo de promover ações que permitam reduzir a morbimortalidade e melhorar a qualidade de vida das pessoas com doença falciforme.


Objetivos
Identificar as dificuldades que a gestão vem enfrentando na implementação da linha de cuidado em doença falciforme e analisar a organização da rede assistencial ofertada ás pessoas com doença falciforme.


Metodologia
As observações foram desenvolvidas a partir das vivências, entrevista realizada com a gestão Municipal de saúde, aplicação de questionários para pessoas com doença falciforme e análise do meu caderno de bordo. Além da utilização da revisão bibliográfica a partir das buscas em bases de dados e diversos documentos oficiais relacionados à DF como material para análise documental, além disso, a participação e acompanhamento das reuniões do Grupo de trabalho (GT), em que participam gestores de saúde das três esferas de poder, e reuniões e eventos da associação baiana das pessoas com doença falciforme (ABADFAL).


Discussão e Resultados
Os principais desafios para gestão de saúde no início da criação do programa de atenção as pessoas com doença falciforme (PAPDF), no município de Salvador foram às trocas de prefeitos, de secretários de saúde, pois cada vez que mudava eles tinham uma necessidade de sensibilização, e ao mesmo tempo de praticamente de recomeço de fazer com que entendessem a importância do programa de atenção as pessoas com doença falciforme. Além disso, a falta de apoio dos profissionais de saúde, pois eles desconheciam como fazer o cuidado, desconhecia inclusive como fazer um diagnóstico diferencial, então não sabiam a diferença de uma pessoa com traço que não tem a doença e uma pessoa que tem a doença. Além de tudo isso o déficit muito grande de visibilidade da doença falciforme nos sistemas de informação, mesmo nos sistemas nacionais. Nós últimos anos se teve muitos avanços como implantação da portaria de notificação compulsória, criou-se oito unidades de referência, além da capacitação dos profissionais de saúde e a implantação dos ambulatórios especializados.


Conclusões/Considerações Finais
Apesar de alguns esforços já empreendidos, a doença falciforme ainda padece diante do atraso no desenvolvimento de políticas publicas efetivas e equânimes, bem como na implementação das políticas existentes. Pude entender a importância da articulação entre os gestores de saúde de todos os níveis de atenção a saúde, para que sejam efetivadas as linhas de cuidados em doença falciforme, organizados os fluxos assistenciais. O espaço da pesquisa me proporcionou uma maior aproximação com as pessoas com doença falciforme, através da associação das pessoas com doença falciforme (ABADFAL), suscitando um saber que vai muito além da teoria. Pois, através deles, pude entender importância de movimentos sociais organizados na luta pelo surgimento/Criação de políticas públicas, sua manutenção e expansão do acesso


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