7º Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde

PROCESSOS DE EMANCIPAÇÃO DE CUIDADOS EM SAÚDE E A COMPLEXIDADE DO AGIR PROFISSIONAL

Coordenação: Juliana Araujo, Emiliano Camargo, Mírian Ribeiro, Caroline Lucas.
Número de turnos/horas: 01/04 horas
Contextualização/Introdução:
A partir do cotidiano do trabalho em saúde e os elementos advindo da produção em ato de cuidado, trilhamos estratégias singulares. A reabilitação psicossocial enquanto conjunto de ações orientadas a aumentar as oportunidades de troca de recursos e de afetos (SARACENO,1999), possui como cerne da prática terapêutica co-produção de cuidado em saúde, e protagonismo dos usuários, requerendo necessárias inovações na constante afirmação da produção de liberdade (NICÁCIO & GASTÃO, 2007). Estas estratégias produzem encontros intersubjetivos na prática profissional enquanto ação ético-política de tal afirmação. A proposição de uma oficina que pretende promover a troca e diálogo entre os participantes para os processos relacionais envolvidos nos processos de emancipação através das proposições. Bem como promover um espaço acolhedor e dinâmico para o compartilhamento de estratégias, percepções e dificuldades de pensar/produzir processos emancipatórios. Será feito um mapa coletivo destas questões a fim de ser discutido pelo grupo formado na oficina.

Objetivos: A Oficina, Processos de Emancipação de cuidados em saúde e a complexidade do agir profissional, tem como objetivo produzir coletivamente reflexões e problematizações sobre emancipação e cuidados em saúde.

Metodologia: O desenvolvimento da oficina acontecerá em quatro momentos diferentes, cada qual com uma intenção.
O primeiro momento da oficina é o momento de chegada, no qual iremos recepcionar os participantes de forma acolhedora, a fim de irmos desconstruindo uma posição hierárquica entre os participantes e os coordenadores e promovendo a apresentação grupal. O segundo momento, após percebermos o grupo que foi constituído, iremos apresentar a proposta e o modo de trabalho que se seguirá. Neste momento iremos propor exercícios de percepção de si e da relação com o outro para ativar os corpos na potencia sensível da presença e dos encontros. A partir deste investimento nas pequenas percepções dos contatos corporais, do buscaremos marcar para os participantes o quanto a discussão de emancipação é relacionada na relação entre as pessoas.
Após esta ativação do sensível, partiremos para o terceiro momento no qual pediremos a todos que reflitam sobre seus próprios processos de trabalho e de relação e que busquem estratégias de emancipação experienciadas, podendo estas estarem relacionadas às situações diversas (de trabalho, familiares, etc.). Cada um fará uma seleção das memorias que emergirem e acrescentará ao mapa (previamente preparado por nós) algumas palavras ou frases que digam desta memória.
Neste mapa faremos região/campos de indagações, relativas à linhas de problematizações que entendemos permear a discussão sobre processos de emancipação em saúde.
Partiremos então para o quarto momento, no qual todos observarão o mapa coletivo e teceremos um debate sobre os pontos elencados e os elementos trazidos pelos participantes.
Público-Alvo: profissionais de saúde e estudantes, demais congressistas- 30 pessoas.
Produtos: A oficina produzirá nos participantes a ativação da sensibilidade para o contato com o outro, que será elemento para a discussão sobre emancipação, o compartilhamento de memórias entre participantes e coordenadores, além da troca de estratégias e problematizações entre o grupo formado. Produzirá ainda, um mapa com algumas destas estratégias e pontos de discussão importantes para a produção de emancipação e cidadania.
Materiais: Papel Craft, papel sulfite, canetas esferográficas, equipamento audiovisual, sala para acomodação dos participantes, que não tenha cadeira ou mesas fixas.
Fonte financiadora da oficina: sem custos e/ou recursos próprios

Referência Bibliográfica:
SARACENO, B . Libertando identidades: da reabilitação psicossocial a cidadania possível. Belo Horizonte: Te Cora, 1999.
NICÁCIO, F., CAMPOS, G. W. de S. Afirmação e produção de liberdade: desafio para os centros de atenção psicossocial. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, v.18, n. 3, p. 143-151, set./dez. 2007.