|
Grupos Temáticos
12/10/2016 - 13:30 - 15:00 GT 6 - Práticas Integrativas e Complementares na Atenção Primária em Saúde II |
11179 - PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE NA REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS MARIA SALETE FRANCO RIOS - UNICAMP, NELSON FILICE DE BARROS - UNICAMP, RENATA CAVALCANTI CARNEVALE - UNICAMP, PÂMELA SIEGEL - UNICAMP, JAIME OLIVEIRA SANTOS - UNICAMP
Apresentação/Introdução As Práticas Integrativas e Complementares (PIC) têm sido implementadas no Sistema Único de Saúde (SUS) pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), no entanto a oferta das PIC tem sido feita de forma tímida e não sistemática, principalmente por profissionais com formação técnica e não pelos formados em nível superior nas profissões do campo da saúde.
Objetivos Identificar as Práticas Integrativas e Complementares e as profissões envolvidas na sua oferta na Atenção Primária em Saúde dos 20 municípios da Região Metropolitana de Campinas.
Metodologia Este estudo é parte do projeto “As Racionalidades Médicas e Práticas Integrativas e Complementares nos serviços de Atenção Primária em Saúde (APS) na Região Metropolitana de Campinas/SP (RMC)”, uma pesquisa multimétodos de natureza quantitativa e qualitativa, composta por três estudos complementares. A coleta de dados foi realizada entre setembro e novembro de 2014, por meio de entrevistas telefônicas semi-dirigidas com coordenadores dos serviços de APS da RMC. Foram entrevistados 236 coordenadores de serviços de APS dos 20 municípios da RMC, dos quais 117 declararam oferecer uma ou mais PIC, entre 18 diferentes PIC identificadas, envolvendo um total de 263 pessoas (profissionais e voluntários que constaram como responsáveis pelas PIC em mais de um serviço foram contabilizadas somente uma vez)
Discussão e Resultados Dos 263 envolvidos com oferta de PIC na APS na RMC, 97 têm nível superior, 152 médio e 14 não informaram. Lian Gong: 92 ACS, 21 auxiliares de enfermagem, 10 técnicos de enfermagem, 5 enfermeiros, 3 terapeutas ocupacionais, 2 dentistas, 2 administrativos, 1 fisioterapeuta, 1 educador físico, 1 psicóloga, 1 auxiliar de saúde bucal. Acupuntura Sistêmica: 18 médicos e 1 enfermeira, enquanto a micro-acupuntura de Yamamoto por 12 médicos e auriculo-acupuntura por 2 fisioterapeutas e 1 TO. Movimento Vital Expressivo: 7 ACS, 5 psicólogos, 3 enfermeiros, 3 auxiliares de enfermagem, 1 médico e 1 educador social. Fitoterapia: 8 médicos, 4 enfermeiras e 1 atendente de farmácia. Homeopatia: 8 médicos. Massoterapia: 2 auxiliares de enfermagem, 2 médicos, 1 enfermeira, 1 TO, 1 ACS. Meditação: 2 ACS, 2 médicos e 1 psicólogo. Dança Circular: 1 TO, 1 psicólogo e 1 ACS. Reiki: 2 TO e 1 auxiliar de enfermagem. Yoga: 1 técnico de enfermagem e 1 fisioterapeuta. Meditação: 2 médicos, 2 ACS e 1 psicólogo. Terapia Comunitária: 1 Auxiliar de enfermagem e 2 médicos. Práticas Corporais Chinesas (Xian Gong, Chi Gong e Tai Chi): 4 ACS, 2 médicos, 1 enfermeiro e 1 dentista. Automassagem: 1 educador físico.
Conclusões/Considerações Finais A oferta de PIC na APS na RMC é pequena já que dentre os 236 UBS investigadas apenas 117 oferecem PIC. Além disso, o número de profissionais envolvidos com as PIC é reduzido em relação ao total de profissionais na APS na RMC, pois, ilustrativamente, apenas no município de Campinas estão registrados, no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde/MS, 740 Agentes Comunitários de Saúde, 205 Enfermeiros, 164 Médicos e 89 Cirurgiões Dentistas da Estratégia da Saúde da Família. Destaca-se, por fim, que o desenvolvimento das PIC na APS é realizado principalmente por profissionais com formação técnica que usufruem de menor status e poder nas instituições, sendo portadoras de menor oficialidade e, consequentemente, com suas práticas mais invisibilizadas.
|
|
|
|