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Grupos Temáticos

11/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 30 - Educação Popular na Formação em Saúde

11165 - EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE NO CURRÍCULO MÉDICO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA: CONQUISTAS E DESAFIOS.
DANILO BORGES PAULINO - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA/UFU, WALLISEN TADASHI HATTORI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA/UFU, GUSTAVO ANTONIO RAIMONDI - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA/UFU


Período de Realização da experiência
Desde o segundo Semestre Letivo de 2014 (mês de Outubro) até os dias atuais.


Objeto da experiência
Trabalho dos(as) estudantes do terceiro período do curso de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia, nos 4 (quatro) últimos semestres letivos desde a implantação do novo Projeto Político Pedagógico do Curso. Esses trabalhos foram instituídos no Módulo Saúde Coletiva III com ênfase na Educação Popular em Saúde através de grupos e salas de espera com as equipes e comunidades vinculadas a Unidades Básicas de Saúde da Família do município de Uberlândia.


Objetivo(s)
Executar ações pautadas na Política Nacional de Educação Popular em Saúde que oportunizem aos(às) estudantes a prática de uma educação popular em saúde dialógica, orientada pela amorosidade, problematização, construção compartilhada do conhecimento, com compromisso com a construção do projeto democrático e popular, através da integração ensino-serviço-comunidade. Essas ações visam o empoderamento, a emancipação e a autonomia dos cidadãos para a participação popular na efetivação do SUS que queremos e conquistamos bem como para a atuação no processo saúde-adoecimento-cuidado com as pessoas.


Metodologia
No novo Projeto Político Pedagógico do curso de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia, os(as) estudantes estão inseridos(as) nas Unidades Básicas de Saúde da Família do município desde o primeiro período do curso, em especial nos componentes curriculares da Saúde Coletiva. No terceiro período, as discussões de conceitos de saúde e doença, promoção da saúde, prevenção de agravos e educação popular em saúde dão as bases para a execução de grupos e salas de espera com as comunidades. Inicialmente os(as) estudantes utilizam da observação-participante para acompanhar as ações de educação popular em saúde que já ocorrem. Em seguida, utilizam-se da estimativa rápida para levantar as demandas das equipes e populações para essas ações. Por fim, realizam as ações embasados(as) pelas ideias de Paulo Freire, que buscam problematizar, construir coletivamente e valorizar os saberes populares na emancipação dos sujeitos na condução de seus processos saúde-adoecimento-cuidado.


Resultados
Em consonância com as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de Medicina (2014) e com a Política Nacional de Educação Popular em Saúde (2013) foi possível inserir no Currículo ações de promoção e educação popular em saúde com ênfase na atenção básica. A partir de encontros dialógicos, produzidos e conduzidos pelos(as) próprios(as) estudantes sob supervisão docente e dos(as) preceptores(as) das equipes de Saúde da Família do município de Uberlândia, a comunidade e as equipes de Saúde da Família têm compartilhado saberes e experiências, conseguindo construir em conjunto com as populações que cuidam conhecimentos significativos para o cuidado em saúde, aperfeiçoando suas práticas de educação popular em saúde para um modelo mais dialógico, horizontal e participativo. As ações desenvolvidas pelos(as) estudantes têm sido avaliadas de forma muito positiva, o que evidencia o impacto e alcance dessas ações no cotidiano da saúde das pessoas que delas participam.


Análise Crítica
A prática da Educação Popular em Saúde no cotidiano das equipes de Saúde da Família em interface com as comunidades apresenta diversos desafios. A pouca adesão às ações muitas vezes embasadas pelo uso do modelo tradicional de palestras, acrítico que desconsidera os saberes populares, a autonomia dos participantes e a capacidade crítica de compartilhar e produzir saberes em conjunto, as dificuldades para convidar as pessoas para essas atividades, a desmotivação das equipes de saúde da família aliada à sobrecarga de atendimentos eminentemente curativos, a dificuldade de preparar e conduzir ações com a população que sejam mais dialógicas, o desafio de incluir na agenda das equipes ações de educação popular em saúde, bem como o desafio de romper com a concepção biomédica na Faculdade de Medicina na formação dos(as) futuros(as) médicos(as) são desafios que estão sendo superados aos poucos com esse trabalho.


Conclusões e/ou Recomendações
Oportunizar a integração ensino-serviço-comunidade, associando as discussões teóricas com as vivências reais do cuidado em saúde das pessoas oportuniza uma formação humanista, crítica, reflexiva e ética, com responsabilidade social e compromisso com a defesa da cidadania, da dignidade humana, da saúde integral do ser humano, pautada na determinação social do processo saúde-adoecimento-cuidado, transformando as práticas de educação popular em saúde das comunidades em Uberlândia e a futura atuação profissional dos(as) médicos(as) formados(as) na Universidade Federal de Uberlândia.


Realização:



Apoio:




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