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Grupos Temáticos

11/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 40 - Interfaces Epistêmicas

11567 - A INFLUENCIA DAS ESTRATÉGIAS DO ENSINO DA PRÁTICA DA CLÍNICA MÉDICA NA FORMACAO DO ESTILO DE PENSAMENTO DOS ESTUDANTES
SYLVIA MARIA PORTO PEREIRA - UERJ, LAURA ABREU DE MOURA - UNESA, MICHELE CARVALHO DE SOUSA - UNESA, KENNETH ROCHEL DE CAMARGO JUNIOR - UERJ


Apresentação/Introdução
Com base na epistemologia comparativa de Ludwik Fleck (1979) sugere-se que, nos dias atuais, a dissociação de aspectos objetivos e subjetivos no cuidado ao paciente se deve a um estilo de pensamento clínico-epidemiológico que condiciona a percepção do médico ao modelo da teoria das doenças. Seu aprendizado se faz pelos exemplos dos membros do coletivo de pensamento correspondente. A necessidade de mudar a Educação Médica vem sendo discutida. A intervenção pedagógica é uma estratégia para a melhoria da formação médica e, consequentemente, da qualidade da assistência na saúde. A educação em serviço transforma as práticas e reforça o poder pedagógico do trabalho. Diretrizes Curriculares Nacionais 2001, 2014 preconizam compromisso do ensino com a realidade e necessidades da população. O eixo norteador é interlocução universidade/sociedade. A aprendizagem se dá pela prática nos cenários de assistência, com o relacionamento de alunos e usuários que trazem, com suas doenças, subjetividades, desejos, conceitos, crenças, alegrias e sofrimentos. A associação teórico-prática possibilita o ensino de competências e habilidades específicas, considerando os aspectos cognitivos e relacionais.



Objetivos
Conhecer as estratégias utilizadas no ensino da prática da Clínica Médica no ambulatório e na enfermaria e sua influência na formação do estilo de pensamento dos estudantes de Medicina da Universidade Estácio de Sá.


Metodologia
Abordagem qualitativa, etnografia.
Sujeitos: Quatro professores da Clínica Médica identificados pelos estudantes, em estudo anterior como importantes em sua formação.
Período: de maio de 2014 a outubro de 2015.
Local: ambulatório e enfermaria de Clínica Médica.
Coleta de dados: observação participante e registro escrito em notas de campo, reunidas no diário de campo. Realizadas 10 observações participantes dos quatro professores; duração de cada observação, de quatro horas, num total de 40 horas.
Análise: Modelo Indiciária, descrito por Ginzburg (1989), em busca de temas recorrentes; os dados foram codificados de acordo com os temas identificados e, a seguir, selecionados e reagrupados segundo estes mesmos temas.



Discussão e Resultados
Dois temas:
Ensino/Assistência:
Alunos observam abordagem ao paciente: aproximação: médico se apresenta e pede autorização para fazer avaliação; escuta, diálogo: anamnese; manuseio: exame físico. Conexões mentais com conhecimentos básicos/clínicos e humanos/clínicos do que ouviu e observou. Ambulatórios: Gastroenterologia, Pneumologia, Cardiologia, Neurologia, Nefrologia, Hematologia, Dermatologia; ensino concomitante à assistência; paciente acompanhado pelo professor. Enfermaria: Professor não é assistente; infraestrutura precária e falta de ética de profissionais agravam sofrimento dos pacientes.
Métodos de Ensino:
Queixa é relacionada à hipótese diagnóstica, tema sobre o qual professores dissertam. Relatam experiências, ilustrando os casos. Fazem perguntas aos alunos que as respondem. Método pergunta-resposta atrai atenção, promove reflexão e raciocínio. Resgatam noções de Anatomia, Fisiologia e Fisiopatologia. Após a saída dos pacientes professor discute os casos, esclarecendo dúvidas. Esboçam esquemas baseados nas palavras-chaves das afecções discutidas, na lousa, com termos técnicos e nomes de síndromes. É ensinado o preparo de lamina de sangue e visualização ao microscópio.



Conclusões/Considerações Finais
As estratégias de ensino da prática da Clínica Médica baseadas em assistência, raciocínio clinico, resgate de noções de disciplinas básicas, inclusão de aspectos subjetivos, relatos de experiências vividas e ensino de técnicas laboratoriais contribuem para que o coletivo de pensamento médico, representado pelos professores propicia a incorporação dos iniciantes em um tipo especifico de estilo de pensamento, neste caso, híbrido, contribuindo para formação ampla, biomédica e humana do paciente. Ensinamentos humanísticos se chocam com os cenários de prática que os alunos testemunham. Eles sabem que estes locais são parte do mercado de trabalho onde vão se inserir.


Realização:



Apoio:




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