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Grupos Temáticos

11/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 18 - Direitos Humanos, Saúde e Populações Específicas

11282 - ENVELHE-SER NA RUA: SIGNIFICADOS, ATITUDES E MODOS DE VIDA DE PESSOAS ENVELHECENTES E IDOSAS EM SITUAÇÃO DE RUA
MARISTELA COSTA DE ANDRADE - PUC MINAS, GEISA MARIA EMILIA LIMA MOREIRA - PUC MINAS, ANA LUIZA PEDROSA NEVES AICHINGER - PUC MINAS, LUCIA RESENDE TAVARES - PUC MINAS, SANTIAGO ANDRÉ DE ALMEIDA - PUC MINAS, HELENA MARIA SOARES RIENDA - PUC MINAS


Apresentação/Introdução
A definição de população de rua é difícil. A multiplicidade de condições pessoais, a diversidade de soluções dadas à subsistência e à moradia são fatores que dificultam a formulação de conceitos livres de ambiguidades. São milhares de pessoas, de famílias, que vivem na e da rua, entretanto, quando organizadas, preferem a denominação de “pessoas em situação de rua”, visando caracterizar o princípio da transitoriedade desse processo de absoluta exclusão social, mesmo que, no fundo, muitos saibam que sair da rua não é tão simples. (ROSA; CAVICCHIOLI; BRETAS , 2005).

As políticas públicas voltadas a essa população são basicamente compensatórias, assistencialistas e raras vezes se configuram concretamente como um projeto de inclusão social.

Nas ruas a velhice tem implicado em uma série de infortúnios, incluindo a exposição à violência e à criminalidade, morbidade, acesso precário a serviços sociais e de saúde e baixa expectativa de vida. Uma das estratégias para a elaboração de intervenções junto a populações em situação de vulnerabilidade social envolve o levantamento dos significados que os indivíduos atribuem à qualidade de vida, ao bem-estar individual e ao futuro.



Objetivos
Geral:
Descrever os significados atribuídos ao envelhecer na rua, as atitudes e modos de vida de pessoas envelhecentes e idosas que moram na rua, na cidade de Belo Horizonte.
Específicos:
-Entrevistar envelhecentes e idosos que residem nas ruas de Belo Horizonte,
-Descrever a interpretação dada pelas pessoas pesquisadas ao seu processo de envelhecer e de viver na rua, bem como ao olhar da sociedade sobre eles.
-Observar suas ações no cotidiano e na interação com as pessoas e instituições do seu convívio, por meio das atividades que participam nas pastorais e nas ruas.



Metodologia
Como atividade investigativa de abordagem qualitativa do tipo descritivo e exploratório, acerca da velhice em situação de rua, este estudo foi realizado por meio de entrevistas semiestruturadas dirigidas a 20 homens, 10 idosos e 10 envelhecentes em situação de rua. Tais entrevistas serão utilizadas como instrumentos que se unirão às observações de campo já realizadas nas atividades de estágio e extensão, para extrair dos depoimentos e das atividades de vida dos pesquisados, os signos, significados e ações produzidos por eles na situação de viver na rua, tal qual sustenta (CORIN E BIBEAU, apud ALMEIDA FILHO, 2004).
Nessa perspectiva considera-se que as interpretações e as ações são culturalmente construídas por isso a coleta dos dados é realizada a partir do estudo das práticas dos atores apreendidas por histórias concretas. (CORIN et al apud UCHOA, 1994).



Discussão e Resultados
As narrativas individuais foram as vias de acesso à rede de significados que construíram a visão de mundo e às estratégias simbólicas e imaginárias das pessoas idosas e envelhecentes, em situação de rua.
Destacaram-se no campo desta fala:
“A rua não é lugar de velho”
“Não dou conta de cuidar mais de mim”
“Não ter direito a nada”
“É duro não ter um teto para ficar”
“Sem escola e sem casa”
“Não ter casa e não ter teto.... não tem escola”
“Meu corpo já não tem saúde”
“Dormir com um olho fechado e outro aberto”
“Poucos para dar e muitos para tomar”
“o que é da rua não vale nada”
“ser tratado como vagabundo”
Utilizando a interpretação de “segundo nível” de Corin e Bibeau (1999), relacionamos quatro dimensões das Políticas Públicas: Saúde, Educação, Política de Moradia e Saneamento Básico que precisam ser discutidos na nova perspectiva transdisciplinar e intersetorial.

Obs: Trata-se de uma pesquisa financiada pelo Fundo de Incentivo à Pesquisa (FIP) da PUC Minas.




Conclusões/Considerações Finais
A pesquisa/intervenção foi de base qualitativa, sustentou-se na psicologia sócio histórica e na antropologia hermenêutica. A coleta de dados utilizou a metodologia dos Signos Significados e Ações, as oficinas em dinâmica de grupo como método de intervenção psicossocial, e os círculos de cultura.
A apresentação proposta neste congresso tem como objetivo partilhar questões que foram trazidas, fomentar discussões propostas neste eixo temático, contribuir para o enriquecimento desta experiência, com as trocas dialogais com outros profissionais, e ampliar as considerações sobre os modos de vida dessa população.
Apresentaremos também a fala dos participantes sobre os dispositivos dificultadores no acesso aos serviços públicos e aos seus direitos fundamentais, como forma de levar ao conhecimento de pesquisadores, e entidades governamentais , as demandas e sugestões, que poderão se somar a outras, e provocar mudanças na legislação e na execução de serviços dirigidos a esta população.


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