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Grupos Temáticos

10/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 41 - Saúde e Violência contra LGBT

10737 - NOME SOCIAL, É PRECISO APRENDER USAR!
ÍCARO CARESIA LOPES - IESB, WALTER VITTI JUNIOR - UNESP, MARIA FLOR DI PIERO - IESB


Apresentação/Introdução
Quando questionamos as diferenças entre sexo e sexualidade, surge uma confusão na formulação da resposta. A Maioria das pessoas certamente confunde as duas, unindo-as em uma só, onde tudo se relaciona ao sexo como busca de prazer carnal.
Segundo Ribeiro (2005) sexualidade é um conceito amplo, e envolve a manifestação do impulso sexual e o que dela é decorrente: o desejo, a busca pelo objeto sexual, a elaboração do prazer, as influencias da cultura, religião, os valores, a elaboração mental para realizar o desejo, a sublimação e a repressão.
De acordo com a afirmação acima os sentimentos trazidos pelos indivíduos são componentes da sexualidade, sentimentos e sensações que elaboram o prazer e o instinto, preparando o corpo para que então ocorra o sexo propriamente dito. Ainda de acordo com Ribeiro “o sexo é um conjunto de práticas, atitudes e comportamentos vinculados ao ato sexual, resultante das concepções existentes sobre ele.” (RIBEIRO, 2005). As afirmativas do autor mostram que a sexualidade está voltada para o saber, saber sobre o corpo, os desejos, as sublimações e que o sexo está voltado para o fazer, como prática real pela obtenção do prazer.



Objetivos
Levantar e analisar leis e documentos que tenham como temática o acolhimento e o atendimento as travestis e transexuais nos serviços públicos de saúde.
Buscar pesquisas que analisam como o acolhimento e o atendimento aos travestis e transexuais vem se de dando e verificar se os mesmos ocorrem de forma estruturada e seguindo diretrizes.
Analisar possíveis impactos psicológicos que a travesti e o transexual passam quando não são acolhidos e atendidos na rede pública de saúde respeitando sua opção pelo uso do nome social, a partir da literatura científica disponível.




Metodologia
Foi realizado um estudo de Revisão de Literatura através de levantamento bibliográfico de material já publicado entre os anos 1988 a 2014, em língua portuguesa, fazendo uso das bases de dados: SciELO – Scientific Electronic Library Online, da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Google acadêmico e blogs de internet quando a verificação por meios científicos tornar-se impossível.
Em seguida será apresentando uma síntese dos estudos lidos e analisados, que permita elaborar conclusões gerais e aprofundamento do conhecimento sobre o tema. Para o levantamento da legislação considerou-se sua abrangência estadual. Foram utilizados os seguintes descritores de assunto para se proceder às buscas nas bases de dados: Sexualidade, Travestis, Transexuais, Transgêneros, Homossexualidade.



Discussão e Resultados
Contemplamos que existe um aparato legal que visa à proteção da travesti nos serviços públicos de saúde e que essas portarias legitimadas por todos aqueles que se dizem justos, acabam por cair no desuso. O despreparo dos funcionários da saúde e o preconceito enraizado na sociedade fazem com que esta população seja desrespeitada, mostrando que existe um preconceito velado e silencioso, mesmo pelos que alegam não ter nenhum tipo de objeção as diferenças de gênero.
Nesse aspecto, pode-se concluir que a marginalização e o desrespeito que cercam o nome travesti só fazem reforçar as crenças que elas próprias mantêm ao seu respeito. Quando questionada sobre o sentimento de ter seu pedido negado nos locais onde busca ajuda várias alegaram que após a raiva o que fica é a sensação de que estão “pagando” por algo que merecem, por estarem incluídas na parcela tida como diferente.
É com esse argumento seguro e triste de lamento que a maioria das travestis encara sua vida, mantendo-se na obscuridade penosa de um legado em que a autenticidade fica relevada a um nível do desconhecido, onde ser travesti significa passar umas pelas outras se olhando, mas sem realmente se ver.



Conclusões/Considerações Finais
O trabalho mostrou então que ao negligenciar uma simples solicitação, de um público que em sua totalidade corresponde a uma minoria, afeta de forma intrínseca aspectos psicológicos de pessoas que já vivem uma construção de si bastante torpe e perturbada, e que ao buscar respaldo e ajuda acaba por encontrar em seu lugar o desamor, a provocação e o desprezo.
É nesse processo do mudar que a necessidade do uso do nome social se torna fundamental, afinal não é possível conseguir um corpo de formas mais voluptuosas e formosas e ainda atender por um nome que, em muitos casos, remete a tristeza e dor, discriminação e lamúrias de um passado enfermo, tendo em vista que o mundo é aquele visto pelo modo como ele se relaciona, de imediato, com os entes e com os conhecimentos que ele irá elaborar desse mundo e absorver, num processo para que ela possa então trabalhar na busca pelo seu “eu”.


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