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10/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 3 - Aplicabilidade de uma Perspectiva de Justiça mais Inclusiva

10738 - A PERSPECTIVA DOS FUNCIONAMENTOS: PRESSUPOSTOS TEÓRICOS DE UMA PERSPECTIVA DE JUSTIÇA MAIS INCLUSIVA
MARIA CLARA DIAS - PPGBIOS-UFRJ


Apresentação/Introdução
Há mais de 25 séculos o mundo ocidental vem produzindo regras de organização da sociedade política baseado no paradigma do ser humano como racional e livre. Este modelo sempre foi claramente excludente, pois, sistematicamente, deixou de fora do núcleo da agenda política não apenas todos os seres não-humanos, como também os seres que intuitivamente designamos humanos, mas que não obedecem aos padrões consagrados de racionalidade e/ou não podem, por razões as mais diversas, exercer sua liberdade.
A dificuldade de ajustar a um padrão hegemônico, o comportamento de certos grupos étnicos ou indivíduos sócio-cultural, econômica e fisicamente diversos, faz com que sobre os mesmos recaí o estigma da irracionalidade ou insanidade mental, debilitando a expressão de suas demandas na sociedade e inviabilizando seu processo de constituição de uma identidade positiva, minimamente satisfatória. No cenário de debate público os principais atores têm sido sempre os detentores das regras do discurso oficial: indivíduos escolarizados, com poder econômico, brancos e, principalmente, do sexo masculino.



Objetivos
O objetivo desta exposição é apresentar os pressupostos teóricos de uma perspectiva moral e política mais inclusiva. Uma concepção de justiça orientada para os funcionamentos básicos de cada indivíduo, entendido como um complexo de sistemas funcionais diversos.


Metodologia
Análise crítica das principais teorias de justiça vigentes.
Busca-se uma nova ordenação das prioridades que não estabeleça hierarquias prévias, baseadas em atributos naturais, sociais ou econômicos injustificáveis sob o ponto de uma moral que se quer cada vez mais inclusiva. Neste sentido, embora reconheçamos que para certos indivíduos, ou grupos de indivíduos, o exercício de capacidades específicas como a racionalidade, liberdade ou mesmo a senciência são fundamentais para sua realização, a posse de tais funcionamentos não justifica uma atribuição de valor moral superior aos mesmos. As prioridades admitidas serão aquelas que correspondem aos elementos centrais para que cada indivíduo tenha a chance de viver uma vida


Discussão e Resultados
Através da crítica às perspectivas tradicionais de justiça, procuro desenvolver um novo paradigma para identificação do foco nossa consideração moral e política. Ao identificar como objeto da moralidade e da nossa concepção de justiça " os sistemas funcionais", pretendo obter como resultado a ampliação do grupo dos concernidos e promover uma desconstrução da noção de identidade pessoal, capaz de satisfazer melhor de diversos segmentos da nossa sociedade.


Conclusões/Considerações Finais
Ao longo do trabalho, pretendo defender que ao focarmos nossa preocupação moral na realização dos funcionamentos básicos dos diversos sistemas funcionais existentes, (1) seremos capazes de ampliar nosso discurso acerca da justiça de forma a melhor resgatar sua pretensão de universalidade e (2) estaremos mais aptos a incorporar e a responder às demandas específicas de cada ser.


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