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Grupos Temáticos

10/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 33 - Desigualdades em Saúde: Cor/Raça e Gênero

10764 - PANORAMA DAS INTERNAÇÕES POR HIPERTENSÃO ARTERIAL ESSENCIAL NA RAÇA NEGRA NO BRASIL: UM ESTUDO COMPARATIVO
ROSIMERY CRUZ DE OLIVEIRA DANTAS - UFRN, ANGELO GIUSEPPE RONCALLI - UFRN, JANUSE NOGUEIRA DE CARVALHO - UFRN/UFCG, DYEGO LEANDRO SOUZA - UFRN, DAVIDSON CRUZ DE OLIVEIRA DANTAS - UFRN


Apresentação/Introdução
A Hipertensão Arterial é reconhecida como fator de risco para as Doenças Cardiovasculares, e, quando não controlada, responde por inúmeras internações decorrentes de suas complicações. O DATASUS tem registrado, no período de 2008 a 2015, 304.411 internações por hipertensão arterial essencial, em todas as faixas etárias, raças e gêneros. Destaca-se por sua alta prevalência na população adulta com índices acima de 30%, e, entre os gêneros. pontua 35,8% nos homens e de 30% em mulheres. Além disso, possui baixo índice de controle, por volta de 30%, o que a faz despontar como um grave problema de saúde pública, tanto no Brasil como no mundo, exigindo de portadores, profissionais e gestores, ações que efetivem o seu controle, principalmente no que se refere ao combate ao uso abusivo de tabaco, álcool, dieta desequilibrada e a carência de atividades físicas rotineiras, que constituem a base do tratamento não medicamentoso. Estes fatores elevam os percentuais de internações e favorece a mortalidade por doenças cérebro vasculares. Cabe salientar que esse grupo racial apresenta um funcionamento irregular na captação celular de sódio e cálcio, bem como em seu transporte renal.


Objetivos
Estudar as internações por hipertensão essencial na população adulta negra, no período de 2008 a 2015, fazendo uma comparação entre os sexos masculino e feminino e a raça branca, tendo como referência as unidades federativas do pais, identificando aquelas que mais registraram internações.


Metodologia
Estudo descritivo, transversal, ecológico, prospectivo, com abordagem quantitativa. Coleta de dados realizada no site do DATASUS, no tópico relativo informações epidemiológicas e morbidades, internações por local de residência, no período de 2008 a 2015. A escolha do período justifica-se porque os mesmos estão completos, e nos períodos anteriores a variável raça/cor não está disponível. A variável dependente é internação por hipertensão arterial essencial e as independentes grupo etário e gênero, trabalhados por Unidade Federativa. A faixa etária trabalhada foi de 20 a 59 anos, que compõe o quadro de adultos, haja vista que os idosos já vêm com complicações advindas da juventude. Adotou-se estatística descritiva, tendo como medida de tendência central a média, e para construção de indicadores utilizou-se como referência a população do censo 2010. Utilizou-se para construção e análise do banco de dados o programa SPSS 20.0.


Discussão e Resultados
A hipertensão respondeu por 87.440 internações em homens e mulheres adultos das raças negra e branca, caracterizando 0,53% das internações por todas as causas neste grupo, apresentando-se mais prevalente na raça branca em ambos os sexos. A relação de internações entre brancos e negros é de 5,7:1. A média de internações na raça negra foi de 205,04 (desvio padrão 385,5) para homens e 283,44 (desvio padrão 485,9) para mulheres. Na raça branca, a média foi de 1.142,96 (desvio padrão 2487,5) para homens e 1.607,07(desvio padrão 3071,8) para mulheres. 15,1 % das internações é da raça negra. A região Sudeste foi a mais prevalente, registrando 8.638 internações na raça negra (3.834 de homens e 4.804 de mulheres) e 41.495 na branca (18.555 de homens e 22.940 de mulheres), com maior registo no Estado de São Paulo. O ano de 2008, marco do fortalecimento das ações da Atenção Primária, teve maior registro. Nos demais, o comportamento foi descendente, sinalizando um esforço coletivo para o controle da hipertensão. Na raça negra, excetuando-se a Região Sudeste, o número de internações se manteve oscilante, demonstrando um menor acesso aos bens e serviços por parte deste grupo étnico.


Conclusões/Considerações Finais
A hipertensão arterial, independente da raça e do sexo, desponta como um sério problema de saúde pública, uma vez que, de forma direta, responde por um grande quantitativo de internações, trazendo prejuízos para os cofres público, família e sociedade. Encontra na raça negra um grupo vulnerável, seja por questões fisiológicas e hereditárias ou por condições socioeconômicas, levando o mesmo a apresentar, proporcionalmente, mais internações que a raça branca. É preciso um fortalecimento das ações da Atenção Primária à Saúde, de forma que se possa aumentar os índices de controle deste agravo, diminuindo os indicadores de internações hospitalares por hipertensão, de forma direta, ou por suas complicações - de forma indireta -, bem como acolher o contingente populacional mais vulnerável.


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