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Grupos Temáticos

11/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 28 - Saúde, Produção e Trabalho

10877 - O TRABALHO DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE
ANA CLAUDIA - UFES, RITA DE CÁSSIA DUARTE LIMA - UFES, MARIA ANGÉLICA CARVALHO DE ANDRADE - UFES, HELETÍCIA SCABELO GALAVOTE - UFES, ELIANE DE FÁTIMA ALMEIDA LIMA - UFES, ANA PAULA SANTANA COELHO - UFES, ELZA CLÉA LOPES VIEIRA - UFES, RENATA CRISTINA SILVA - UFES


Apresentação/Introdução
No contexto de implantação de políticas direcionadas à reorientação do modelo de atenção à saúde, o agente comunitário de saúde (ACS) é um profissional merecedor de destaque. Além da Estratégia Saúde da Família, o ACS faz parte, também, das equipes do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), realizando atividades de prevenção de doenças e promoção da saúde, a partir de ações educativas em saúde nos domicílios e coletividade, em consonância com as diretrizes do SUS, e amplia o acesso às ações e serviços de informação e promoção social e de proteção da cidadania.
O ACS, na atenção básica em saúde, é um elemento-chave do sistema, constituindo-se no elo entre a comunidade e os serviços. É ele quem está presente no cotidiano dos lares, quem vivencia os problemas específicos de saúde e os sociais. Além disso, acompanha a miséria humana em sua face mais cruel: a do abandono na doença, da falta de acesso aos serviços, da fome que mata ou debilita. E é também o que possui o privilégio de chegar primeiro aos dados, de observar as mudanças ocorridas a partir da intervenção das ações voltadas à obtenção da saúde, diretas ou não.



Objetivos
O estudo parte do entendimento de que o perfil dos ACS e suas atividades realizadas, em especial no tange à relação com a comunidade, precisam ser mais bem definidos e especificados. Considerando a amplitude e complexidade do papel que esses profissionais assumem na equipe, constitui-se objeto desse estudo descrever o perfil e as atividades de trabalho dos ACS, bem como conhecer a relação que estabelecem com a comunidade, no sentido de contribuir para a consolidação do SUS.


Metodologia
Estudo descritivo, transversal, de abordagem quantitativa, realizado no Espírito Santo. A população do estudo foi constituída por 121 ACS que faziam parte de equipes da ESF em que os profissionais atuavam juntos há pelo menos seis meses, em municípios com mais de 50.000 habitantes, um total de 11 muncípios. Um deles foi excluído, por não apresentar nenhuma equipe que atendesse a esse critério. Não foram considerados trabalhadores que atuavam no Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS).
Uma vez definidas as equipes participantes, foram entregues nas próprias Unidades de Saúde questionários semiestruturados e autoaplicáveis, os quais contavam com 70 questões. Houve uma perda de 4,6%, uma vez que seis questionários não foram devolvidos.
A análise descritiva dos dados foi realizada por meio do pacote estatístico SPSS 18.0. Os dados foram apresentados na forma de tabela, em frequência absoluta e relativa.



Discussão e Resultados
Nesse estudo, o ACS mostra-se um trabalhador híbrido que fundamenta o seu trabalho nas atribuições definidas pela PNAB, com predomínio das atividades de visita domiciliar, reunião de equipe, atualização dos cadastros e formulários institucionais e acompanhamento dos grupos de risco definidos pelo Ministério da Saúde.
A visita domiciliar, enquanto atividade de maior frequência desenvolvida pelos ACS, sugere a compreensão do seu sentido real enquanto prática promotora de vínculo e responsabilização. No entanto, pode gerar a instância sofrimento, quando há rupturas no diálogo do ACS com a comunidade e falhas nos processos mútuos de reconhecimento no trabalho.
A constatação de que 9% dos ACS em estudo não referenciam a visita domiciliar como uma das atividades mais frequentes do seu cotidiano alerta para o sentido real dessa atividade na ESF.
E, ainda, embora a reunião de equipe represente a possibilidade de encontro entre os trabalhadores, um espaço propício à proposição de novos conhecimentos, quando diferentes saberes são compartilhados e os discursos de todos os atores valorizados, menos de 50% dos entrevistados apontam-na como uma das atividades mais frequentes no cotidiano.



Conclusões/Considerações Finais
O estudo aponta para possibilidade do ACS encontrar-se à margem dos processos decisórios da equipe, não encontrando espaço no bojo da organização para a pactuação de prioridades definidas.
Ressalta-se que a produção de saberes e as práticas dos ACS devem propiciar infindáveis possibilidades da relação com o outro e consigo mesmo, potencializando uma produção de saúde vinculada à cidadania, à autonomia dos sujeitos e coletividades nos modos como, no dia-a-dia, vão se construindo novas formas de viver e lidar com a vida, inclusive nos espaços institucionais onde se constroem as várias e diferenciadas modelagens do trabalho em saúde.


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