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Grupos Temáticos

11/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 5 - Saúde nas Prisões: Educação, Conhecimento, Direito

10906 - EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: UMA PROPOSTA PARA PROMOVER A SAÚDE SEXUAL ATRÁS DAS GRADES
FAGNER LUIZ LEMES ROJAS - UFMT/UNEMAT, MARIA DAS GRAÇAS DE MENDONÇA SILVA CALICCHIO - UFMT


Apresentação/Introdução
Vivenciando o Projeto de Extensão Universitária - Promoção a Saúde Sexual em Mulheres Privadas de Liberdade, Campus Universitário de Sinop (MT), dentro da Cadeia Pública Feminina de Sinop (MT), nota-se a fragilidade de conhecimento e orientação acerca das IST. Dentre elas destaca-se a educação sexual. A proposta inicial compreendia a realização do projeto de extensão, voltado à promoção da saúde sexual em mulheres privadas de liberdade, algo diferenciado para o público destinado, porém o mais importante foi o contato inicial, para alavancar as interlocuções, primeiramente entre os serviços, que, nesse caso, que se entrelaça com a Educação Permanente em Saúde (EPS) que, tem por premissa construir ambiente dialógico-pedagógico com as mulheres privadas de liberdade, afim de, construir concepções sobre a educação sexual ao público vulnerado (os privados de liberdade).



Objetivos
Objetivou-se difundir informações sobre as IST a partir da percepção das mulheres privadas de liberdade em consonância com a perspectiva da Educação Permanente em Saúde (EPS) a partir da formação do quadrilátero da saúde, considerando a aprendizagem-significativa freireana e a autonomia do sujeito. O processo aglutinou saberes dos profissionais de saúde, das mulheres privadas de liberdade e dos trabalhadores do sistema saúde/prisional, valorizando a sua capacidade de protagonismo nos variados cenários, como por exemplo, o cárcere.



Metodologia
As inserções do grupo firmavam diálogos com as mulheres, justamente para captar quais eram as compreensões delas sobre a condição atual de saúde sexual, mas, sobretudo, para identificar quais conhecimentos elas já detinham para que as oficinas pudessem ser pensadas e discutidas com elas durante as Rodas de Conversa, as quais, explanavam sobre os comportamentos sexuais que elas percebiam sobre si, incluindo os riscos-benefícios ao realizar tais ações. Para Ceccim e Feuerwerker (2004) isso consiste em alimentar circuitos de troca, mediar aprendizagens recíprocas e/ou ‘associar competências’, portanto, analisamos a situação, e também os conteúdos criados no desenvolver das ações educativas do projeto de extensão supracitado, assim, os materiais elaborados configuravam-se como uma avaliação de aprendizagem, que inerentes a simbiose do viver e sentir todos os sentidos, saberes e fazeres já vividos em liberdade e a partir do cárcere.


Discussão e Resultados
Diante da condição apresentada, o desabrochar da concretude de uma educação sexual emancipatória, culminou no desdobramento de conhecimentos entre dialogantes e dialogados, novos ou antigos saberes vão sendo costurados, e, dessa forma, vão desaferrolhando condições de se humanizar, de se emancipar por meio da proposta inserida, na busca do ser mais, e dessa maneira, vão alavancando a autonomia e a saúde sexual exposta em um espaço de aprisionamento. Nesse sentido, que a oportunidade de (re)pensar, proporcione a “(re)forma íntima” e “(re)inserção” do indivíduo ao âmbito do convívio social. Essas situações no cotidiano do sistema prisional apropriam-se da micropolítica das relações, ou seja, é a convivência, as experiências, os cenários, as proximidades e adversidades dentro e pelo sistema carcerário, evidentemente, reconhecemos a opressão e as dificuldades de ressocialização, estruturais, entre outras, não estamos fechando os olhos, mas, pelo contrário, podemos através de relações com a educação, saúde, e/ou educação em saúde, construir um ambiente criativo, protagonista, autônimo e inventivo, mesmo nessa situação.



Conclusões/Considerações Finais
Percebemos que fomentar diálogos em Roda de Conversa foi a forma mais profícua de estabelecer elos entre a população carcerária, os encarcerados, os que velam pelo cárcere (funcionários). Essa iniciativa modificou os olhares sobre a compreensão das mulheres, e, a pedagogia da autonomia potencializou a EPS, de forma que as experiências da vida fossem valorizadas, descortinadas, retiradas da negligência opressora e ganhasse autonomia da sua voz. Através dessa lógica, compreendemos e vivenciamos em coletivo o (re)pensar sobre sua vida sexual nos locais do cárcere do corpo humano, como também, do cognitivo – das memórias, que tendem a movimentar-se e desvelar formas de cuidado sobre si, com o outro, da boa convivência e ambiência segura, considerando que a vida sexual, é também, uma parte relevante ao percurso da vida, e que, a condição de privação de liberdade não suprime, mas, pelo contrário, muitas vezes exacerba tais sentimentos.


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