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Grupos Temáticos

10/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 14 - Prevenções Emergentes: Sobre Testagem, Medicamentos e Tratamento

10942 - PREVENÇÃO DAS DST, HIV-AIDS COM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS/AS
WEDNA CRISTINA MARINHO GALINDO - UFPE, TAMIRES BRANDÃO DE SIQUEIRA E SOUSA - UFPE


Período de Realização da experiência
Trata-se de Projeto de Extensão realizado de setembro/2014 a agosto/2015, na UFPE-campus Recife.


Objeto da experiência
O aconselhamento é um importante dispositivo na resposta às DST, HIV-aids, por possibilitar o diálogo entre profissional de saúde e usuário do serviço que demanda atenção no referido campo. Esta estratégia permite que a abordagem sobre prevenção e riscos assuma contornos de acolhimento das subjetividades e singularidades, evitando os reducionismos envolvidos nos investimentos, exclusivamente, em testagens. Consonante com literatura científica – em especial sobre HIV-aids -, consideramos que construções discursivas em torno da temática, sustentam concepções e práticas, as quais merecem ser abordadas pelo dispositivo do aconselhamento.


Objetivo(s)
O Projeto de Extensão Prevenção das DST, HIV-aids teve como objetivo principal mobilizar a comunidade acadêmica para o debate sobre o tema. Planejamos realizar Grupos de Prevenção com toda comunidade acadêmica, espaço de aconselhamento coletivo. Prioritariamente, pretendíamos disponibilizar as atividades para estudantes, que, em sua grande maioria, jovens, compõem parcela significativa da população que tem se infectado pelo HIV. Outro objetivo do Projeto foi o de formar estudantes de Psicologia como extensionistas-aconselhadoras em DST, HIV-aids.


Metodologia
A comunidade acadêmica foi convidada para participar dos Grupos de Prevenção de várias formas - anúncios em redes sociais (facebook, twitter), mensagens compartilhadas por e-mail e whatsapp, cartazes fixados em locais de grande circulação -, mas não obtivemos adesão aos Grupos. Autocrítica sistemática dos procedimentos envolvidos na experiência, contribuiu para consolidar uma análise, que subsidiou a reformulação da ação inicialmente prevista. Na nova investida para tematizar prevenção em DST, HIV-aids junto a estudantes universitários/as, organizamos um questionário on line, com participação anônima. Com 11 perguntas de múltiplas escolhas, o questionário ficou disponível on line, no período de 8/maio a 8/junho de 2015, e obteve 123 participações. Os resultados passaram por tratamento estatístico no editor de planilhas Microsoft Office Excel, discussões e sistematização. Quanto à formação de extensionistas, foram realizados estudos sobre prevenção das DST, HIV-aids e sobre extensão.


Resultados
a) Formação: aprofundamos estudos sobre o tema, mas não conseguimos exercitar a prática do aconselhamento coletivo. b) Análises iniciais diante da não adesão: -Implicação profissional da primeira autora, como aconselhadora, influenciou no desenho do Projeto; -Estudantes, público dos Grupos, comunicaram timidez, temor à exposição, tabu em relação aos temas. c) Respostas ao questionário on line: -Respondentes são mulheres (72%), heterossexuais (72%), das áreas de humanas (53%) e saúde (26%); -80% definem prevenção como uso de preservativo em todas as relações sexuais; -Para quatro heterossexuais (3 mulheres e 1 homem que se consideram informados), a aids tem cura; -Sobre o motivo de jovens estarem se infectando pelo HIV: para 43%, os jovens confiam nos/as parceiros/as; para 32%, jovens colocam-se distantes da situação (por não sentirem sintomas ou não atentarem para a situação); para 24%, os jovens avaliam que o risco tem a ver com gays e prostitutas ou não se consideram promíscuos.


Análise Crítica
A implicação da primeira autora, tanto motivou quanto comprometeu a elaboração do Projeto de Extensão. Antes de oferecer as atividades de Grupo de Prevenção, dever-se-ia ter procedido a uma pesquisa sobre as relações da comunidade acadêmica para com o tema, como estratégia para sondar os universos linguísticos, simbólicos compartilhados. O questionário on line buscou reunir tais informações. As respostas confirmam trabalhos na área, de que informações racionais são compartilhadas, mas isso não é suficiente para alterar concepções, valores e práticas. Construções discursivas sobre a aids são identificadas nas respostas, desde as que assumiram a cena social nos anos de 1980, sobre grupos de risco, passando pela de comportamento de risco, até a de vulnerabilidade. O desafio de construir espaços de diálogo que, efetivamente, coloquem estudantes universitários diante da realidade das DST, HIV-aids, é concreto e instigante. Para tanto, linguagens e canais de comunicação merecem atenção.


Conclusões e/ou Recomendações
Ainda que tenha sua origem, no Brasil, associada a iniciativas de movimentos sociais, o aconselhamento em DST, HIV-aids, parece restrito ao espaço institucional de serviços de saúde e, na experiência relatada, não foi acolhido por estudantes universitários. A prevenção e promoção de saúde no campo em questão e com a população em tela devem ser estrategicamente planejadas, monitoradas, (re) ajustadas, sob o risco de cair em transmissão estéril de informações. O sucesso de um trabalho preventivo, nesse contexto, deve acolher singularidades e tecer diálogos que lhes sejam significativos.


Realização:



Apoio:




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