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Grupos Temáticos

10/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 23 - Educação em Saúde - Diferentes Estratégias para Trocas e Produção de Saberes e Conhecimentos

10943 - EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ATENÇÃO BÁSICA: UMA EXPERIÊNCIA DE RESIDENTES MULTIPROFISSIONAIS
GABRIEL SCHNEIDER LOSS - HCPA, IARAMIN DALPIÁS SILVA - HCPA, PRISCILA BÁRBARA ZANINI ROSA - HCPA, RIVELINO UBIRAJARA PORTES RIBEIRO - HCPA, ILAINE SCHUCH - HCPA, ELIANE PINHEIRO DE MORAIS - HCPA


Período de Realização da experiência
Esse trabalho foi realizado entre os meses de março e maio de 2016.


Objeto da experiência
A comunidade Vila Sossego é localizada numa região central do município de Porto Alegre (RS) e pertence ao território adstrito da Unidade Básica de Saúde Santa Cecília, vinculada ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Os residentes multiprofissionais, em sua inserção na atenção básica, após reconhecimento deste território, tem como desafio aprender e apreender “in loco” o cotidiano da população, suas necessidades, relações sociais, econômicas, culturais e políticas. Esta aproximação permite maior vínculo com os usuários e identificação de potencialidades na comunidade para intervenção nos determinantes sociais em saúde, facilitando integração e acesso da população à unidade de saúde.


Objetivo(s)
Buscou-se descrever o processo de planejamento de um grupo de educação em saúde por residentes multiprofissionais de uma unidade de atenção básica. Nesse sentido, objetivou-se identificar as principais demandas dessa unidade; conhecer as necessidades de saúde e sociais da população adstrita; ampliar os conhecimentos e promover experiência prática de assistência dos residentes dentro de um território; e fortalecer o vínculo entre a unidade básica de saúde e a comunidade.


Metodologia
Esta fase de planejamento para o grupo de educação em saúde compreendeu frequentes diálogos dos residentes (A) entre si, (B) com a equipe da unidade de saúde, (C) com os usuários em atendimento na unidade e, por fim, (D) com os usuários no seu território. Para a estratégia A foi utilizado um horário semanal de discussão reservado para este fim. A estratégia B se concretizou através das reuniões gerais, reuniões de equipe e outros espaços de discussão da unidade. Roteiros de perguntas foram utilizados para dialogar com os usuários aguardando atendimento na unidade, em consonância com a estratégia C. A aproximação com a comunidade no território, instrumento para estratégia D, se deu através de um projeto intersetorial que envolve a educação, a saúde, a assistência social e a comunidade. Esta ação envolveu atividades de promoção à saúde na praça local, com participação de residentes da nutrição, farmácia, enfermagem e serviço social e demais profissionais da saúde.


Resultados
As estratégias A, B e C deram origem a sugestões de grupos tradicionais e voltados a uma população que já acessa a unidade de saúde, com temas relacionados a doenças crônicas e qualidade de vida. A estratégia D, embora já tivesse sido executada de forma semelhante outras vezes, foi inédita em incluir os residentes multiprofissionais na atividade, que se utilizaram da escuta ativa para conhecer a comunidade. A presença expressiva de adolescentes no território trouxe à tona questões, como: de que forma alcançar esse público com dificuldade de acesso à unidade de saúde? A interação entre os residentes e os adolescentes sobre seus interesses foi marcada pelo entusiasmo unânime na criação de um grupo no próprio território que abordasse temas inerentes a esta fase da vida.


Análise Crítica
As estratégias utilizadas neste planejamento permitiram visualizar diferentes ideias para desenvolvimento de grupos revelando uma amplitude de demandas a serem atendidas com foco na promoção à saúde. Tratando-se de uma população com prevalência de doenças crônicas, nos intriga a insuficiência de espaços para sua discussão. Esta parcela da população, entretanto, possui maior contato com a unidade através das consultas periódicas, renovação de receitas e retirada de medicamentos, o que não acontece com os demais . Apesar das sugestões obtidas se mostrarem pertinentes, a decisão do grupo a ser desenvolvido se baseou na problemática do acesso, concebendo o grupo de educação em saúde como uma estratégia de aproximação do serviço com a comunidade. A condução de um grupo de educação em saúde, pensado e executado no território, vem ao encontro da prerrogativa do residente multiprofissional de repensar a lógica dos serviços de saúde em que estão inseridos.


Conclusões e/ou Recomendações
A aproximação com os adolescentes terá continuidade com o desenvolvimento do grupo, permitindo uma interação da unidade de saúde com indivíduos até então distantes do serviço. Enquanto residentes multiprofissionais, esperamos que este trabalho contribua efetivamente para comunidade, para o serviço e para nossa formação. Considerando a adolescência como uma fase da vida decisiva para a constituição do indivíduo, encorajam-se iniciativas deste âmbito para promoção à saúde, autonomia e cidadania, contribuindo para o desenvolvimento de seres humanos protagonistas da sua comunidade e do seu futuro.


Realização:



Apoio:




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