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Grupos Temáticos

11/10/2016 - 10:45 - 12:00
GT 36 - Perspectivas Diversas sobre Saúde Coletiva (I)

10945 - EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE: CONHECIMENTOS CONSTRUÍDOS NA FORMAÇÃO INICIAL DE ENFERMEIROS
MARIANA SILVA VIEIRA FACHIM - UFMT


Apresentação/Introdução
O objeto de estudo da pesquisa é a educação permanente em saúde (EPS). A EPS foi instituída como política pública em 2004 através da Portaria 198 GM/MS. Segundo Ceccim (2005), para a efetivação da EPS deve haver interação entre formação, atenção, gestão e controle social em saúde. Estes componentes formam o Quadrilátero da Formação. Na interação destes elementos há EPS (CECCIM, 2005). Compreendendo que a política define EPS como a aprendizagem no cotidiano do trabalho a partir da insatisfação dos profissionais quanto à realidade do serviço, da busca pela mudança das práticas de cuidado e solução de problemas habituais, observou-se, a partir de diálogos com enfermeiros, que as formações que participam são: pontuais, em ambiente externo à unidade, descritas como palestras, específicas para cada profissional e não multiprofissional, e que partiam de uma observação da Secretaria de Saúde sobre a realidade e necessidade de mudança, e não dos trabalhadores. A EPS apoia-se no conceito de ensino problematizador e de aprendizagem significativa. É contrária à aprendizagem mecânica. Considera o sujeito como protagonista na construção do conhecimento (CECCIM, FERLA, 2009).


Objetivos
Analisar o conhecimento sobre a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde adquiridos na formação inicial dos enfermeiros de Unidades Básicas de Saúde da Família.


Metodologia
Esta pesquisa faz parte de uma pesquisa maior denominada “Educação Permanente em Saúde: o olhar de profissionais acerca de sua efetividade”. A pesquisa é descritiva exploratória com abordagem qualitativa, realizada no município de Rondonópolis. Os sujeitos são cinco enfermeiros que trabalham nas unidades de saúde da família de Rondonópolis–MT e o gestor da Secretaria de Gestão do Trabalho e Educação em Saúde (SGTES) do município. Foram feitas entrevistas individuais, utilizando roteiro semiestruturado, com os enfermeiros e gestor. Estas foram gravadas e transcritas para análise. Os pseudônimos adotados para os sujeitos são: Ester, Ana, Rute, Daniel e Paulo. Os dados qualitativos foram sopesados com auxílio da técnica de análise temática conforme Gomes (2008). A categoria temática estabelecida foi: Conhecimento sobre a política adquiridos na formação inicial dos enfermeiros. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa segundo parecer nº 1.255.507.


Discussão e Resultados
O critério adotado para escolha dos sujeitos foi o ano de conclusão do curso de graduação, acreditando-se que eles tenham tido oportunidade de conhecer e discutir essa política em sua formação inicial. As enfermeiras Ana, Ester e Rute, formadas em instituições privadas, afirmaram não conhecer a política, enquanto que os outros dois enfermeiros (Daniel e Sara), que fizeram graduação em instituições públicas, afirmaram ter conhecimento superficial da mesma. As Diretrizes Curriculares Nacionais trazem a EPS como competência básica para os egressos nos cursos da saúde, afirmando que esses profissionais devem ser capazes de aprender a aprender constantemente. (LIMA et al, 2015). O gestor, em sua fala, afirma que a Política ainda não foi efetivada. Ressalvo o papel do gestor na disseminação e efetivação da política para os profissionais da saúde. Observa-se a dificuldade no estabelecimento do Quadrilátero de Formação, que compõe elementos que providenciam a EPS, a saber: ensino, gestão setorial, práticas de atenção e controle social. Faz-se necessário, ao mesmo tempo que se torna um desafio, a ressignificação de conceitos sobre a Educação Permanente (EP).


Conclusões/Considerações Finais
Os dados revelaram que os enfermeiros conhecem superficialmente a política. E, para o gestor, a política ainda não foi efetivada no município. Ceccim (2004) afirma que a EPS se estabelece com o Quadrilátero de Formação, e esse, à luz dos dados, se mostra deficiente. A PNEPS se efetiva no trabalhador, no dia-a-dia, visto que o foco da política está na transformação do trabalhador e de suas práticas, influenciando diretamente no trabalho, repercutindo na atenção à saúde oferecida à população. Nisso está a gestão na mediação do processo, a participação social na exposição de suas necessidades e demandas e, então, retornarmos ao estabelecimento do Quadrilátero de Formação. Finaliza-se com a compreensão de que Educação Permanente está além da concepção de um novo modelo de ensino, mas da formação de um novo perfil de profissional. Está no desenvolvimento de pessoas conscientes da necessidade e de sua responsabilidade na busca permanente e proativa pelo conhecimento


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