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Grupos Temáticos

11/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 31 - Educação Popular e Produção da Saúde

10947 - O DIALÓGO ENTRE DIFERENTES SABERES NO COTIDIANO DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE
DEISE TAURINO RAMOS - UFRGS, MAICON RODRIGUES SILVEIRA - UFRGS, TAINA VIANNA PELLINI - UFRGS, DEISE LISBOA RIQUINHO - UFGRS


Apresentação/Introdução
O presente estudo propôs um diálogo entre o saber epistêmico e o oriundo de vivências do trabalho de Agentes Comunitários de Saúde (ACS), buscando articular mutuamente saberes que envolvem o campo epistêmico, conceitual e a experiência e o saber dos trabalhadores. A perspectiva ergológica acentua a riqueza e a necessidade do encontro dialógico dos diferentes atores no mundo do trabalho, os saberes investidos na atividade como os saberes organizacionais, acadêmicos, disciplinares e dos trabalhadores, representam o diálogo de dois polos que não se pode fazer espontaneamente, sendo necessário um terceiro polo, o ético-epistemológico, a fim de trabalhar os dois primeiros de modo coo¬perativo, produzindo um saber inédito a propósito da atividade humana (SCHWARTZ; DURRIVE, 2007). O dispositivo a três polos se constitui na formação e no reconhecimento do saber do outro, enquanto portador de diferenças (re)criadoras em sua atividade (SCHWARTZ; DURRIVE, 2007). Acredita-se que o saber informal, advindo das experiências do cotidiano, dos ensinamentos apreendidos, das tentativas de erro e acerto são acionados nos momentos de confronto com as práticas demandadas do trabalho.


Objetivos
Analisar a articulação entre o saber epistêmico e oriundo das experiências de vida e trabalho de agentes comunitários nas ações de educação em saúde no Programa Saúde da Família em um Distrito Sanitário no Município de Porto Alegre, RS.


Metodologia
Esta é uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa (MINAYO, 2007). Realizada no município de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, em um distrito docente assistencial vinculado a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A população de estudo foram os ACS das 28 equipes presentes no distrito. A mostra foi composta de um agente por equipe, indicados pela coordenação. A geração dos dados ocorreu no período de agosto de 2015 à fevereiro de 2016 por meio de grupo focal e entrevista semiestruturada. Realizou-se três grupos focais, com três encontros cada, totalizando nove encontros, neste período houve a perda de três participantes. As entrevistas ocorreram com 25 ACS em seus locais de trabalho. O tratamento e a análise ocorreu por meio de categorização temática (MINAYO, 2010). O projeto de pesquisa foi submetido e aprovado pelos Comitês de Ética em Pesquisa da UFRGS sob o nº 1.009.554 e da Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre sob o nº 1.147.148.


Discussão e Resultados
A caracterização dos sujeitos de pesquisa em relação a idade média foi de 42,68 anos. O sexo feminino foi preponderante, 80%. A autodeclaração da raça/cor apresentou o mesmo quantitativo de brancos e negros 44% respectivamente e 12% pardos. Quanto a escolaridade 64% dos participantes tinham o ensino médio completo e/ou formação técnica, 20% o ensino superior incompleto, 12% possuíam o ensino superior completo e 4% o ensino fundamental completo. O vínculo empregatício dos ACS era via Instituto Municipal e hospital filantrópico, ambos submetidos à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O tempo médio de exercício da profissão como ACS foi de 6,7 anos. Observou-se a presença do saber epistêmico em cursos introdutórios, capacitações, e reunião de equipe. As experiências de vida estão presentes no cotidiano de trabalho como uma estratégia de significação do conhecimento e também para suprir as lacunas do conhecimento formal. Experiências que articulam o saber epistêmico e o advindo das experiências de vida não foram relatadas pelos ACS, ao contrário, houve relato da padronização das ações de educação, sem uma preocupação de interliga as demandas locais e a problematização de saberes.


Conclusões/Considerações Finais
A luz do referencial da ergologia, mais especificamente do dispositivo dinâmico a três polos constatou-se a falta de sinergia entre o conhecimento produzido por especialistas e o saber dos ACS. Neste sentido, há prejuízo ao terceiro elemento o polo ético-epistemológico que evidencia um trabalho cooperativo no trabalho formativo do ACS.


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