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11/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 39 - Migração e Saúde 02

10966 - MIGRAÇÃO HAITIANA NO CONTEXTO DA ATENÇÃO Á SAÚDE: A PERCEPÇÃO DE TRABALHADORES DE SAÚDE EM CUIABÁ, MATO GROSSO
MARIA ANGELA CONCEIÇÃO MARTINS - UFMT, CASSIA MARIA CARRACO PALOS - UFMT, ANA PAULA MURARO - UFMT, CASSIO SILVEIRA - FCMSCSP


Apresentação/Introdução
A expressiva migração de haitianos para o Brasil, fruto de um contexto multifacetado,provocado por fatores como desastres naturais e cenário político, é observada de forma mais significativa em 2010 incluindo esse movimento no estado de Mato Grosso.Cuiabá entrou na lista de cidades para entretanto ainda não se sabe se o destino final dessa população seja de fato o Brasil, o estado de Mato Grosso ou Cuiabá (OIM; 2013; COTINGUIBA; 2012). No tocante á saúde, é evidente que este fenômeno traz questões importantes tanto para o meio acadêmico quanto para a organização dos serviços e sistemas de saúde de um pais, estado ou município.O presente trabalho pretende refletir sobre os resultados preliminares da pesquisa desenvolvida pelo Instituto de Saúde Coletiva da UFMT: Estudo da migração haitiana para Mato Grosso:etno-história, perfil socioeconômico, condições de saúde e acesso ao SUS(com foco na percepção de trabalhadores em saúde no atendimento ao migrante haitiano) em andamento e com inicio em 2014.Compreender a relação entre migrantes e trabalhadores de saúde é essencial para a investigação no que se refere ao direito a saúde bem como, seus condicionantes como acesso e acolhimento


Objetivos
O presente trabalho tem como objetivo a compreensão da percepção de trabalhadores de saúde, no atendimento ao migrante haitiano, nas dimensões do direito a saúde, acesso, acolhimento, processo de trabalho, comunicação e linguagem


Metodologia
Trata-se de pesquisa de cunho qualitativo que utilizou como instrumento de coleta entrevistas semi-estruturadas guiadas por um roteiro concebido previamente. Foram entrevistados 13 trabalhadores/as de saúde das áreas de enfermagem, medicina e serviço social de três unidades de saúde do municipal de Cuiabá que aceitaram participar após a leitura do TLCE. Elegeu-se a regional leste de Cuiabá, levando em consideração a Casa do Migrante estar localizada na área de abrangência. No que tange a amostragem, dada a natureza do estudo, a preocupação ficou centrada acerca do objeto nesse sentido, não se trabalhou com uma amostra definida anteriormente, mas construída durante o próprio processo de pesquisa a partir do critério de saturação. (MINAYO, 2010). Para analise dos dados utilizou-se a análise de conteúdo com o propósito de compreender os diversos e diferentes discursos apresentados pelos sujeitos de pesquisa


Discussão e Resultados
Poucos são os estudos que abordam as percepções dos trabalhadores de saúde na atenção á saúde a migrantes, embora o tema seja essencial para a compreensão dos fatores potenciais facilitadores ou dificultadores da concretização do direito a saúde para essa população.
Optou-se, para esse resumo, pelas percepções quanto à dificuldade com relação ao idioma, como refletem os discursos abaixo, essa categoria de análise foi definida como linguagem e comunicação.
eles não entendiam aí o médico olhou pra mim, aí falei pra ele dá um jeito: o médico pegou o papel e foi desenhando as rotatórias que tinha pra poder indicar e poder chegar certinho na UPA(Assistente social).
através de gestos, até de desenho, a gente consegue. O endereço, a gente faz uma casinha pra ele poder entender que é o endereço da casa. Aí dizer assim o nome da mãe que o exame pede, aí eles ficam olhando pra gente assim espantados, aí a gente pega e diz assim: father.Tem também o celular que a gente tem a língua lá(Técnica de Enfermagem). Conclui-se que a barreira da linguagem interfere diretamente na atenção saúde e exige dos trabalhadores estratégias inventivas para o exercício do cuidar e o trabalho em equipe.



Conclusões/Considerações Finais
A percepção dos trabalhadores quanto à atenção á saúde a população migrante apresenta indicadores que pautam a necessidade de elaboração de políticas sociais que integrem e compreendam a dinâmica do trabalho em saúde frente à migração bem como a garantia do direito a saúde a esses povos. Como resultado concreto dessa reflexão espera-se que, nesse caso, as políticas de saúde propiciem a elaboração de medidas efetivas para o acolhimento dessa população na rotina dos serviços de saúde quer sejam na atenção primária ou em outro nível de atenção. Também se espera que os trabalhadores fomentem a reflexão acerca dos processos de trabalho no cotidiano e em seus territórios de produção de cuidado e saúde


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