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Grupos Temáticos

10/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 28 - Promoção e Proteção da Saúde do Trabalhador

11002 - CARTILHA EDUCAÇÃO PERMANENTE E REDES DE TRABALHO NO SUS: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA UMA MICRORREGIÃO DO MATO GROSSO DO SUL
SANDRA FOGAÇA ROSA RIBEIRO - UFGD, CATIA PARANHOS MARTINS - UFGD, GASTÃO WAGNER DE SOUZA CAMPOS - UNICAMP, BEATRIZ RAVAZINE - UFGD, GABRIELA MARKUS - UFGD, RONAN CARLOS DA CUNHA FERNANDES - UFGD, GUILLERMO JOHNSON - UFGD


Apresentação/Introdução
A Cartilha “Educação Permanente e redes de trabalho no SUS”, elaborada a partir de um estudo do grupo de pesquisa Saúde Mental, Trabalho e Gestão/CNPq, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), se preocupou com a Educação Permanente em Saúde (EPS) para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). A relação entre a EPS e o mundo do trabalho, categoria central de análise das ciências humanas e sociais, foi valorizada nesta pesquisa, considerando a formação como algo inerente ao processo de trabalho no SUS. Desde 2003, a EPS, como referencial pedagógico e como política pública, assumiu o principal papel na organização de ações junto aos diversos órgãos envolvidos no processo de formação dos trabalhadores. A EPS deve operar na micropolítica do trabalho em saúde, ampliando o diálogo, num enfoque libertador e humano no sentido freireano, durante o processo de trabalho, em serviço, transformando e potencializando os espaços de decisão como momentos de aprendizagem e trocas, contribuindo na saúde do trabalhador. Para isso, requer-se uma ação conjunta de trabalhadores, gestores, universidades e usuários.


Objetivos
A Cartilha visa o fortalecimento das ações de Educação Permanente em Saúde como um caminho para o enfrentamento coletivo dos desafios inerentes ao Sistema Único de Saúde (SUS). Foi construída a partir de uma pesquisa que investigou o processo de gestão e Educação Permanente em Saúde numa microrregião do Mato Grosso do Sul. É um material propositivo com incentivos e orientações para as ações de EPS.


Metodologia
A metodologia da pesquisa, que originou a Cartilha, teve ênfase qualitativa, por meio do método dialético, privilegiando a dimensão subjetiva dos fatos, considerando sua natureza biopsicossocial, possibilitando apreensão dos significados contidos nos discursos. A coleta de dados combinou as técnicas grupo focal, entrevistas individuais semi-estruturadas, análise documental e observação participante. A análise se realizou coletivamente. Uma dupla de pesquisadores se concentrou na análise das categorias, e os outros se debruçaram sobre a cartilha, priorizando uma linguagem acessível aos leitores, aplicável ao cotidiano dos serviços de saúde. Mensalmente, foram realizados encontros para que todos pudessem conversar sobre o andamento dos trabalhos, enquanto as duplas se reuniam quinzenalmente. Cabe salientar que a Cartilha foi revisada por outro grupo de pesquisa, o Coletivo Paidéia, da UNICAMP, promovendo um enriquecimento do material e aprofundamento dos temas abordados.


Discussão e Resultados
As análises realizadas na pesquisa, e que nortearam a elaboração da Cartilha, apontam a falta de compreensão de gestores e técnicos a respeito da Educação Permanente em Saúde e da diferença desta Política com a Educação Continuada. Esta última acontece num momento fora do ambiente de trabalho, através de cursos e treinos, diferentemente da EPS que compreende o trabalho como espaço de formação. Outros aspectos sinalizados foram a dificuldade de praticar a EPS e a necessidade de oportunizar espaços de diálogo entre os atores do SUS. De forma geral, os trabalhadores reclamaram das ações de formação que são desenvolvidas, qualificando-a como inadequada. Os gestores também se queixam da falta de envolvimento dos trabalhadores. Estas questões indicam a necessidade de fortalecimento e apoio para os processos formativos, como momentos para a ampliação da capacidade de análise e de intervenção dos envolvidos. Os tópicos principais da Cartilha e que procuram desenvolver reflexões nos leitores são: O que é e como fazer EPS e gestão participativa? Como fazer EPS nas diversas formas de apoio do SUS? Como fazer EPS no acolhimento? Como fazer EPS nas redes de produção de vida no SUS?


Conclusões/Considerações Finais
A Cartilha foi elaborada com intenção propositiva, a fim de ampliar o diálogo sobre a temática e sua interface com as demais políticas do SUS. Os pesquisadores se preocuparam em divulgar os resultados em encontros e colóquios na universidade e na Rede SUS. O material aponta alguns caminhos e incentivar a articulação da EPS com a gestão participativa, o acolhimento, as diversas formas de apoio e as redes de produção de vida; aspectos primordiais para a transformação do SUS. Todos esses dispositivos estão interligados, pois os processos de Educação Permanente em Saúde só se concretizarão se as recorrentes cobranças de produção no modelo tayloriano forem substituídas por espaços dialógicos, que precisam ocorrer durante a jornada de trabalho, com liberdade para se expor as dificuldades, sem represálias.


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