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10/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 16 - Corporeidade, Cuidado em Saúde, Identidades e os Marcadores da Diferença

11067 - CORPO, SAÚDE E DOENÇA: CONCEPÇÕES E EXPRESSÕES CULTURAIS
VIVIANNE MARIE VALENÇA DE LIMA ROSAL - UFPB, FERNANDA LEMOS - UFPB, RODRIGO SILVA ROSAL DE ARAÚJO - UFPB


Apresentação/Introdução
O corpo não é apenas um vínculo social no espaço, ele representa a conexão entre a individualidade e a coletividade, onde está impregnado de aspectos simbólicos e culturais. Desse modo, o corpo é uma figura de exposição externa que possui uma ligação com a sociedade a partir de uma performance espacial e temporal que serve de suporte ao indivíduo. Portanto, seu enfrentamento e relação com ele mesmo e com o outro dependem da construção social, que é resultado de um processo histórico e dialético (BERGER, 1985; CHEBADI, 1999; BENDASSOLLI, 2001).
A construção social e cultural do corpo toca a corporeidade não só na relação com o mundo, mas também na determinação da sua natureza. O corpo inexiste unicamente em estado biológico, sempre está compreendido na organização social de sentidos, mesmo em suas manifestações aparentes de indignação, quando há, provisoriamente, uma ruptura na relação física com o mundo do sujeito. Ele se confunde, ainda que momentaneamente, na rede simbólica social que o define e prescreve o conjunto das denominações usuais nas diferentes situações da vida (LE BRETON, 2007).




Objetivos
Este trabalho teve como objetivos: abordar as concepções de corpo, saúde e doença sob perspectivas culturais; compreender a relação saúde-doença; entender culturalmente como se expressa o homem em sua relação com a dor.


Metodologia
Esta pesquisa fora desenvolvida a partir de material exclusivamente bibliográfico. Após a delimitação do objeto a ser investigado e da definição dos objetivos, o estudo avançou inicialmente na busca por entender as concepções e as expressões culturais do corpo. Ao lado disso, o segundo passo foi demonstrar a relação saúde-doença com suas rupturas e continuidades. No momento final, procurou debruçar-se sobre a concepção de dor e a expectativa de cura.
Para tanto, o referencial teórico principal concentrou-se sobre as obras "A sociologia do corpo", "As paixões ordinárias: antropologia das emoções", "Antropologia da dor" e "Antropologia do corpo e modernidade" de Le Breton; "O nascimento da clínica" de Foucault e por último, "Antropologia da doença" de Laplantine que versam sobre a temática.


Discussão e Resultados
Confrontando e analisando as leituras realizadas das obras supracitadas, verificamos que Le Breton (2013) evidencia que o corpo é um resto, não é mais o sinal da presença humana, é sua forma acessória. Para o referido autor, a definição moderna do corpo implica que o homem esteja separado do cosmo, dos outros e de si mesmo. É o resíduo desses três retiros.
Por outro lado, Foucault (2015) constata que a racionalidade da vida é idêntica à racionalidade daquilo que há ameaça. Reconhece-se a vida na doença, visto que é a lei da vida que, além disso, funda o conhecimento da doença.
Ao analisar e interpretar os argumentos trazidos por Laplantine (2010), é possível identificar, portanto, um duplo movimento: um que parece sugerir ruptura entre os conhecimentos construídos pelas ciências da saúde e os saberes ligados à experiência com o sagrado; outro que sugere continuidade entre esses saberes e aqueles conhecimentos, sobretudo no âmbito da relação saúde-doença. Os discursos se confundem na busca pela preservação da saúde e do bem estar.


Conclusões/Considerações Finais
A dor aprisiona o sujeito e revela um homem doente, além de lembrar que as modalidades físicas em relação ao homem com o mundo ganham forma no interior do vínculo social, isto é, no cerne da dimensão simbólica.
Portanto, é preciso um olhar habilitado para identificar a doença e perceber e localizar os seus sintomas. O olhar tênue, detalhado e preciso do profissional de saúde torna-se, por necessidade, aguçado às suas modulações.
Cada vez mais as diferentes áreas de saúde são solicitadas e mobilizadas para aliviar a dor e o sofrimento. Nem a dor, nem a morte são dissolvidas nos imaginários técnicos ou científicos. Todo profissional da área de saúde capacitado sabe das inúmeras tentativas que são impostas para conseguir tratar eficazmente um doente. Quando se faz referências à dor é inerente associar às práticas medicinais, pois as duas estão relacionadas e encontram seu denominador comum no doente.


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