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12/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 30 - Educação Popular na Formação em Saúde.

11093 - A EDUCAÇÃO POPULAR NA FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM: PRÁTICAS EDUCATIVAS EM SAÚDE
ANA CAROLINA SACCO - UEMS, MARIA JOSÉ ALVES DE JESUS CORDEIRO - UEMS


Apresentação/Introdução
As práticas educativas em saúde vêm sofrendo transformações conforme concepções de saúde e educação, vigentes em cada momento histórico no país, a princípio, com características coercitivas, na tentativa de moldar e inculcar hábitos salutares nos indivíduos para resolver problemas de saúde, pautados em simples repasse de informações à população, a cargo das professoras primárias no cenário escolar. Houve avanço no processo histórico, com inserção do profissional da saúde enquanto educador em saúde e consequentemente, formador de subjetividades. Desta forma, questões básicas de saúde passam a ser abordadas não só no espaço escolar, mas também nas instituições de saúde, inclusive pelos profissionais da enfermagem, aos seus usuários. Visto o papel do profissional de enfermagem na constituição de indivíduos críticos e emancipados, capazes de participarem ativamente nas suas condições de saúde, justifica-se um estudo para reflexão sobre a evolução histórica das práticas educativas, bem como da necessidade de incluir a educação popular na formação destes profissionais, que estão em contato direto com a população, para melhoria das condições de saúde no país.


Objetivos
O presente trabalho teve por objetivo discutir e refletir sobre o percurso histórico das práticas de educação em saúde, bem como a relevância da inserção da Educação Popular na formação dos profissionais da área de enfermagem, para uma maior contribuição destes, na constituição de sujeitos reflexivos, com autonomia para interferência nos seus problemas de saúde.


Metodologia
Trata-se de um estudo feito a partir de uma pesquisa bibliográfica em artigos disponíveis na base de dados Scielo, utilizando os descritores ensino, educação popular, enfermagem, currículo; bem como, uma busca em acervo de livros e artigos sobre o tema. O interesse pela temática surgiu a partir de discussões sobre a trajetória histórica das práticas educativas em saúde e a formação de sujeitos ativos, sobre concepção e características da educação popular, que culminaram na reflexão sobre formação do profissional da área da saúde na atualidade e sua atuação enquanto educador nos seus espaços de trabalho; discussões estas, desenvolvidas junto a um grupo multidisciplinar da área da saúde, na disciplina Educação em Saúde do Programa de Mestrado Profissional Ensino em Saúde, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul- UEMS.


Discussão e Resultados
A educação popular, segundo Paulo Freire, deve valorizar saberes prévios do povo e sua realidade cultural na construção de saberes. Portanto, é abordada no sentido de aproximar a saúde vivida pela população e a ação dos profissionais na emancipação de sujeitos (CECCIM, 2007). Conforme Renovato, et al (2009), ainda que tenham sido propostas mudanças curriculares no ensino de enfermagem desde sua institucionalização, observa-se ainda uma formação tecnicista nesta área. Para Maciel (2011), atualmente predomina um modelo tradicional de formação de profissionais produtivos, para um mercado constituído de exigências da empregabilidade. Neste sentido, Renovato; Bagnato (2012), referem-se a metodologias que venham romper com o modelo tradicional de educação em saúde, propõem a educação popular, que abrange concepção de uma educação libertadora, no intuito de formar sujeitos capazes de fazer escolhas. No entanto, com base na perspectiva da educação popular em saúde, verifica-se ainda poucos trabalhadores da área que desempenham em suas práticas esta alternativa de educação transformadora, o que dificulta mudar o modo como o modelo hegemônico se sobrepõe na sociedade (GOMES; MERHY, 2011).


Conclusões/Considerações Finais
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Concluiu-se que a formação atual dos profissionais da enfermagem ainda segue predominantemente um modelo de característica assistencial, o qual contribui para que os profissionais mantenham uma postura de simples repasse de informações à população nas suas atividades educativas, no sentido de inculcar hábitos de saúde e considerar dimensões individuais dos sujeitos. Acredita-se, entretanto, que a adoção abrangente de novos parâmetros na formação do profissional de enfermagem, como a introdução da educação popular dentre as disciplinas curriculares, seja fundamental para avançar em saúde. Verifica-se a atual necessidade do envolvimento de políticas mais intensivas de formação de profissionais de saúde que enfatizem a educação popular nas suas formações. Critica-se o fato de que, muitas vezes, as práticas de educação popular em saúde são desenvolvidas por iniciativa dos profissionais apenas, sem que haja uma política específica de indução por parte dos gestores municipais.


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