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10/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 40 - Marcadores Sociais da Diferença e Formação

11099 - O TRABALHO DE EXTENSÃO NA FORMAÇÃO: INTERSECÇÕES DE GÊNERO, SEXUALIDADES E RAÇA NAS OFICINAS DA DIFERENÇA COM JOVENS DE ESCOLAS PÚBLICAS DE SANTOS
CRISTIANE GONÇALVES DA SILVA - UNIFESP BAIXADA SANTISTA, PATRÍCIA LEME DE OLIVEIRA BORBA - UNIFESP BAIXADA SANTISTA


Período de Realização da experiência
As Oficinas aconteceram entre outubro de 2014 e maio de 2016.


Objeto da experiência
Nessa reflexão, toma-se por base a experiência do projeto de extensão universitária Juventudes e funk na Baixada Santista: territórios, redes, saúde e educação. Principal estratégia do projeto, o processo implicado nas Oficinas da Diferença, é tomado aqui como elemento central da reflexão sobre método e campo teórico na formação que se efetiva no âmbito da extensão para distintos cursos da área de Saúde. As Oficinas partem de metodologia que problematiza a partir da experiência dos/as sujeitos envolvidos/as, jovens e professores/as de 2 escolas públicas de ensino médio de Santos: Escola Estadual Visconde de São Leopoldo e Escola Técnica Estadual Aristóteles Ferreira (ETEC).


Objetivo(s)
Elaborar, executar e analisar as Oficinas da Diferença, intervenções educativas que problematizam saúde sexual e reprodutiva, redução de danos, equidade de gênero e de raça-cor com jovens, partindo de repertório crítico para transformação de contextos de vulnerabilidade que se constitui a partir das intersecções entre marcadores sociais da diferença. Compreender hierarquias e desigualdades a partir das experiências e trajetórias juvenis para qualificação metodológica das Oficinas da Diferença e investimento na formação em atuação dos/as extensionistas.


Metodologia
As Oficinas da Diferença partem do binômio teórico-prático na formação interdisciplinar a partir dos/as interlocutores/as, partindo da experiência juvenil, do exercício da sexualidade, estilos de vida e concepções de mundo. Os marcadores sociais da diferença são categorias analíticas que permitem uma formação para questões que se mostram na origem de diferentes conflitos. Gênero, sexualidade/orientação sexual, raça, classe social são tomados nas discussões de forma a desconstruir a naturalização do masculino e do feminino, da heterossexualidade compulsória e de relações hierárquicas que subalternizam. O território também é importante no processo para o trabalho, particularmente porque as escolas têm características distintas. Enquanto o Visconde, vizinho da UNIFESP, fica em região de vulnerabilidade social, a ETEC fica em bairro de classe média e recebe estudantes vindos de diversos locais da Baixada Santista. Assim, é possível apreender juventudes em distintos contextos territoriais.


Resultados
As Oficinas com professores do Visconde que promoveram reflexões a partir de suas percepções revelaram discursos centrados na culpabilização dos/as jovens. Consideram-se despreparados/as para “casos” que desafiam o cotidiano heternonormativo ou normas de gênero. Professores exercitam autoridade em posicionamentos controversos diante da violência de gênero. Com estudantes, problematizamos questões a partir do desejo, do medo e das expectativas para futuro e, nas discussões, violência, racismo e preconceitos diante da não heterossexualidade foram constantes. Trabalhamos também prevenção do HIV, diversidade sexual, violência contra mulheres e relações raciais. Na ETEC, foi realizada uma Oficina sobre prevenção do HIV articulada a gênero, classe social e orientação sexual. Nesse ano, colaboramos com supervisão dos/as estudantes na pesquisa e produção de vídeos sobre relações de gênero, relações raciais e diversidade sexual, realizando formação com docentes e supervisão de estudantes.


Análise Crítica
A presença de estudantes de graduação nas escolas públicas em processo de formação com vistas a promover uma relação educativa baseada na reciprocidade entre categorias de jovens. Universitários/as e secundaristas em encontro, colocam em destaque a necessidade de superar o adultocêntrismo que hierarquiza as relações entre professores/as e estudantes no cotidiano escolar. Nesse sentido, é preciso que a metodologia incorpore a participação do/a professor/a nas Oficinas ao mesmo tempo que investe no fortalecimento juvenil e na formação. É preciso também pensar sobre como as temáticas podem tornar-se interessantes para todos/as jovens que participam das Oficinas já que, apesar do potencial reflexivo, há jovens que pouco participam das discussões e demonstram desinteresse, desprezo pelo conteúdo e reações de escárnio e ironia. Para tornar o projeto mais integrativo, é necessário que os/as escolares sejam protagonistas da organização das Oficinas.


Conclusões e/ou Recomendações
As Oficinas da Diferença demonstram potência metodológica para formação justamente porque podem apontar as fragilidades, no processo. É o caso, por exemplo, da condução sobre a participação de professores/as das escolas nas Oficinas de forma a ampliar investimento na relação jovem-adulto de maneira horizontal. Outro aspecto refere-se ao modo de discutir temáticas de gênero, sexualidade, relações raciais numa perspectiva interseccional também, que demanda investimento em estratégias de aproximação entre todos/as jovens envolvidos/as: secundaristas e universitários/as em território escolar.


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