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Grupos Temáticos

12/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 17 - Cronicidade, Experiência de Enfermidade e Itinerários Terapêuticos

11106 - O SUJEITO COM DIABETES MELLITUS E O SEU ITINERÁRIO TERAPÊUTICO: BREVES REFLEXÕES
JANDESSON MENDES COQUEIRO - UFES, ADAUTO EMMERICH - UFES, ROSEANE VARGAS ROHR - UFES, TÚLIO ALBERTO MARTINS DE FIGUEIREDO - UFES


Apresentação/Introdução
Os itinerários terapêuticos têm se constituído um dispositivo de excelência em situações de adoecimento crônico, por permitir a análise das trajetórias de cuidado para saúde, desempenhadas pelos sujeitos em diferentes níveis de atenção à saúde, possibilitando a compreensão de como se deu o processo de adoecimento e a experiência interpretada por ele.
Nesse sentido, considerando que o perfil epidemiológico brasileiro – especificamente no tocante às doenças de longa duração (termo cunhado por Canesqui (2015) -, vem se modificando de forma considerável nas últimas décadas, o que significa o pensar/fazer/agir a multiplicidades de dispositivos na Atenção Primária à Saúde (APS), tais como os itinerários terapêuticos.
Dessa forma, dentre as doenças de longa duração, o diabetes mellitus tem se configurado como um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil e no mundo, devido ao desenvolvimento de complicações e elevadas taxas de morbimortalidade.
A atenção aos sujeitos com diabetes mellitus, seus familiares e da própria equipe de saúde, baseadas em novas tecnologias, tais como, os itinerários terapêuticos, constituem ferramenta importante para compreender as necessidades em saúde dos sujeitos.



Objetivos
Conhecer o itinerário terapêutico de um sujeito com diabetes mellitus a partir da revelação do diagnóstico da doença.


Metodologia
Estudo de abordagem qualitativa realizado com um sujeito do gênero feminino, diagnosticado com DM e morador do município da Serra-ES.
A escolha do sujeito se deu de forma intencional – apontado pelos enfermeiros e Agentes Comunitários de Saúde (ACSs) da unidade básica de saúde local.
A produção do material se deu através de uma entrevista narrativa e a observação ao longo de todo o processo como subsídios para elaboração do diário de campo.
O sujeito do estudo foi identificado com codinome Jade, em garantia ao sigilo do seu nome.
O estudo foi desenvolvido respeitando todos os trâmites éticos descritos na resolução de 466/12, que contém as diretrizes e normas de uma pesquisa envolvendo seres humanos (BRASIL, 2012), tendo sido aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do Centro Ciências Saúde da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) em 29 de abril de 2015 sob o registro CAAEE 41402114.4.0000.5060.



Discussão e Resultados
Jade é uma senhora de sessenta e três anos de idade, parda, analfabeta, aposentada, natural do município da Serra-ES, divorciada e que mora sozinha.
Desde criança, enfrentou crises severas de epilepsia. Entretanto, a mesma só iniciou o acompanhamento psiquiátrico e terapia medicamentosa na fase adulta.
Teve o diagnóstico de diabetes mellitus revelado há cerca de dez anos após procurar a unidade de saúde e passar por uma série de exames.
O diagnóstico de diabetes mellitus veio acompanhado de orientações para mudanças em sua dieta, terapia medicamento e atividade física, mas Jade não conseguiu fazer o gerenciamento de sua doença por conta da condição socioeconômica e falta de apoio de sua família.
Atualmente, ela apresenta problemas na visão, sendo indicado, pelo oftalmologista, uma cirurgia para catarata, mas ainda não foi marcada a data para realização do procedimento.
Além dos problemas de saúde apresentados por Jade, ela ainda se preocupava bastante com as netas que moravam em frente à sua residência, pois as mesmas não a respeitavam e estavam envolvidas com uso de drogas. Ela temia que, com o comprometimento da visão, essa situação piorasse ainda mais.



Conclusões/Considerações Finais
O itinerário terapêutico produzido por Jade constitui um dispositivo potencializador para se compreender o processo de busca de cuidado em saúde, avaliação dos serviços e a experiência com a enfermidade.
A narrativa empreendida por ela é composta de sentimentos e percepções sobre o viver com uma doença e sofrimento de longa duração. Além do mais, poderá constituir objeto de exploração da Equipe de Saúde da Família, em consonância com a recente Política de Educação Permanente em Saúde, como material para reflexões a respeito de uma nova possibilidade de compreensão de sujeitos com diabetes mellitus.
Espera-se que os estudos envolvendo os itinerários terapêuticos, como o caso da Jade, sirvam como uma contribuição para potencializar as ações de educação popular em saúde, tendo um de seus princípios a amorosidade, entendida como ampliação do diálogo nas relações de cuidado com a incorporação de trocas emocionais.


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