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11/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 28 - Saúde, Produção e Trabalho

11114 - O MUNDO DO TRABALHO E A REALIDADE DOS ENFERMEIROS ASSISTENCIAIS DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE RECIFE
JOSÉ RONALDO VASCONCELOS NUNES - UFPE, JARBAS DE GOES NUNES - UNCISAL


Apresentação/Introdução
Muitos enfermeiros atuam em hospitais públicos e privados e/ou em serviços de diagnóstico e tratamentos específicos, com variadas tecnologias que ofertam retaguarda para a rede hospitalar. As intensas transformações do mundo do trabalho, as quais os enfermeiros estão submetidos, interverem no estilo de vida destes profissionais de saúde; objeto do presente estudo.
A enfermagem é uma categoria profissional de grande empregabilidade na área da saúde; junto à medicina, constituem-se como profissionais essenciais a qualquer sistema de saúde, desenvolvendo um trabalho de valor social inquestionável. Os enfermeiros encontram-se submetidos às condições de vida e de trabalho peculiares à sua inserção no mercado produtivo, com destaque para o processo de feminilização e a precarização do emprego formal. A dinâmica laboral dos enfermeiros assistenciais hospitalares tem como características: prestação da assistência contínua ao paciente, coordenação de equipe, subordinação do trabalho à normatividade médica, convívio com o sofrimento dos pacientes e condições de trabalho desfavoráveis. Essa realidade pode vir a ser condicionante para o adoecimento e empecilho para um adequado estilo de vida.



Objetivos
 Compreender os impactos das mudanças estruturais no mundo do trabalho considerando o caso específico dos profissionais enfermeiros de um hospital público de Recife;
 Conhecer a realidade laboral do trabalhador enfermeiro e o seu estilo de vida.



Metodologia
A presente pesquisa trata-se de um estudo descritivo, de abordagem quantitativa. Os dados são secundários, coletados a partir do banco de dados da pesquisa intitulada “A saúde do cuidador: um estudo com enfermeiros de um hospital público de Recife”, desenvolvida por um dos autores, em 2013. O referido banco de dados foi construído a partir de um levantamento de campo, onde foram entrevistados 81 enfermeiros de um hospital público de Recife, 76,4% do total de profissionais que preenchiam os critérios de inclusão.
A partir destes dados foram elaboradas categorias de análise específicas que pudessem ofertar elementos para o objetivo proposto. Portanto, as secções “perfil sócio demográfico” e “estilo de vida” presentes no banco de dados foram selecionadas, estudadas e criticadas à luz de uma literatura sobre a o “mundo do trabalho”.



Discussão e Resultados
A amostra é na maioria (93,8%) de mulheres e tem em média 42,5 anos. Predomina um perfil de enfermeiros casados, com dependentes financeiros e em condição de chefes de família, uma vez que contribuem em grande parte para a manutenção financeira das suas casas. A média do rendimento líquido mensal é R$4.427,44, sendo necessária uma sobreposição de vínculos para atingir esse valor, 79% possue mais de um emprego; submetendo-se a longas jornadas laborais, o que não contribui para um estilo de vida saudável. Esses profissionais são submetidos a um tempo de não-trabalho restrito, e que muitas vezes são ocupados com trabalhos do lar.
Na descrição sobre estilo de vida dos enfermeiros observam-se as maiores deficiências nos componentes atividade física e controle do estresse. Apenas no que diz respeito aos hábitos de prevenção, encontra-se um comportamento menos desfavorável. Os resultados encontrados servem para os enfermeiros compreenderem sua posição no cenário do trabalho em saúde. Identificando também uma realidade permeada por uma precarização do trabalho e por um estilo de vida desfavorável.



Conclusões/Considerações Finais
As mudanças no mundo do trabalho nas últimas décadas são percebidas entre os enfermeiros. Múltiplos vínculos empregatícios, baixos salários e elevadas jornadas de trabalho, prejudicam a qualidade de vida e representam fator de risco para a saúde.
Novos significados para o direcionamento dado ao trabalho precisam ser formulados. Os arquétipos de caridade e devoção, acrescidos da busca pela ampliação do poder de consumo, limitam a compreensão do ser social que representam e do autocuidado. Para modificar o estilo de vida dos enfermeiros considera-se um possível incremento do poder técnico e da consciência política, visando compreender o problema no qual estão inseridos; provocando inclusive a utilização criativa do tempo disponível como saída para a constituição de elemento estruturante.
Compreende-se que mudanças não serão alcançadas apenas com a implantação de atividades educativas ou ações de ordem individual, demandando modificações na relação dos enfermeiros com o mundo do trabalho.


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