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Grupos Temáticos

11/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 28 - Saúde Mental e Trabalho

11127 - RELAÇÃO TRABALHO-SAÚDE-DESGASTE DE ENFERMEIROS QUE ATUAM EM SAÚDE COLETIVA
TACIANE OLIVEIRA BET FREITAS - UNIFACS, RENATA MARQUES DA SILVA - UNIVASF, LUANE SALES DE JESUS - SEE BAHIA, ADJE SILVA SANTOS - UFBA, BIANCA DE OLIVEIRA ARAÚJO - UEFS, ILLYANE ALENCAR CARVALHO - UNIVASF


Apresentação/Introdução
A saúde coletiva é um campo científico em permanente (re) construção, que assume diversas abordagens, apresentando interface nas Ciências Naturais, Humanas e Sociais, abrangendo aportes de natureza epistemológica e de prática política diferenciada. Neste campo científico, o processo saúde doença é determinado pelo modo como o homem se apropria da natureza por meio de processo de trabalho baseado em desenvolvimento das forças produtivas e relações sociais de produção. No que concerne à enfermagem em saúde coletiva, no processo de trabalho assistencial, são utilizadas várias tecnologias que incluem equipamentos e instrumentais necessários ao desenvolvimento laboral. Destaca-se a dinâmica do processo de trabalho hospitalar, concebida de uma forma desgastante e rígida, favorecendo ao adoecimento psicossomático. Contudo, tem-se o novo modelo assistencial que vem se delineando tendo por foco de atenção a família, considerando o meio ambiente, o estilo de vida e a promoção da saúde, com diversas possibilidades de trabalho e renda para a enfermagem, porém, podendo significar a sobreposição do espaço laboral ao espaço da vida social do trabalhador, contribuindo para o adoecimento.


Objetivos
O objetivo deste estudo é descrever as características do trabalho dos enfermeiros que atuam em serviços de saúde coletiva e a relação dessas características e os processos de desgaste que se expressam nas atividades desenvolvidas.


Metodologia
Trata-se de uma revisão sistemática nas bases de dados, LILACS, MEDLINE, BDENF e ScIELO, por meio dos descritores: Enfermagem, Enfermagem em Saúde Pública, Saúde Coletiva e Saúde do Trabalhador. Os critérios de inclusão foram: artigos em português, inglês ou espanhol, disponíveis na íntegra, nas bases de escolha, no período de janeiro de 1994 a janeiro de 2014 cuja metodologia permitisse a associação dos descritores utilizados e o objeto de estudo. Utilizaram-se ainda como variáveis: titulo, objeto, abordagem metodológica, resultados e sujeitos da pesquisa. Foi feita a categorização dos seguintes tópicos: características do trabalho dos enfermeiros que atuam em saúde coletiva; interface entre o trabalho e saúde dos enfermeiros: o processo de desgaste na Estratégia Saúde da Família (ESF), cargas psíquicas (estresse ocupacional) em enfermeiros, acidentes de trabalho e avaliação da qualidade de vida de enfermeiros. A análise crítica foi feita por meio da análise de conteúdo de Bardin.


Discussão e Resultados
No total de 962 artigos selecionados pelos descritores, 758 apresentaram-se nos idiomas inglês, português ou espanhol, 158 na íntegra, 142 nos anos selecionados, 13 enquadraram-se nos critérios de inclusão, havendo repetição de 5, restando 8 que foram analisados. Partindo-se dos princípios da Saúde Coletiva, para os quais os processos de trabalho deveriam ser direcionados em função das necessidades diagnosticadas, observa-se uma grande dissonância entre as práticas e os estudos pesquisados. Pode-se inferir que o trabalho do enfermeiro em serviços de saúde coletiva, no âmbito da ESF e no hospitalar, podem ter potenciais de desgaste efetivo, que permeiam o processo de trabalho, frente à complexidade do mesmo e dos problemas encontrados. O trabalho em si divide-se entre realizar atividades programadas e resolver demandas excedentes, exigindo uma dedicação ilimitada que, muitas vezes, ultrapassa o horário de trabalho gerando sentimentos de impotência e desgaste. Observa-se que a falta de recursos adequados é um fator estressor no ambiente de trabalho, já as relações interpessoais foram apontadas exercendo grande influência no que diz respeito ao estresse, desgaste físico e emocional.


Conclusões/Considerações Finais
Apesar de apresentarem dados em relação às condições de trabalho, perfil do adoecimento, cargas de trabalho, acidentes de trabalho e da qualidade de vida, as intervenções propostas em alguns artigos estudados, não trazem impacto para a resolução das formas de adoecimento dos trabalhadores, uma vez que as pesquisas em sua maioria apresentavam metodologias de abordagem descritiva, o que faz com que o nível de evidência das mesmas não contribua efetivamente para a realização de mudanças práticas. Entende-se ser necessária a realização de pesquisas que colaborem para a intervenção nos problemas de saúde, com metodologias capazes de trazer evidências científicas, com foco nos impactos e consequências que pode ser discutido com a equipe de enfermagem, no sentido de elaborar e definir estratégias, programas e ações preventivas que minimizem as cargas de trabalho e o adoecimento desses profissionais, visando a melhoria da qualidade de vida e a promoção da saúde.


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