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Grupos Temáticos

10/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 40 - Marcadores Sociais da Diferença e Formação

11200 - GÊNERO E SEXUALIDADE NA GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
JÉSSICA MAIZA NOGUEIRA SILVA - UFU, GUSTAVO ANTONIO RAIMONDI - UFU, DANILO BORGES PAULINO - UFU


Apresentação/Introdução
): A Saúde Coletiva é definida como o campo do saber relacionado às necessidades de saúde pública da população, compreendidas como um processo social, envolvendo ações práticas, técnicas, teóricas e políticas. A formação nesse campo do saber, tem como objetivo aperfeiçoar futuros profissionais da saúde com conhecimentos voltados para a análise crítica e reflexiva dos processos de saúde-adoecimento-cuidado, das necessidades de saúde da população, das ações de promoção e prevenção, da vigilância em saúde, da participação no desenvolvimento e execução de políticas públicas e da gestão dos sistemas de saúde, principalmente o Sistema Único de Saúde (SUS), do planejamento de ações em saúde e da educação em saúde, considerando os determinantes sociais do processo saúde-adoecimento-cuidado, como gênero e sexualidade. Entretanto, no direcionamento para a abordagem das questões de gênero e sexualidade nos cursos de graduação das profissões de saúde, incluindo a graduação em Saúde Coletiva, através de documentos como as Conferências Nacionais da Saúde, Política Nacional de Saúde Integral de LGBT e pela Organização Mundial da Saúde, ainda se observa um aparente silenciamento sobre esse debate.


Objetivos
Compreender como a temática de gênero e sexualidade é abordada nos currículos de graduação em Saúde Coletiva no Brasil, através da análise de documentos, fornecendo um substrato teórico crítico-reflexivo sobre a inserção do tema nesses currículos de graduação no Brasil.


Metodologia
A metodologia adotada nesta pesquisa fundamenta-se nos pressupostos da pesquisa qualitativa de cunho transversal, com a utilização da Pesquisa Documental, a partir do levantamento e análise de todos os Projetos Pedagógicos Curriculares dos cursos de Saúde Coletiva no Brasil, tendo como referencial a análise temática. Nesse sentido, fez-se a análise dos Projetos Pedagógicos Curriculares de cada um dos 21 cursos de graduação em Saúde Coletiva do Brasil, com o estabelecimento das categorias temáticas, considerando a recorrência das questões de maior preocupação dos cursos de graduação, relacionando às questões de gênero e sexualidade, sendo possível verificar onde, como e quais temas são abordados a respeito das questões de gênero e sexualidade nesses cursos atualmente.


Discussão e Resultados
Gênero e sexualidade ainda são temas pouco abordados e discutidos em um contexto geral, em especial nos cursos da área da saúde. Com essa pesquisa constatou-se um aparente silenciamento da temática gênero e sexualidade nos cursos de Saúde Coletiva no Brasil, como ocorre em outros cursos de áreas da saúde, como a Medicina, por exemplo. Sendo essa temática muitas vezes vinculadas às questões das doenças sexualmente transmissíveis, como o HIV/aids. Essa relação, como apontado por vários pesquisadores, reforça estigmas sociais e práticas de preconceito, reiterando a iniquidade em saúde e a injustiça social relacionadas aos determinantes sociais, gênero e sexualidade, do processo de saúde-adoecimento-cuidado. Identificou-se também uma possível associação da discussão de gênero e sexualidade com as questões orgânicas, como a discussão das políticas públicas de promoção da saúde da mulher vinculadas primordialmente à prevenção do câncer de colo de útero, o que reforça o binarismo de uma sociedade heteronormativa que exclui os sujeitos e suas singularidades nas suas mais diversas expressões e potências de vida, deixando o SUS de cuidar e acolher de forma integral, equânime e universal.


Conclusões/Considerações Finais
Um potencial silenciamento da temática gênero e sexualidade nos cursos de graduação em Saúde Coletiva é uma constatação preocupante, em especial pelo perfil de graduando e campos de atuação dos futuros profissionais desses cursos. Nesse sentido, esta pesquisa demonstra sua relevância, abrindo o campo para futuras discussões, pesquisas e intervenções relacionadas às questões de gênero e sexualidade na graduação em saúde coletiva como um todo, viabilizando uma formação que supere os preconceitos e o binarismo presentes em uma sociedade heteronormativa.


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