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Grupos Temáticos

12/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 17 - Cronicidade, Experiência de Enfermidade e Itinerários Terapêuticos

11278 - NARRATIVAS DE MULHERES TRATADAS DE CÂNCER DE MAMA EM UMA REGIÃO METROPOLITANA DE SÃO PAULO, BRASIL: TRAJETÓRIAS TERRITORIAIS DE CUIDADO
PAULA VILHENA CARNEVALE VIANNA - UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA, NATÁLIA BARBOZA HELBUSTO - UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA, CAROLINE DA SILVA SIQUEIRA - UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA, ANDREA PAULA PENELUPPI DE MEDEIROS - UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ, ROSANA TUPINAMBÁ VIANA FRAZILI - FATEA


Apresentação/Introdução
A incidência e óbito por câncer de mama são influenciados por determinantes sociais e tem valores ascendentes no Brasil, no Estado de São Paulo e na região em estudo, Região Metropolitana do Vale do Paraíba Paulista e Litoral Norte (RMVale). O Ministério da Saúde determina que o cuidado ao câncer de mama se organize em redes regionalizadas, estruturadas em linhas de cuidado que integrem os pontos de atenção e orientem o fluxo das mulheres pela rede.


Objetivos
Investigar as vivências de mulheres tratadas de câncer de mama nas quatro regiões de saúde que compõem a RMVale, a fim de analisar a influência dos determinantes sociais sobre o acesso aos serviços de saúde, desde a suspeita diagnóstica ao cuidado pós tratamento.


Metodologia
Pesquisa exploratória, qualitativa, que avaliou, por meio da análise de conteúdo de Bardin, contextualizada a indicadores socioespaciais, as narrativas de 47 mulheres tratadas por câncer de mama e residentes nas quatro regiões de saúde da RMVale. As regiões distinguem-se em aspectos demográficos, econômicos, sociais e de estrutura da rede de saúde. Investigou-se, igualmente, a relação entre a posição das mulheres no campo social e os caminhos percorridos na rede. Foram recrutadas e entrevistadas 47 mulheres no Hospital Regional do Vale do Paraíba (Taubaté) e em dois Grupos de Apoio a Mulheres com Câncer (São José dos Campos e Caraguatatuba).


Discussão e Resultados
Suas narrativas revelaram a RMVale em que vivem e que transformam pelo percurso de trajetórias de cuidado. Com 56 anos, em média, vivem em casas multigeracionais, muitas (46,7%) sem parceiro; responsáveis pelos filhos e progenitores, que habitam o mesmo domicílio. Com escolaridade (51,0% com ensino médio) e renda baixa (72,3% até um salário mínimo), sem ocupação formal (23,4% desempregadas; 36,1% aposentadas), relatam satisfação com a condição de vida e dificuldade para lazer e trabalho, limitadas pelas restrições físicas devido ao câncer. Todas usaram o SUS e 19 usaram também o privado. Os percursos até o diagnóstico foram variados em prazos, percorridos num mix público-privado. As necessidades de saúde, as ofertas possíveis e as representações guiaram a escolha dessas mulheres na tessitura de linhas de cuidado, que nem sempre coincidiram com as linhas planejadas e/ou instituídas pelo SUS municipal e regional. Houve associação entre maior ruralidade e dificuldade de acesso a exames de alta complexidade e maior vínculo da atenção primária; região litorânea e adensamento de redes e bem estar pós tratamento; regiões de maior dinamismo econômico e complexidade do cuidado.


Conclusões/Considerações Finais
As narrativas revelaram mulheres de baixo capital econômico e cultural e diferentes capitais sociais. As falas mesclam resiliência (favorecida pela construção de redes sociais e relacionada à busca para manter planos de vida) e resignação. Redes sociais e religião as fortalecem, a última contribuindo tanto para a resiliência como para a resignação. O acesso ao cuidado foi influenciado pelo capital social e simbólico das mulheres. Tomar a saúde em sentido ampliado, não restrito ao biomédico, identificar os determinantes sociais e os diferentes capitais que situam a mulher no campo social, bem como integrar os serviços de saúde e demais pontos de apoio da rede de cuidados são ações que podem, potencialmente, reduzir a equidade no acesso e uso dos serviços de saúde. Embora preconizadas nas diretrizes da Política Nacional da Atenção Básica e da Atenção Oncológica, essas orientações ainda não estão institucionalizadas na Região Metropolitana do Vale do Paraíba.


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