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Grupos Temáticos

11/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 13 - Acessibilidade e Deficiência

11299 - PERFIL SOCIOECONOMICO DE FAMILIAS DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO
ANTONIO CARLOS RODRIGUES - UNIFOR, ALEXANDRE PINHEIRO BRAGA - UNIFOR, ROSENDO FREITAS DE AMORIM - UNIFOR


Apresentação/Introdução
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento que afeta precocemente habilidades de comunicação, socialização e comportamento. Segundo Freire (2014) a prevalência na população era de 1:88 no ano de 2008, sendo mais comum no gênero masculino. Contudo, os contextos socioeconômicos não são determinantes para o desenvolvimento do TEA. (FÁVERO, 2005).
Até hoje não existem exames que possam diagnosticar autismo. O diagnóstico se dá por observações clínicas e comparações com critérios estabelecidos no CID 10 (Classificação Internacional das Doenças) e DSM-5, (Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais). Esse diagnóstico deve ocorrer preferencialmente na primeira infância, onde as intervenções terapêuticas são mais eficazes e os comportamentos inadequados ainda não estão instalados. Quanto mais tardiamente o diagnóstico é realizado e as intervenções são propostas, o curso do tratamento já não será tão eficiente e as intervenções muitas vezes vão apenas proporcionar uma qualidade de vida mais confortável para a pessoa com autismo e sua família (MUNOZ, 2014).


Objetivos
O objetivo geral é apreciar o perfil socioeconômico de 20 famílias de crianças com TEA, com idade entre 3 e 5 anos, alunos da classe “Intervenção Precoce” da Fundação Casa da Esperança, na cidade de Fortaleza-CE, com o intuito de fortalecer políticas de saúde já existentes e apontar a necessidade de criação de novas terapias que favoreçam o quadro de evolução de saúde das crianças com TEA.


Metodologia
Foi realizado um estudo descritivo, por meio de uma abordagem quantitativa, com familiares de crianças com TEA. A população-alvo foi constituída por familiares de 20 crianças autistas com idade entre 3 e 5 anos. O recrutamento foi realizado junto à diretoria da Casa da Esperança, utilizando como critérios de inclusão aquelas crianças que são diagnosticadas com TEA grau leve e moderado e como critérios de exclusão aquelas crianças que se matricularam em 2016 e que têm o diagnóstico de TEA grau severo.
Para a coleta de dados, utilizou-se um formulário de perguntas fechadas para entrevista padronizada, englobando variáveis definidas para o objetivo da pesquisa.
Este trabalho é um recorte do projeto de dissertação de mestrado: Promoção da Saúde em Crianças com TEA por Meio da Cãoterapia, tendo sido submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade de Fortaleza (CEP – UNIFOR), onde foi aprovado e recebeu o número do parecer: 1.540.551.


Discussão e Resultados
18 crianças moram com os pais e irmãos e 2 crianças moram com a mãe, avós e tios.
6 crianças moram em casa própria, 8 em casa alugada e 6 moram de favor.
4 mães e 8 pais têm ensino fundamental, 8 mães e 4 pais possuem ensino médio, enquanto as outras 8 mães e 8 pais têm ensino superior.
14 pais e 4 mães estão empregados, 4 pais e 6 mães estão desempregados, 2 pais são aposentados, 2 mães são autônomas e 8 mães são do lar.
4 famílias possuem renda de até 2 salários mínimos, outras 8 têm de 1 a 2 salários mínimos, 2 famílias de 2 a 5 salários mínimos, 2 famílias de 5 a 10 salários mínimos, 2 possuem renda acima de 10 salários mínimos e 2 declararam não possuir renda.
12 pais utilizam veículo próprio, 6 usam transporte público e 2 usam o transporte escolar.
8 têm cachorro em casa, 4 têm aves e 8 não têm animais de estimação.
Todos freqüentam o ensino regular, sendo que 10 estudam em escolas municipais e 10 em escolas particulares.
18 foram diagnosticados antes dos 3 anos de idade e 2 depois.
Todos fazem uso de medicamento controlado.
8 crianças são filhos únicos, 12 têm irmãos, sendo que 2 crianças tem 1 irmão com algum tipo de transtorno.
18 crianças não praticam esporte e 2 praticam.


Conclusões/Considerações Finais
Nota-se que não há um perfil idêntico entre as famílias, apontando assim que o autismo não é diagnosticado apenas em uma classe social. A maioria das crianças moram em casas alugadas e apenas 8 (40%) pais e mães possuem ensino superior. 70% dos pais e 30% das mães têm emprego. Existe uma distribuição de renda muito desigual, onde há famílias (10%) declarando não ter renda nenhuma e outras (10%) declaram ter uma renda familiar acima de 10 salários mínimos. O fato de 8 (40%) crianças não terem animais de estimação e 18 (90%) delas não praticarem nenhum esporte demonstra uma abertura para inclusão de atividades físicas e terapias com animais. Para freqüentar a Casa da Esperança todas as crianças devem, obrigatoriamente, estar matriculadas em escolas de ensino regular, o que colabora com a inclusão do autismo nas escolas. O empenho e amor dos entes envolvidos é uma ferramenta primordial para a evolução dos pequenos frente a qualquer terapia aplicada.


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