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Grupos Temáticos

10/10/2016 - 13:30 - 15:30
GT 33 - Múltiplos Olhares sobre o Traço Falcêmico

11323 - SENTIMENTOS E EMOÇÕES DE MULHERES E HOMENS COM DOENÇA FALCIFORME E ÚLCERA DE PERNA
ALINE SILVA GOMES XAVIER - UEFS, CATHARINNE DA SILVA SOUZA RODRIGUES - UEFS, MARDINI RAFAELA SILVA PEREIRA - UEFS, EVANILDA SOUZA DE SANTANA CARVALHO - UEFS, EDNA MARIA DE ARAÚJO - UEFS


Apresentação/Introdução
: Sentimento é um estado psico-fisiológico em que as pessoas são capazes de sentir informações e situações vivenciadas. O sentimento é a emoção filtrada pelo centro cognitivo do cérebro, que resulta em alterações fisiológicas e psico-fisiológica, ou seja, é a consequência da emoção. As relações entre sentimentos e emoções estão voltadas a forma como são expressas, a emoção é inconsciente, já o sentimento, pelo contrário é consciente. Pessoas que sofrem de adoecimento crônico vivenciam sentimentos e emoções relacionados à irreversibilidade da doença e à obrigatoriedade de submissão ao tratamento. Dessa forma, as doenças crônicas tendem a gerar no indivíduo sentimentos de desesperança, uma vez que acarreta diversos impactos nas esferas da vida pessoal e profissional do sujeito, como ocorre na doença falciforme (DF). A DF é caracterizada pela falcização das hemácias, o que promove a vaso-oclusão. Tal característica leva a diversas complicações clínicas, dentre as quais podemos citar as crises álgicas, infecções recorrentes e úlceras de perna. Destas, a úlcera de perna também possui caráter crônico e interfere nos sentimentos e emoções de mulheres e homens com DF.


Objetivos
Compreender os sentimentos e emoções de mulheres e homens com doença falciforme e úlceras


Metodologia
Estudo qualitativo, de caráter exploratório, realizado no Centro Municipal de Referência às Pessoas com Doença Falciforme (CRMPDF), localizado no município de Feira de Santana – Bahia.Os sujeitos deste estudo foram mulheres e homens jovens e adultos, com doença falciforme e úlceras de perna cadastrados no Centro de Referência à Pessoas com Doença Falciforme em Feira de Santana. Os critérios de inclusão da pesquisa foram: ser mulher ou homens com doença falciforme e úlcera de perna em tratamento por tempo superior a 30 dias (1 mês) e ser usuário do Centro de Referência a Pessoas com Doença Falciforme do município de Feira de Santana. A coleta de dados ocorreu em junho de 2015, por meio de entrevista semi-estruturada, sendo posteriormente submetidas à análise de conteúdo temática de Laurence Bardin. Por tratar-se de um estudo feito com seres humanos, foram adotadas todas as recomendações da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde.


Discussão e Resultados
Participaram do estudo três mulheres e cinco homens com diagnóstico de doença Falciforme e que realizavam tratamento para úlceras de perna no CRMPDF. No momento da coleta de dados, 4 deles possuíam úlceras de perna em ambos os membros inferiores, e 4 possuíam em apenas um deles. A faixa etária prevalente no surgimento das primeiras úlceras foi de 21 a 25 anos, em cinco pacientes. Dos achados, emergiram duas categorias: A ferida dói na alma e provoca vergonha e tristeza; e O isolamento gera sentimento de frustração e aumenta o desejo de cura. Sobre a primeira categoria, as falas evidenciam os sentimentos relacionados à doença: “Tenho vergonha dos vizinhos verem, vergonha de saberem que eu tenho essa ferida . Porque não é só a ferida do pé que dói, ela traz dores para dentro do meu coração”(M2) e “Eu fico triste. Se eu começar a falar aqui eu choro” (E4). Já em relação à segunda categoria, os discursos proferidos expõem o isolamento a que as pessoas com DF e úlceras de perna estão sujeitas, bem como sua frustração por não poder realizar atividades básicas do dia-a-dia: “ É frustrante que você não tenha as mesmas capacidades de poder trabalhar, fazer as coisas dentro de casa” (M1).


Conclusões/Considerações Finais
A doença falciforme gera uma série de implicações ao indivíduo, sendo estas de cunho biológico, social e emocional. Entretanto, para aqueles que convivem com úlceras de perna, diversos sentimentos e emoções associados à ferida são observados em seus discursos, inclusive o desejo de curar-se. Dessa forma, a atuação de uma equipe multiprofissional capacitada em serviços de saúde é primordial para assegurar que as demandas apresentadas por essa população sejam identificadas e tratadas de forma adequada.


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