Já é inscrito no CSHS 2016?

 

Página Inicial

Sobre o Congresso

Comissões

Convidados

Programação

Inscrição

Cursos e Oficinas

Trabalhos

Grupos Temáticos

Ampliando Linguagens

Ato Público

Perguntas Frequentes

Sobre a Identidade Visual

Notícias do Evento

Local do Evento

Hospedagem

Fale Conosco
 


Grupos Temáticos

12/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 21 - Internet & Saúde: perspectivas

11371 - SOLIDÃO APAVORA? ARTIGOS NÃO-CITADOS EM REVISTAS DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS EM SAÚDE
KAROLINE DE OLIVEIRA - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, FERNANDA PARANHOS QUINTA - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, MILENA MARIA DE ARAÚJO LIMA BARBOSA - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, ANGELA MARIA BELLONI CUENCA - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, IVAN FRANÇA JUNIOR - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, MARIA DO CARMO AVAMILANO ALVAREZ - FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO


Apresentação/Introdução
À medida que crescem a valorização e o uso de citações de artigos para variados propósitos, recrudesce a discussão sobre artigos que persistem sem ser citados. Segundo Pendlebury1 (1991) “certo nível de não-citação em uma revista é provavelmente mais uma expressão do processo de criação e disseminação do conhecimento do que qualquer tipo de medida de performance”. Em outros termos, diferentes áreas do conhecimento têm modos diferentes de produção e divulgação da ciência. Corroborando essa lógica, Larivière e cols2 (2008) mostram taxas de não-citação após cinco anos de publicação de cerca de 80% nas Humanidades, 30% nas Ciências Sociais e 10% em Medicina.

No Brasil, pouco se conhece sobre o padrão de não-citação de revistas científicas. Utilizando dados da base Scopus, Quinta e cols.3 (2016) encontraram heterogeneidade na não-citação de revistas brasileiras de saúde pública, indo de 6% a 58%. De que tamanho seria a não-citação em revistas brasileiras de ciências sociais e humanas em saúde?



Objetivos
Descrever o fenômeno da não-citação em revistas brasileiras da área de Ciências Sociais e Humanas em Saúde em diferentes bases bibliográficas.


Metodologia
A partir da base de dados Scopus, foram selecionados todos os artigos originais e de revisão (n=1569), publicados entre 2008 e 2012, dos periódicos História, Ciência, Saúde – Manguinhos (n=370); Interface – Comunicação, Saúde, Educação (n=422); Physis: Revista de Saúde Coletiva (n=314); e Saúde & Sociedade (n=463). Foram obtidos os dados relacionados a: título, autoria, ano de publicação e número de citações por ano (de 2008 a 2015). O banco extraído, em novembro de 2015, passou por limpeza por dois revisores para a eliminação de eventuais duplicatas.
Foram considerados não-citados os artigos sem citação na base Scopus. Em etapa posterior, os artigos sem citação (n=616) foram avaliados no Google Acadêmico (GA) para aferir a persistência da não-citação. Para essa busca, foi usado tanto o título original do artigo quanto o título em inglês.



Discussão e Resultados
Na base Scopus, os periódicos apresentaram 39,3% de não-citação (n=616), variando de 31,7% a 58,1%. A revista Hist Cienc Saude Manguinhos (n=215; 58,1%) apresentou o maior número de não-citação, enquanto Physis (n=115; 36,6%), Interface (n=139; 32,9%) e SS (n=147; 31,7%) apresentaram valores próximos.
No GA, encontramos que, dos 616 artigos sem citação, apenas 174 (11% do total) permaneceram não-citados. Uma redução de mais de 70% em relação à base Scopus. A taxa de não-citação no GA para cada periódico foi: Hist Cienc Saude Manguinhos (n=82; 22,2%), Physis (n=35; 11,2%), Interface (n=34; 8,1%) e SS (n=23; 5,0%). A redução de não-citação variou de 62 (Hist Cienc Saude Manguinhos) a 84% (SS).
Pendlebury1 (1991) encontrou que 55% dos artigos de revistas do ISI permaneciam não-citados cinco anos após sua publicação, sendo 27% nas Ciências Exatas e Biológicas, 48% nas Ciências Sociais e 69% em Artes e Humanidades. A elevada não-citação da revista Hist Cienc Saude Manguinhos pode estar relacionada com o seu pertencimento à área de Humanidades.
Identificamos na Scopus resenhas, editoriais e seções especiais classificados como artigos originais, podendo superestimar a não-citação.



Conclusões/Considerações Finais
Ainda que erros possam explicar parte da não-citação, muitos artigos continuarão solitários. Mas, essa “solidão” apavora? Na Scopus, sim, no GA, não. Muitos dos não-citados na Scopus obtiveram citações de livros, dissertações, teses e revistas não indexadas.
Barreto e cols.4, ao analisar o índice H de pesquisadores, concluíram que “há docentes das subáreas ciências sociais em saúde e política e gestão de serviços de saúde, cujos perfis de publicações e citações se aproximam das ciências sociais em geral, que têm menor cobertura de indexação e de registro de citações na WoS do que no GA. Isso ocorre porque parte significativa das publicações das ciências sociais é feita em forma de livros ou outros tipos de documentos, capturados pelo GA, não indexados na Scopus ou na WoS”. Portanto, concluímos que há um comportamento similar entre revistas e pesquisadores em ciências sociais e humanas em saúde.


Realização:



Apoio:




Desenvolvido por Zanda Multimeios da Informação