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10/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 23 - Educação em Saúde- Diferentes Estratégias para Trocas e Produção de Saberes e Conhecimentos

11392 - O PAPEL DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE PSICÓLOGOS, FISIOTERAPEUTAS E PSIQUIATRAS NA CONFORMAÇÃO DO NASF NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO.
THAÍS REGINA GOMES DE ARAÚJO - UNIFESP, GUILHERME ARANTES DE MELLO - UNIFESP


Apresentação/Introdução
A pesquisa investiga o papel da formação profissional de psicólogos, fisioterapeutas e psiquiatras na conformação do NASF, tendo como campo de estudo o município de São Paulo. Para lidar com problemas complexos enfrentados pela Estratégia de Saúde da Família (ESF), o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) surge como proposta de apoio às equipes da ESF, com o objetivo de ampliar a abrangência e o escopo de atuação da atenção básica. Compete ao SUS abordar a formação nas políticas de saúde, reorientando-a para a consolidação dos princípios e políticas do sistema, e as necessidades de saúde da população. Além da formação acadêmica, a qualificação do profissional deve considerar a própria prática em serviço como campo de aprendizagem e formação, na perspectiva da Educação Permanente em Saúde (EPS). Definida como uma estratégia articulada a projetos institucionais de mudança e consolidação dos modelos assistenciais, a EPS deve favorecer a conformação das novas estratégias, programas e políticas do SUS. Por se tratar de uma equipe nova no SUS, cabe identificar como os profissionais do NASF estão sendo preparados para atuar e consolidar esta estratégia no sistema.


Objetivos
Analisar a influência da formação profissional na conformação do NASF e nas propostas de educação permanente no município de São Paulo-SP, com foco em três categorias profissionais: psicólogos, fisioterapeutas e médicos psiquiatras. A análise sobre a formação para a atuação no SUS e no contexto da atenção primária é relevante para compreender a conformação e maturidade da proposta do NASF.


Metodologia
Pesquisa qualitativa, tendo como método o Estudo de Caso. A pesquisa teve como campo a região de Vila Prudente/Sapopemba no município de São Paulo. A seleção dos profissionais foi feita por amostra de conveniência. Como critérios de inclusão, foram selecionados profissionais da fisioterapia, psicologia e psiquiatria de equipes NASF; e profissionais em cargos de coordenação ou áreas de educação permanente. A escolha de determinadas categorias buscou, além de possibilitar tempo adequado para o desenvolvimento da pesquisa, identificar se há diferenças nas concepções acerca da formação dos profissionais para o SUS. Foram entrevistados sete profissionais, sendo três psicólogos, dois fisioterapeutas, e dois psiquiatras, com atuação nas equipes NASF, coordenação e educação permanente. A entrevista qualitativa semi-estruturada foi escolhida como técnica para coleta dos dados, posteriormente aplicadas técnicas de análise de enunciados.


Discussão e Resultados
O estudo aponta fragilidade no ensino do SUS na graduação, com poucas ofertas de disciplinas e vivências no campo, sendo que a formação em serviço é citada como maior possibilidade de aprofundamento. Os desafios da gestão do trabalho das equipes e da atuação interdisciplinar influenciam a consolidação do papel do NASF, e são relevantes para debater a formação de competências do profissional para o apoio. Há diferentes concepções sobre o papel do NASF na atenção primária (APS). A presença dos especialistas pressiona para o atendimento ambulatorial, o que teria conflito com a proposta de apoio matricial. A compreensão da APS aparece limitada à realização de ações de prevenção primária e promoção à saúde, o que sugere um melhor aprofundamento do conceito. Há diferentes ênfases para os termos apoio e matriciamento nas entrevistas ao se referir ao papel do NASF. A palavra ‘apoio’ aparece ligada ao aspecto assistencial da proposta, enquanto ‘matriciamento’ aparece ligado ao papel pedagógico do NASF na atenção básica. A educação permanente é valorizada como momento de construir um olhar crítico sobre o trabalho, mas a oferta ainda é insuficiente diante das necessidades de qualificação.


Conclusões/Considerações Finais
O estudo aponta a necessidade de discussão sobre o escopo de atuação das especialidades do NASF na atenção primária na formação de profissionais para este campo. O debate da formação como recurso para consolidação das políticas de saúde compreende a atualização dos currículos das universidades e as ações de Educação Permanente em Saúde (EPS). Embora a EPS seja um campo de importante investimento das políticas de saúde, seus recursos potenciais ainda são pouco explorados, persistindo um modelo que privilegia treinamentos e capacitações. A compreensão sobre o modelo assistencial que sustenta os projetos institucionais dos serviços de saúde merece enfoque na gestão de ações de EPS, abrangendo a complexidade das práticas assistenciais e as necessidades apresentadas pelos atores envolvidos. A pergunta da pesquisa se mostra relevante e, sem pretender esgotar o assunto, o estudo contribui para abrir caminhos a serem aprofundados em novos estudos.


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