Já é inscrito no CSHS 2016?

 

Página Inicial

Sobre o Congresso

Comissões

Convidados

Programação

Inscrição

Cursos e Oficinas

Trabalhos

Grupos Temáticos

Ampliando Linguagens

Ato Público

Perguntas Frequentes

Sobre a Identidade Visual

Notícias do Evento

Local do Evento

Hospedagem

Fale Conosco
 


Grupos Temáticos

12/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 37 - Conceitos de Saúde e Doença: A Alteridade em Questão

11429 - PENSAMENTO COMPLEXO, INTERDISCIPLINARIDADE E PESQUISA QUALITATIVA: UMA ABORDAGEM CRÍTICA
CARLOS BOTAZZO - FSP/USP


Apresentação/Introdução
Tem se tornado recorrente na literatura em saúde coletiva referências ao pensamento complexo como esfera apropriada para a reflexão de problemas construídos na era da modernidade. Ou, ao menos, como sinônimo de reflexão de problemas teóricos que emergiram na contemporaneidade no pensamento. Um autor frequentemente associado ao pensamento complexo e quase seu criador é Edgard Morin. As narrativas construídas com base nesta assertiva são em geral reducionistas e limitam-se a considerar este autor como o criador da complexidade epistêmica. Não alcançam, desta maneira, reconstruir o percurso histórico que alicerça a formação do pensamento complexo no ocidente, que, na modernidade, tem origem em Hegel e posteriormente encontra notável desenvolvimento em Marx. Naturalmente muitos outros autores contribuíram para esta emergência do pensamento complexo e, desde a Renascença, torna-se obrigatória a referência a Bacon e Descartes e, posteriormente, a Kant. Na pesquisa qualitativa, igualmente tem se verificado a incidência em autores como Gadamer e Heidegger como os únicos, no campo da fenomenologia, a gozarem de prestígio quando se trata de interpretar o “ser’ ou a realizar sua hermenêutica.


Objetivos
Investigar o pensamento complexo com base no referencial histórico e dialético e fazer a crítica ao reducionismo contemporâneo e à estreiteza de propósitos quando se trata de pesquisa social de tipo qualitativo de interesse para a saúde coletiva.


Metodologia
Pesquisa teórica com reflexão sobre as seguintes categorias de análise: história; dialética, fenomenologia; materialismo histórico; relação concreto-abstrato.


Discussão e Resultados
O pensamento complexo foi definido como aquele que é movido por categorias "ricas" em suas determinações e contradições. Expressa ruptura com limites disciplinares de tipo comteano e, neste sentido, é imediatamente inter e transdisciplinar. Tem peculiaridades como a de debruçar-se sobre as condições de possibilidade que permitiram a emergência das formações discursivas e das não discursivas, ao tempo que permitem condições para seu entendimento. alimenta-se da ideia do não progresso, da descontinuidade e da ruptura histórica. Permite a compreensão das micro realidades e das estruturas de poder como base das relações sociais.


Conclusões/Considerações Finais
Não é possível definir o pensamento complexo com base num único autor ou mesmo um grupo pequeno de autores. O pensamento complexo é próprio do campo da reflexão filosófica e não se debruça sobre questões particulares, antes toma como objeto a própria existência humana em sua teia de relações socialmente construídas num processo histórico determinado.


Realização:



Apoio:




Desenvolvido por Zanda Multimeios da Informação