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Grupos Temáticos

11/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 19 - O Social nas Políticas de Proteção Social

11457 - A DENGUE COMO UM FENÔMENO SÓCIO-ANTROPOLÓGICO
EVELYN KOWALCZYK DOS SANTOS - UERJ


Apresentação/Introdução
A infecção pelo vírus da dengue já foi a maior causa de doença em áreas tropicais e subtropicais, constituindo problema de saúde pública.
Assim, o objetivo deste trabalho foi refletir e integrar de forma narrativa sobre o que se publicou durante dez anos sobre as percepções e considerações dos atores sociais envolvidos no processo saúde doença da dengue em cidades latino americanas, baseado em conceitos sociais e antropológicos.
O trabalho foi desenvolvido para buscar entender questões do significado e da intencionalidade dos atos; desmistificar a unilateralidade da interpretação materialista da história na dengue; refletir as práticas institucionais, domiciliares e de profissionais da saúde, essenciais para o entendimento da perpetuação das epidemias e grande número de casos da doença em várias cidades ao longo dos anos e ampliar o conhecimento sobre a doença para além dos níveis de análise epidemiológicos, englobando uma apreensão sobre a dinâmica social na qual a dengue se (re)produz.


Objetivos
Refletir e integrar de forma narrativa as percepções e considerações dos atores sociais envolvidos no processo saúde-doença da dengue em cidades latino americanas.


Metodologia
Busca de artigos (1993-2013) no Scielo, combinando o descritor dengue com Saúde, Social, Conhecimentos, Comunidade, Urbanização, Família, Construção, Impacto, Mídia, Urbano, Ambiente, Produção, Econômico, Responsabilização, com acréscimo de outros materiais relevantes.
Pesquisa feita numa linha de pensamento que leva em conta a capacidade de incorporação das questões do significado e da intencionalidade como inerentes aos atos, às relações e às estruturas sociais, para compreensão de dimensões profundas e significativas, não aprisionáveis por variáveis (MINAYO, 2004).
Utilizou-se a negação da unilateralidade da interpretação materialista da história, que rebaixa a causas acidentais e cientificamente insignificantes todos os fatores que não se refiram aos interesses materiais, e fez-se um esforço cognitivo para discriminar, organizar e abstrair aspectos da realidade com reflexão crítica e integrativa na construção de uma narrativa que contempla significações, percepções e práticas.



Discussão e Resultados
Total de 29 artigos.
Existe um ambiente favorável de proliferação do vetor e disseminação do vírus, com influência do modelo de reprodução social de estímulo ao consumo de industrializados descartáveis, indisponibilidade de serviços de saneamento ambiental adequados e situações de culpabilização da vítima nos serviços e mídia. A desconfiança popular em relação aos agentes públicos também é vista como um dos fatores que contribui para o insucesso de campanhas de prevenção da dengue.
Controlar o vetor usando intensamente produtos químicos, frente aos potenciais efeitos tóxicos desses produtos (contaminação ambiental e alimentar) é preocupante. O vetor é bem adaptado ao ambiente urbano, antropofílico, e seu combate demanda ações intersetoriais, segundo noções ampliadas de saúde.
Assim, a dinâmica de transmissão sobrecarrega as populações mais vulneráveis e ao mesmo tempo parece não haver grande preocupação ou vontade política em alterar tal paradigma.
O campo da saúde como arena política permite observar que o pesar e as medidas ainda são tomados com base em interesses específicos ao invés daqueles mais gerais.


Conclusões/Considerações Finais
A dengue não configura um problema entomológico, virológico ou médico. É necessária a superação da tradição de campanhas episódicas de informação, do discurso higienista e das intervenções normalizadoras e fragmentadoras no campo de práticas da educação em saúde.
A pedagogia problematizadora, ao indissociar transformação individual e social, pode ser utilizada na capacitação de gestores. Espera-se melhor apreensão e observação de diferentes aspectos da realidade e confronto com a teoria, onde os possíveis “porquês” e a troca de experiência gera possíveis soluções, originais e criativas.
Insiste-se num conhecimento e caminho de mudanças, construído com base em redes de apoio e práxis para o entendimento dos sujeitos e atores sociais, pautadas no respeito e também na idéia de justiça social e garantia de direitos. Assim, os avanços serão contínuos e compartilhados no cotidiano com base nas práticas e saberes dos envolvidos nessa temática.


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