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Grupos Temáticos

11/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 14 - Experiência do Viver com HIV-AIDS

11467 - INICIAÇÃO SEXUAL DE MULHERES JOVENS VIVENDO COM HIV/AIDS NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO: CONSTRANGIMENTOS DA INFECÇÃO
RAQUEL ZANELATTO - FSP - USP, CRISTIANE DA SILVA CABRAL - FSP- USP, REGINA MARIA BARBOSA - NEPO - UNICAMP, ADRIANA PINHO - IOC, ISABELLA PEPE RAZZOLINI - FSP - USP, JEFFERSON SANTOS PEREIRA - FSP - USP


Apresentação/Introdução
Dos menores de 13 anos diagnosticados com o HIV no Brasil, 92,8% foram infectados por transmissão vertical (TV) (BRASIL, 2014). A sociedade defronta-se, atualmente, com a primeira geração de indivíduos infectados por essa via que chegaram à juventude e consequentemente, à vivência da sexualidade com parceiro, mas ainda há pouca investigação a respeito dos contextos de iniciação sexual desses jovens.


Objetivos
O presente estudo buscou conhecer as características relacionadas à iniciação sexual de mulheres de 18 a 24 anos, vivendo com HIV, no município de São Paulo, a fim de investigar em que dimensões a condição sorológica imprime especificidades nesse processo.


Metodologia
Entre 2013 e 2014, foram entrevistadas, no estudo GENIH , 975 mulheres de 18 a 49 anos vivendo com HIV (MVHA), nas 18 unidades de referência ao tratamento de HIV/Aids no município de São Paulo; e 1003 mulheres não vivendo com HIV (MNVHA), da mesma idade, usuárias da rede pública de saúde do município. O estudo foi coordenado pela Prof. Dra. Regina Maria Barbosa, do NEPO/UNICAMP, com financiamento da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e do CNPq.Coletaram-se dados sociodemográficos, características do primeiro e do último relacionamento afetivo-sexual, e informações sobre comportamento sexual, reprodutivo, contraceptivo e preventivo a DST/AIDS. Para o presente estudo, utilizaram-se dados obtidos nas entrevistas realizadas com jovens entre 18 e 24 anos (257 usuárias da atenção da básica e 130 jovens vivendo com HIV). Realizou-se uma análise descritiva bivariada, por meio do software SPSS, das variáveis relacionadas à iniciação sexual dessas jovens.


Discussão e Resultados
Observou-se o adiamento do início da vida sexual entre as jovens infectadas por TV. Há um gradiente na idade mediana da iniciação sexual entre os três subgrupos: 15 anos para as infectadas por outras vias; 16 anos para as MNVHA e 17 anos para as infectadas por TV. Jovens infectadas por TV apresentam maior escolaridade que às demais, tendo em sua maioria Ensino Médio completo. O adiamento da iniciação sexual entre as infectadas por TV em relação às demais se mantém quando comparadas apenas jovens com o mesmo nível de escolaridade, o que sugere uma potencialização desses dois elementos (escolaridade e via de infecção) nesse processo. Há também menor diferença de idade entre a jovem com TV e o primeiro parceiro sexual: 2 anos. Entre as infectadas por outras vias a diferença é de 5 anos. Todavia, mais de três quartos das entrevistadas iniciaram-se sexualmente com um namorado, independente da via de infecção. Estudos sugerem que a sexarca, para as mulheres, corresponde a uma experiência de aprendizagem da sexualidade com cerne na dimensão afetiva, por isso sua maior frequência em contextos de “namoro” (BOZON, HEILBORN, 2006).


Conclusões/Considerações Finais
Os resultados sugerem diferenças nos contextos de socialização sexual e nas trajetórias das jovens de acordo com a via de infecção, bem como nas relações estabelecida entre parceiros. Jovens infectadas por TV se socializam em um ambiente familiar ou institucional com maior controle de suas condutas afetivo-sexuais, traduzido pelo adiamento da vida sexual; relatam poder contar mais com amigos, colegas e vizinhos (dados não apresentados), o que sugere a centralidade do grupo de pares entre essas jovens, associando-se à ocorrência das primeiras experiências afetivo-sexuais em contextos de maior semelhança com seus parceiros. O estudo está em andamento e outros aspectos referentes ao contexto de iniciação sexual dessas jovens serão analisados, tais como número de parceiros ao longo da juventude, tempo de relacionamento até a primeira relação sexual, uso de estratégias contraceptivas ou de prevenção a DSTs na primeira relação sexual, entre outros.


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