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11/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 14 - Ativismo e Serviços: Lutas Paralelas para uma Agenda Comum

11468 - A INTERSETORIALIDADE COMO ESTRATEGIA NAS REDES DE ATENÇÃO EM HIV/AIDS: UM RELATO DE EXPERIENCIA NO RIO GRANDE DO NORTE
THEMIS C. M. SOARES - UERN, CARLA GLENDA SOUZA SILVA - UFRN, UBILINA MARIA DA CONCEIÇÃO MAIA - UERN, TATIANE A. L. SILVA - UFRN, EDVALDO ANDRADE - ATIVISTA SOCIAL, SONIA CRISTINA LINS SILVA - SESAP, MARIA IRANY KNACKFUSS - UERN


Período de Realização da experiência
Se desenvolve há 9 anos entre SESAP, Hospitais de Referencias, Serviços de Assistência e IES.


Objeto da experiência
A focalização da resposta nacional, intensificação das estratégias de descentralização e as mudanças nas redes de atenção especializada e básica, são para aumentar o impacto nas respostas positivas e qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV/Aids (PVHA) em suas diversas dimensões. Busca-se que, pontos de atenção e parcerias participem das linhas do cuidado às PVHA, e que as intervenções sejam realizadas de maneira efetiva e oportuna, na construção de planos e políticas mais próximas das realidades culturais. Neste contexto, se diversifica e amplia a cooperação com vários atores na luta contra este agravo na perspectiva de ressignificação dos saberes biomédico.


Objetivo(s)
São recorrentes e diversos os desafios na pratica clínica de profissionais de saúde que assistem as PVHA. A integralidade da atenção, pensada em rede com foco na melhoria das condições de vida e saúde da população é um esforço intersetorial. E nesse sentido, o objetivo centra-se em defender uma reorganização de valores e metas da clínica a partir do incentivo a um estilo de vida ativo, adesão ao tratamento e reinserção social. Para tanto, tem como objetivos: Educar para prevenir, resgatar a autonomia funcional e compreender sentidos atribuídos pelos sujeitos à doença.


Metodologia
A experiência centrou-se na a) pratica de reuniões regulares com os profissionais dos SAES do RN; b) Capacitação para os profissionais da equipe multidisciplinar, incluindo técnicos de enfermagem e articuladores das regionais de saúde, totalizando média 120 participantes ao mês (abril a dezembro 2013), c) Qualificando o cuidado, para médicos do SAE e Atenção Básica (fevereiro a maio de 2014), d) Oferta de pratica regular de exercícios físicos para PVHA provenientes de projetos de pesquisa e extensão nas IES UERN e UFRN. Temos como participantes PVHA jovens e adultos, sob a responsabilidade de profissionais de educação física e nutricionistas, numa frequência de 3 vezes/semana (2008 até os dias atuais); d) Participações em reuniões de co-gestão (Hospital de referência/até os dias atuais) e e) Rodas de conversas volantes (SAEs), envolvendo ativistas sociais, profissionais, pessoas vivendo e convivendo (até dias atuais).


Resultados
Entre as esferas das subjetividades e da política, as metodologias ativas utilizadas pelos facilitadores nas capacitações permitiram a) envolvimento e construção de conhecimentos entre profissionais, melhorando a qualidade da atenção integral aos usuários especificamente da II e VIII Região de Saúde; b) surgiu a estratégia de educação permanente junto a UFRN voltada para discussão de casos clínicos, troca de experiências e atualizações quanto a assistência para PVHA a partir de 2014; c) pode-se implantar a Academia da Saúde para grupos especiais como política de promoção a saúde, fazendo parte da estratégia de adesão ao tratamento e expandindo o cuidado multiprofissional; e) efetivação de grupos de apoio com maior interação entre PVHA, desmitificando itinerários e desafios e culminando inclusive em maior reinserção social. Pode-se observar as diversas nuances das experiências e levantar a discussão sobre práticas mais adequadas as necessidades de saúde dessa população.


Análise Crítica
As questões políticas e profissionais vivenciadas, tais como: o desconhecimento do gestor Municipal, a falta de profissionais efetivos, a rotatividade destes nos SAES e a ausência de percepção de competência da equipe quando no desempenho de suas atividades; vem a fragilizar toda a estratégia em rede, fragmentando o cuidado. Ainda, o ativismo social, Ministério da saúde e o Ministério Público Estadual, deverão acompanhar mais rigorosamente o planejamento das metas e ações junto a administração do dinheiro público. Apesar do avanço Intersetorial, destaca-se ainda dentre as causas sociais, o combate à discriminação e a intolerância ao tema Aids.


Conclusões e/ou Recomendações
Destaca-se a descentralização na rede de atenção especializada e básica, incluindo avanços no processo de formação profissional. As intervenções com exercícios físicos no tratamento de PVHA são consideradas positivas. Na relação com ativistas sociais, é possível compreender que, todos os profissionais e atores envolvidos desenvolvem um papel relevante no que diz respeito a identificação de vulnerabilidades, à promoção dos direitos humanos e, ao olhar sobre a subjetividade do indivíduo. Recomenda-se ações de combate aos estigmas como meta de maior contribuição na luta.


Realização:



Apoio:




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