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Grupos Temáticos

11/10/2016 - 10:45 - 12:00
GT 36 - Perspectivas Diversas sobre Saúde Coletiva (I)

11491 - UNIDOS PELA CURA E O CÂNCER INFANTO JUVENIL: INICIATIVA INTERSETORIAL E INTEGRADA
EVELYN KOWALCZYK DOS SANTOS - INSTITUTO DESIDERATA, LAURENICE PIRES - INSTITUTO DESIDERATA


Período de Realização da experiência
O início das capacitações foi em 2007, com consolidação dos casos encaminhados a partir de 2009.


Objeto da experiência
Em 2010 a iniciativa do Unidos Pela Cura ganhou status de política, ao entrar no Plano Municipal de Saúde com assinatura de Termo de Compromisso pelos representantes das instituições corresponsáveis (inclusive Ministério da Saúde), com o propósito de consolidar-se como uma política de promoção do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil no estado do Rio de Janeiro (ERJ). Este trabalho teve início em 2003, com a formação de um grupo corresponsável formado por representantes dos três níveis de gestão do Sistema Único de Saúde, dos serviços especializados (chamados aqui de Polos de Investigação) e representantes de organizações sociais ligadas ao tema, motivados pelo Instituto Desiderata.


Objetivo(s)
Acelerar a chegada de crianças e adolescentes aos centros de tratamento que integram o SUS no ERJ e capacitar profissionais de saúde da Atenção Primária para identificação dos sinais e sintomas do câncer neste público. Para isso, o grupo corresponsável pelo Unidos pela Cura organizou um fluxo de referência e contrarreferência para a investigação dos casos suspeitos de câncer no Município, garantindo o acesso, em até 72h, para crianças e adolescentes encaminhadas por meio do Cartão de Acolhimento Unidos pela Cura para os hospitais com serviços especializados em pediatria ou oncologia.


Metodologia
Capacitação de médicos e profissionais da ESF em diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil, seus sinais e sintomas. Para possibilitar encaminhamento de casos, os médicos acessam o Sistema Informatizado Unidos pela Cura (hospedado no portal do INCA) e fazem agendamento da consulta para até 72h após suspeita durante consulta na Atenção Básica. Após registro no sistema o profissional do serviço especializado visualiza os casos encaminhados, e também registra no sistema o desfecho: Unidade de origem (casos não oncológicos sem sintomas); oncohemato (casos confirmados ou com forte suspeita de ser câncer); e outra especialidade médica (outros diagnósticos para cuidado na média ou alta complexidade). O monitoramento e avaliação das suspeitas encaminhadas é feito com base nas informações do sistema, portais de informação, e o gerenciamento dos eixos de trabalho da política, o que permite monitorar, avaliar e divulgar resultados por meio de Boletins Informativos periódicos.


Resultados
De 2007 a 2015 foram capacitados 2927 profissionais, dentre os quais 470 médicos. O número de unidades envolvidas nos encaminhamentos foi de 164. Com relação aos encaminhamentos, no período de 2009 a 2015, 874 crianças (54% do sexo masculino) foram encaminhadas aos 6 hospitais pólo de investigação, com uma média de 125 encaminhamentos por ano. As suspeitas de tumores sólidos chegaram a 76% do total. Observou-se que 569 crianças foram acolhidas pelos PI, 102 não compareceram à consulta e 203 tiveram perda de seguimento. Dentre as acolhidas, 56 ainda estão em investigação e 513 casos foram finalizados, sendo que 52% do total de crianças com suspeitas de tumor hematológico e 44% das com suspeita de tumor sólido foram acolhidas em menos de 3 dias. No total de casos finalizados 81 foram confirmados com câncer. Os demais casos foram reencaminhados à unidade de origem ou a ambulatórios especializados, conforme a doença diagnosticada.


Análise Crítica
Além das questões relacionadas ao diagnóstico precoce, temas como acesso ao tratamento, regulação dos casos de câncer infantojuvenil no estado do Rio de Janeiro, implementação do Registro Hospitalar de Câncer (RHC) e do Registro de Câncer de Base Populacional (RCBP) têm sido temas de trabalho do Comitê Estratégico – grupo gestor do Unidos pela Cura.
Com o encaminhamento e confirmação das suspeitas agora emergem novas questões como: compreensão dos motivos da diferença do perfil dos casos do Unidos Pela Cura em relação à literatura, garantia de leito para os casos confirmados, disponibilidade de informações oficiais sobre o tratamento do câncer infantojuvenil,importância da família no processo de cuidado e apoio social, humanização dos espaços e reorganização dos serviços em momentos difíceis.


Conclusões e/ou Recomendações
O trabalho desenvolvido no âmbito do Unidos pela Cura tem imprimido ao câncer infantojuvenil especial relevância na discussão sobre o cuidado à saúde da criança e do adolescente atendidos pelas unidades públicas que integram o SUS no estado. No plano de trabalho, em elaboração, para os anos 2016 e 2017 estão a expansão da capacitação e profissionais de saúde para a região metropolitana 2, a entrada do câncer infantojuvenil na regulação do estado, considerando os aprendizados do Unidos pela Cura, o monitoramento da informação sobre o acesso ao tratamento no estado do Rio de Janeiro.


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