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Grupos Temáticos

11/10/2016 - 15:00 - 16:30
GT 27 - Diversidade de Significados na Diversidade das Culturas

11722 - EMANCIPAÇÃO E DIREITO A ALIMENTAÇÃO: RELATOS DE PESQUISA-AÇÃO EM UMA COMUNIDADE URBANA DE SALVADOR, BAHIA
MARIE AGNÈS ALIAGA - UFBA, LENY ALVES BOMFIM TRAD - UFBA, SANDRA MARIA CHAVES DOS SANTOS - UFBA


Apresentação/Introdução
A transformação operada pela proposta da pesquisa-ação na maneira de conceber e realizar pesquisas em ciências sociais é caracterizada pela sua postura epistemológica que desafia as fronteiras, da ciência com a política, da pesquisa com a ação e do pesquisador com o ator, da teoria com a prática, do “saber sábio” com o “saber profano”. Ao se caracterizar, simultaneamente, como uma pesquisa de explicação, de aplicação e de implicação, mas, também como uma via de mobilização política, a pesquisa-ação aposta na construção coletiva de um saber sobre a ação, para a ação e pela ação, assumindo uma finalidade política de transformação da realidade social. O que está em jogo, de fato, é a construção, por parte de grupos sociais, de ‘saberes próprios’ de ‘saberes sobre si’ que irão permitir arranca-los da submissão a saberes elaborados em outros lugares, e assim de se constituir como comunidade de sujeitos políticos autônomos, configurando assim a visão emancipatória posta pela pesquisa-ação. Com isto, a pesquisa-ação se configura como uma estrategia emancipatória particularmente interessante para se tratar de temas que ainda tem pouca inserção na sociedade, tal como o direito humano a alimentação adequada.


Objetivos
Esta reflexão teórico-metodológica visa analisar as potencialidades e limites da abordagem da pesquisa-ação, particularmente, enquanto dispositivo de fomento a processos emancipatórios para o cumprimento do Direito a Alimentação. Trata-se de um relato crítico de uma experiência junto a lideranças em uma comunidade urbana de Salvador, Brasil.


Metodologia
Após retomar os princípios da pesquisa-ação e discutir a sua relevância para a construção de uma ação emancipatória em prol do direito à alimentação, iremos analisar os desafios postos na situação social investigada, dialogando com os pressupostos que sustentam o potencial transformador da pesquisa-ação.


Discussão e Resultados
No conjunto dos elementos observados nos primeiros ciclos da pesquisa-ação em foco, merecem especial destaque nesta reflexão, duas questões que se encontram fortemente imbricadas: da representatividade e do engajamento dos líderes e moradores, com papel ativo no projeto, tendo em vista as dificuldades e limites de dita representação; dos desafios e contradições ensejadas nas interações entre pesquisador e lideranças/moradores e sua implicação do na ação. Os desafios da relação entre atores e pesquisadores se configuram de maneira particular em um contexto de militância política e para o tema considerado. Em uma comunidade onde o direito a alimentação se constituí como ‘um dos‘ direitos violados, em um contexto de grande vunerabilidade social, a construção de significados e de saberes próprios em torno de conceitos utilizados nas políticas públicas, como o da Segurança Alimentar e Nutricional, e em torno da alimentação enquanto direito humano, são elementos determinantes das possibilidades emancipatórias.



Conclusões/Considerações Finais
No tocante aos impactos da pesquisa-ação, em última instancia, não há como garantir e nem antecipar a dimensão das “transformações” que serão alcançadas. Esta incerteza é inerente à abordagem que aposta numa inserção do pesquisador na complexidade da vida humana tomada na sua totalidade dinâmica. Mesmo assim, a presente reflexão mostra o quanto é importante questionar as condições de plena realização do potencial emancipatório da pesquisa-ação a partir das experiências de campo, especialmente no que tange ao cumprimento do direito a alimentação adequada.


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