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Grupos Temáticos

10/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 36 - Cenários de Atenção Básica e Educação em Saúde

11736 - O TRABALHO DO AGENTE COMUNITÁRIO DE SAÚDE PENSADO A PARTIR DAS ESFERAS DO RECONHECIMENTO EM AXEL HONNETH
ADRIANA ROESE - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, VILMA CONSTANCIA FIORAVANTE DOS SANTOS - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, DEISE LISBOA RIQUINHO - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL, TATIANA ENGEL GERHARDT - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL


Apresentação/Introdução
O atual cenário político brasileiro nos instiga a refletir acerca da garantia de direitos no campo da saúde. Este relato de pesquisa propõe-se a analisar o cotidiano de trabalho dos ACS no rural a partir das esferas da Teoria do Reconhecimento propostas por Axel Honneth, enquanto um mediador das Políticas Públicas em Saúde e os diferentes contextos locais. Acredita-se que este tema vem a somar com a posição de resistência a ser tomada pela sociedade civil e meio acadêmico frente a demonstrações concretas do quanto avanços e retrocessos caminham juntos no campo da luta pela Reforma Sanitária. Nesta conjuntura, as contribuições de Axel Honneth parecem pertinentes ao fazer o chamamento por olhares mais sensíveis para aquilo que emerge do cotidiano, especialmente ao mencionar que, o sofrimento é vivenciado concretamente pelos indivíduos e que a subjugação de direitos e a indiferença são manifestações expressas de coerções normativas mais amplas.


Objetivos
Partindo da interpretação de que o ACS é um importante ator para a efetivação da garantia de direitos, propõe-se a analisar elementos que emergem do trabalho do ACS em sua mediação entre a sociedade civil e a atuação do Estado, materializada nas Políticas Públicas, a partir das esferas do Reconhecimento propostas por Axel Honneth. Tal referencial teórico encobre-se de sentido ao colocar-se como a tradução de relações intersubjetivas que são alcançadas quando o sujeitos se sentem destinatários de suas próprias ações.


Metodologia
Este é um relato de pesquisa que emerge de um estudo qualitativo desenvolvido em Municípios de umas das regiões de Saúde do Rio Grande do Sul, tendo como ênfase o Planejamento realizado pelos Municípios para atender as demandas em saúde que emergem do adoecimento crônico, sendo financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (FAPERGS) em parceria com o Ministério da Saúde (MS), com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) do Brasil e a Secretaria de Estado da Saúde do RS/SES-RS no âmbito do Programa Pesquisa para o SUS: gestão compartilhada em saúde, sob chamada FAPERGS/MS/CNPq/SESRS n. 002/2013. A área empírica abrange o rural de um dos Municípios, com a realização de grupos focais com os ACS que atuam nas ESF inseridas neste território.


Discussão e Resultados
A esfera do afeto foi apresentada pelos ACS a partir da valorização das pessoas com as quais trabalham e sua ênfase no quanto estar e trabalhar no rural tem particularidades que se contrapõem ao que consideram como o senso comum e o quanto as atividades que desenvolvem para os usuários são valorizadas por estes. Isto se mostrou como motivador para o trabalho que desempenham e, também, para o estabelecimento de genuínos vínculos entre os ACS e os usuários.
Quanto às relações do plano da igualdade de direitos, estas se mostraram problemáticas, como fonte de desmotivação para o trabalho desempenhado. Isto está relacionado diretamente com a dificuldade de resolver os problemas que emergem de condições complexas comuns aos destinatários de suas ações e, para eles próprios.
A esfera da solidariedade, enquanto sujeitos que possuem habilidades e valores que são de interesse para um coletivo, também se mostrou como uma fonte de sofrimento. A relação binária desta figura em atender às expectativas provenientes de sua inserção nos serviços de saúde e das expectativas de sua identidade local, coloca-o em situações nas quais o normativo lhe exige valores e o plano das relações sociais, outros.


Conclusões/Considerações Finais
Como considerações iniciais para o debate, que se inicia com a finalização deste pequeno texto, as ações que emergem das relações intersubjetivas que se estabelecem a partir da mediação promovida pelo ACS parecem contribuir com a consolidação do direito à saúde como um direito de cidadania, mas que externalizam concomitantemente fontes de sofrimento concreto, tanto para os usuários, quanto para a figura destes mediadores. O ACS se mostrou como um mediador fundamental para a caminhada rumo à garantia de direitos, o trânsito que provocado por sua posição entre a posição de morador de morador que faz parte de conformação de determinada identidade local, para ser um trabalhador em saúde, de modo a ampliar inevitavelmente suas redes de sociabilidade, colocando-o na linha de frente da capacidade do Estado em visibilizar determinados sentimentos de injustiça e, também, de alcance de relações intersubjetivas positivas.


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