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10/10/2016 - 13:30 - 15:00
GT 23 - Educação em Saúde - Diferentes Estratégias para Trocas e Produção de Saberes e Conhecimentos

11739 - O APOIO MATRICIAL EM SAÚDE MENTAL NA ATENÇÃO BÁSICA: POTENCIALIDADES E DESAFIOS À PRODUÇÃO DO CUIDADO EM REDE
JOSÉ MARIA XIMENES GUIMARÃES - UECE, EDUARDO CARVALHO DE SOUZA - UECE, ARETHA FEITOSA DE ARAÚJO - UECE, ANA PATRÍCIA PEREIRA MORAIS - UECE, CLEIDE CARNEIRO - UECE


Apresentação/Introdução
O processo de Reforma Psiquiátrica induziu a reorientação do modelo de atenção à saúde mental, priorizando a construção de uma rede de serviços substitutivos aos hospitais psiquiátricos, na qual os Centros de Atenção Psicossocial-CAPS são considerados estratégicos.
Os CAPS assumem posição central na articulação da rede de cuidados - considerando os distintos serviços e níveis de complexidade, direcionando políticas e programas de saúde mental e a promoção de reflexões contínuas acerca do modelo de gestão do trabalho, do modelo assistencial e da clínica operada no seu cotidiano.
A efetivação da produção do cuidado em rede, requer a incorporação de arranjos e dispositivos capazes de qualificar a atenção/gestão e de consolidar o modelo de atenção psicossocial territorial.
Assim, a articulação em rede pode ser desenvolvida por meio do apoio matricial, que amplia o escopo das ações de saúde mental, mediante a interlocução entre as equipes de CAPS e da Atenção Básica. Este tem por objetivo assegurar retaguarda especializada a equipes e profissionais encarregados da atenção a problemas de saúde, de maneira personalizada e interativa.



Objetivos
Analisar como se dá o apoio matricial em saúde mental na atenção básica, evidenciando as potencialidades e desafios para a consolidação da rede de cuidados.


Metodologia
Trata-se de pesquisa qualitativa, numa perspectiva critico-reflexiva, com desenho de estudo de caso, desenvolvida no município de Fortaleza-Ceará.
Em relação à delimitação do caso, considerou-se os CAPS, modalidade geral, num total de seis serviços dessa natureza.
Os participantes do estudo foram representados por gestores e trabalhadores de saúde mental. Entre os gestores, encontram-se o Gestor Municipal de Saúde, Membros da Coordenação Municipal de Saúde Mental, quatro coordenadores regionais e seis coordenadores de CAPS, considerados informantes-chave. Em relação aos trabalhadores, contou-se com 19 participantes, representantes dos seis CAPS, cuja técnica de delimitação da amostra foi a saturação teórico-empírica.
Os dados foram apreendidos por meio de entrevista semiestruturada, análise documental e observação.
A análise dos resultados foi orientada pela hermenêutica-dialética, conforme proposto por Minayo.
A investigação aprovada por comitê de ética em pesquisa.


Discussão e Resultados
O apoio matricial de saúde mental na atenção básica se constitui processo instituinte, que apresenta rupturas e descontinuidades.
Nesse processo, os gestores e trabalhadores consideram que o apoio matricial tem permitido ampliar as possibilidades de construção de rede de atenção à saúde mental, permitindo a corresponsabilização entre CAPS e atenção básica.
Sua operacionalidade requereu a definição de equipes de apoio nos CAPS, que se organizam para realizar atendimento conjunto e apoio à condução de casos junto aos profissionais da atenção básica, fortalecendo a referência e contrarreferência entre estes serviços de saúde, o que amplia o acesso dos usuários e a resolubilidade dos serviços.
Não obstante, os trabalhadores dos CAPS têm encontrado desafios em efetivar o apoio, representador por: resistência dos médicos da atenção básica; excesso de demanda nos CAPS; despreparo da atenção básica para lidar a dimensão subjetiva. Ademais, evidencia-se que a estratégia do apoio matricial não constitui uma decisão da gestão municipal, mas uma iniciativa dos gestores dos CAPS.


Conclusões/Considerações Finais
O apoio matricial se configura como arranjo potente para organização do cuidado em saúde mental em rede, ampliando a interlocução entre CAPS e Atenção Básica, possibilitando maior acesso do usuário aos serviços.
Contudo, sua implementação deve resultar de uma decisão de gestão para a construção do modelo de atenção, como estratégia de efetivar a interlocução e corresponsabilização entre os serviços integrantes da rede de cuidados em saúde mental.
Nestes termos, sua operacionalidade sofre descontinuidade ou não se efetiva, na medida em que os profissionais, particularmente da atenção básica, não se consideram corresponsáveis pela atenção à saúde mental no território. Assim, a conduta pode estar centrada no encaminhamento ao CAPS, muitas vezes, por dificuldade e resistência em lidar com a dimensão subjetiva.


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